quinta-feira, 30 de abril de 2015

Senador Reguffe defende equiparação de planos de saúde coletivos aos individuais

Waldemir Barreto/Agência Senado

O senador Reguffe (PDT-DF) defendeu projeto dele que equipara aos planos individuais de saúde os planos coletivos com até 100 beneficiários, além de dar a tais contratos vigência mínima de um ano.
Ele ainda cobrou da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) maior fiscalização para proteger os consumidores de uma prática comum.
Reguffe explicou que, atualmente, as operadoras de plano de saúde se negam a vender planos individuais de saúde porque eles não podem ser rescindidos nem reajustados a qualquer momento.
- E mais, começam a criar planos coletivos de cinco, de seis, de sete vidas. Ah, faz aí parecendo uma pequena empresa, se associa a uma categoria. Qual a sua categoria profissional? Ou seja, fica criando subterfúgios para ludibriar, para se utilizar da boa-fé do pobre do consumidor que muitas vezes não tem informação - disse Reguffe.
Fonte: Agência Senado

Aplicativo ajudará a controlar preços de próteses e órteses, diz diretora da ANS

Até agosto a Agência Nacional de Saúde (ANS) deve disponibilizar um aplicativo que para dar acesso rápido, por meio de celular, a dados sobre marcas, padrões e preços de órteses e próteses. O objetivo é prover informações que ajudem a corrigir distorções de valores cobrados no mercado, motivo habitual de conflitos entre operadoras de planos e os serviços de saúde. A discordância de planos de saúde e hospitais e clínicas acaba afetando os próprios pacientes, que frequentemente precisam recorrer à Justiça para garantir acesso aos procedimentos para implantar próteses.
A informação foi prestada nesta quinta-feira (30) pela diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira, em audiência na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga fraudes relacionadas às próteses. Segundo ela, o banco de dados já é um resultado do trabalho da comissão interministerial com participação do Ministério da Saúde, da Justiça e da Fazenda, constituída para investigar e propor alterações em toda a cadeia de produção e comercialização de órteses, próteses e materiais médicos especiais, desde a fabricação ao uso final.
— Hoje os nomes são diferentes, a maneira de vender é diferente e não se consegue saber se uma prótese é igual à outra que tem preço menor. Por isso, é preciso padronizar, para que todo mundo fale a mesma coisa e aí, sim, podermos ter um padrão comparável — explicou ao fim da reunião.
As órteses são equipamentos que auxiliam a função de órgãos com funcionamento limitado, enquanto as próteses substituem aqueles que perderam completamente sua capacidade. São exemplos pernas mecânicas, aparelhos de audição e marcapassos cardíacos.

Denúncias

A comissão tripartite mencionada por Martha Oliveira foi formada depois de sucessivas denúncias sobre preços abusivos e mesmo fraudes praticadas por médicos e serviços privados de saúde, inclusive com a implantação desnecessária de próteses. Pelo Ministério da Saúde, fazem parte a ANS e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A expectativa é de que seus estudos sejam úteis inclusive para os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS), os quais também enfrentam o desafio de combater fraudes.
As denúncias motivaram a criação da CPI das Próteses, presidida pelo senador Magno Malta (PR-ES), que coordenou a audiência do dia. Ele aproveitou para anunciar que na próxima semana membros da CPI estarão no Rio Grande do Sul, para ouvir vítimas e suspeitos de integrarem uma máfia que operava esquema com próteses e órteses, com participação de médicos e empresários.
A segundo Magno Malta, a CPI começará pelo Rio Grande do Sul porque foi lá que apareceu a “ponta do iceberg”, com a primeira grande investigação sobre fraudes com próteses. Até agora, foram identificadas 60 vítimas, inclusive pessoas que foram induzidas a pleitear próteses superfaturadas e desnecessárias. Segundo ele, em alguns casos há indícios de participação de membros do Judiciário.
— Gerar a liminar [para obrigar a implantação das próteses] já fazia parte do esquema. Quem estava lá na ponta para proteger e fazer Justiça, estava praticando o crime junto, o que é absolutamente grave — salientou.

Distorções

Martha Oliveira informou que em 2014 a ANS recebeu 93 mil reclamações de clientes de planos de saúde, tendo solucionando, por meio de processos de mediação rápido, 86,8% dos problemas. Desse conjunto de queixas, disse que apenas 1,32% (788) tratavam de demandas referentes a órteses e próteses e 0,09% (54) se referiam a materiais especiais.
A gestora citou estudo feito por uma empresa de consultoria, tomando como exemplo preços e margens agregadas no caso de uma prótese de joelho. Depois de custos de tributos e margens de intermediários, o produto, que custava inicialmente R$ 2.096,00, chegou ao preço de R$ 18.362,00 na fatura da operadora de plano de saúde. A variação incluiu custos de tributos e margens de intermediários, inclusive R$ 3.500,00 na que coube ao médico e mais R$ 3.900,00 da parcela que o hospital embutiu no preço, na venda final da prótese implantada no paciente.
— A variação de preços intrarregional, e dentro de uma mesma região do país, é igualmente visível, e isso está sendo também estudado pela comissão interministerial — afirmou.

Modelo de financiamento

Depois de afirmar que as distorções de preços “gritam aos olhos”, o senador Humberto Costa (PT-PE), o relator da CPI, questionou a convidada sobre as alternativas para mudar a situação. Ela considerou importante avançar para um novo modelo de financiamento do sistema de saúde complementar, tema que já estaria em estudo, com perspectiva de resultados para dentro de três anos.
Martha Oliveira explicou que o modelo atual do segmento de medicina complementar é baseado no pagamento de procedimentos. A operadora do plano recebe dinheiro do cliente e repassa aos prestadores de serviços por cada procedimento fornecido. Como já acontece em diferentes países, o novo modelo pode se basear em remuneração com base num tratamento completo, pela qualidade dos serviços ou pelos resultados.
Fonte: Agência Senado 

Médicos formados no exterior poderão ter que fazer prova para trabalhar no Brasil

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (30) projeto que obriga os médicos formados em universidades estrangeiras a passarem pelo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos. A prova tem o propósito de avaliar se esses profissionais de medicina têm os mesmos conhecimentos, habilidades e competências exigidas dos médicos graduados no Brasil.
A relatora do PLS 138/2012, senadora Ana Amélia (PP-RS), esclareceu que o Exame de Revalidação de Diplomas, conhecido como Revalida, foi instituído por uma portaria dos ministérios da Educação e da Saúde (nº 278, 17/3/2011). No entanto, segundo Ana Amélia, é importante que essa norma seja prevista em lei.
— Nós estamos criando um marco legal. Já existe uma iniciativa ministerial, mas é uma questão que está abaixo da lei. O que o projeto apresentado pelo ex-senador Paulo Davim faz é ampliar os cuidados em relação aos médicos estrangeiros, explicou Ana Amélia.
O PLS 138/2012 vai ser avaliado agora na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). De acordo com informações do Ministério da Saúde, o programa Mais Médicos conta hoje com 1.846 profissionais brasileiros e 12.616 estrangeiros, dos quais 11.429 cubanos.

Indonésia

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional também aprovou a criação de um grupo parlamentar entre o Brasil e o Cazaquistão. Esse grupo tem a finalidade de incentivar e desenvolver as relações entre os legislativos dos dois países. Estava também pronto para ser votado um projeto da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) que previa um grupo parlamentar entre Brasil e Indonésia, mas a pedido da própria Vanessa e de outros parlamentares a votação da proposta foi adiada.
O presidente da CRE, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), informou que o PRS 21/2014 foi apresentado pela parlamentar do Amazonas antes do fuzilamento, na Indonésia, de dois brasileiros condenados por tráfico de drogas. O senador José Agripino (DEM-RN) chegou a argumentar que a aprovação desse grupo de parlamentar poderia ser mal interpretado.
— Neste momento, em que se discute o fuzilamento de dois brasileiros, nós criarmos um grupo parlamentar poderia ter o viés positivo de abrir uma discussão, mas a simbologia seria que nós estaríamos admitindo a pena de morte para a prática de um crime — alertou Agripino.
Brasil e Indonésia estão com as relações estremecidas em razão da execução dos dois brasileiros. O governo do país asiático ignorou os apelos do governo brasileiro por clemência. O Brasil retirou seu embaixador em Jacarta e não concedeu credencial ao diplomata enviado pela Indonésia.

Quebec

Outra proposta aprovada na CRE foi um acordo entre o Brasil e a província de Quebec, no Canadá para a concessão de benefícios da Previdência Social. A comissão também começou a discutir as indicações de dois embaixadores brasileiros.
Guilherme Patriota está indicado para representar o Brasil na Organização dos Estados Americanos (OEA). Já a indicação de Paulo de Oliveira Campos é para a embaixada brasileira na França e no Principado de Mônaco.

Venezuela

O senador Aloysio Nunes Ferreira anunciou que em 7 de maio a Comissão de Relações Exteriores vai receber em audiência pública as venezuelanas Lilian de Lopez e Mitzy de Ledezma. Elas são casadas com políticos oposicionistas que foram presos pelo governo de Nicolás Maduro.
Já a audiência pública com o ministro da Defesa, Jacques Wagner, prevista para esta quinta, foi adiada para 21 de maio.
Agência Senado 

Vai à sanção projeto que regulamenta entidades de autogestão de saúde

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (8) projeto de lei que autoriza operadoras de planos de saúde na modalidade de autogestão, que integrem entidades executoras de outras atividades, a continuarem funcionando sem a necessidade de constituir nova empresa específica para a área de saúde. A proposta (PLC 6/2015), com origem na Câmara dos Deputados, seguirá agora para sanção.
O texto, do deputado Simão Sessim (PP-RJ), muda a Lei dos Planos de Saúde (Lei 9.656/1998), favorece fundações, sindicatos ou associações que exerçam a autogestão de planos de saúde. Agora, essas entidades ficam dispensadas de criar pessoas jurídicas independentes com a função exclusiva de operar esses planos privados de assistência à saúde, como hoje exige a lei.
Pelo projeto, a regra valerá para a entidade que já fazia essa autogestão antes da publicação da legislação de 1998, em conjunto com outras atividades previstas em seus estatutos. Para contar com essa isenção, ela poderá criar um CNPJ sequencial ao já existente e terá de assegurar a segregação patrimonial administrativa, financeira e contábil das outras atividades.
A matéria chegou ao Plenário com parecer favorável da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O relator naquela comissão, senador Humberto Costa (PT-PE), apresentou apenas emendas de redação para dar clareza ao texto e modificar a ementa da proposta.
O senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) disse então que o projeto faz justiça aos planos de saúde geridos por entidades de autogestão. Segundo ele, esses planos de autogestão não teriam condições de sobrevivência se a proposta não fosse aprovada, pois eles não conseguem cumprir as mesmas regras dos grandes planos.
Crivella disse que “os grandes" queriam que essas entidades diferenciadas não existissem, já que o custo para os seus associados é baixo e ainda assim resolvem o problema do atendimento à saúde dos associados.

Autogestão

A autogestão é a modalidade na qual uma organização administra, sem finalidade lucrativa, a assistência à saúde dos beneficiários a ela vinculados. Estão enquadradas neste segmento os planos de saúde destinados a empregados ativos e aposentados ou a participantes de entidades associativas, assistenciais e previdenciárias, por exemplo.
A autogestão de planos de saúde, além de ter um custo menor que as empresas abertas ao mercado de consumo, empregam recursos dos participantes e das empresas na medida justa para o sustento do plano, sem encargos de remuneração de negócio, pois não têm como objetivo o lucro.

Anita Garibaldi

Foi aprovado outro projeto da Câmara, o PLC 19/2014, que denomina Ponte Anita Garibaldi a ponte localizada na travessia da Lagoa da Cabeçuda e do Canal Laranjeira na BR-101, no Município de Laguna, em Santa Catarina. A matéria, que havia recebido parecer favorável na Comissão de Educação, Cultura e Esportes (CE), também vai a sanção.
O autor, deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), justifica que o propósito é homenagear “a heroína de dois mundos”. Nascida Ana maria de Jesus Ribeiro, a homenageada, ao lado marido, o italiano Giuseppe Garibaldi, participou aqui no Brasil da Guerra dos Farrapos, entre outros conflitos. Depois, já na Europa, atuou na luta pela unificação italiana.
Fonte: Agência Senado 

Senado - CAE pode aprovar isenção de IR para portadores de doenças degenerativas e vítimas de desastres


Em sua próxima reunião, na terça-feira (5), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode aprovar de forma definitiva dois projetos que concedem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas em casos específicos. Com pareceres favoráveis de seus relatores, eles são os destaques da pauta da comissão
O primeiro deles é o PLS 315/2013, que amplia a lista de doenças cujos portadores têm direito a dispensa do IR sobre sua aposentadoria. A isenção, concedida após parecer da medicina especializada, seria estendida para quem é acometido por doenças reumáticas, neuromusculares ou osteoarticulares crônicas ou degenerativas - como o lúpus eritematoso sistêmico, a esclerose lateral amiotrófica, a osteoporose e a artrite reumatoide.
Outro projeto de isenção é o PLS 22/2011, que dispensa do pagamento de IR pessoas físicas que sofrerem prejuízos com desastres, quando caracterizada situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo federal. A proposta também isenta do Imposto Territorial Rural (ITR) o imóvel pequeno ou médio com atividade produtiva atingida por desastres.
Os relatores dos projetos são, respectivamente, os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Alvaro Dias (PSDB-PR). Como tramitam em caráter terminativo, as propostas só dependem da avaliação da comissão para serem aprovados e enviados à Câmara dos Deputados. Caso haja recurso, podem ser analisados em Plenário.

Não-terminativos

A pauta da CAE também tem projetos que podem ser aprovados pela comissão, mas depois deverão passar obrigatoriamente por outros colegiados ou pelo Plenário. É o caso do PLS 65/2012, que institui alíquota máxima para o Imposto sobre Serviços (ISS) cobrado sobre no turismo rural. Já aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), ele precisará ir ao Plenário se for aprovado.
Outros três projetos terão que passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ): o PLS 194/2014, que institui a Política Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares na Segurança Pública; o PLS 277/2011, que retira da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) a palavra final sobre o que fazer com os bens apreendidos nas ações de repressão ao tráfico de drogas; e o PLS 497/2013, que disciplina a fabricação e o uso de fogos de artifício.
PLS 342/2013, que concede incentivos para professores federais que atuem em áreas de difícil acesso, também será apreciado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). O PLS 252/2011, que cria o Programa de Microdestilarias de Álcool e Biocombustíveis (Promicro), seguirá para a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) caso seja aprovado.
Completam a pauta o PLS 172/2012, que altera a legislação para assegurar a qualidade de insumos farmacêuticos e também passará pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS); e o PLC 48/2011, que obriga a disponibilização de cardápio em braile nos restaurantes, bares e lanchonetes e deverá seguir para o Plenário em caso de voto positivo da CAE.

Proposições legislativas

Fonte: Agência Senado

Vacinação contra a gripe começa nesta segunda-feira

Vacinação contra a gripe.Foto: Divulgação
A partir desta segunda-feira (4) o Paraná inicia mais uma campanha de vacinação contra a gripe na rede pública de saúde. Cerca de 2,9 milhões de paranaenses terão direito à vacina, que estará disponível em todas as 2,5 mil unidades de saúde do Estado até o dia 22 de maio. 

Nesta edição, mantêm-se os grupos prioritários da campanha realizada em 2014. Serão imunizados gratuitamente idosos (+60 anos), crianças maiores de seis meses e menores de cinco anos, gestantes, puérperas (mulheres com pós-parto de até 45 dias), doentes crônicos, profissionais de saúde, indígenas e trabalhadores ou detentos do sistema prisional. 

De acordo com o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, a recomendação é que as pessoas que têm direito à vacina procurem a unidade de saúde mais próxima já no início da campanha. “Após a aplicação, a vacina demora, em média, 15 dias para fazer o efeito. Por isso, quanto mais cedo for a imunização, melhor será a eficácia da vacina neste período em que as temperaturas já estão mais baixas”, alertou. 

Para o Paraná, a meta estipulada pelo Ministério da Saúde é vacinar pelo menos 80% do público-alvo da campanha. Mas objetivo do Estado é atingir uma taxa que varia entre 95% e 98%. “A vacina contra a gripe é extremamente segura e eficaz. Ela tem impacto direto na redução do número de internamentos e mortes pela doença no Estado, pois é indicada para aqueles grupos que apresentam maior risco de agravamento do quadro clínico”, explicou a superintendente de Vigilância em Saúde, Eliane Chomatas. 

Assim como nos anos anteriores, a composição da vacina foi planejada para conceder proteção contra os três tipos de vírus da gripe mais circulantes: Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B. Em adultos, ela é administrada em uma única dose. Já para crianças são duas doses, sendo a segunda 30 dias após a primeira. Seu uso é contraindicado para pessoas que já apresentaram reações adversas em campanhas anteriores ou que tenham alergia a ovo. 

DIA D - Segundo o coordenador estadual de Imunização, João Luis Crivellaro, no dia 9 de maio (sábado) postos de vacinação de todo Estado estarão abertos para promover um grande mutirão de vacinação. “É o Dia D da campanha. Com isso, vamos chamar a atenção da população e permitir que pessoas que não podem comparecer a uma unidade de saúde durante a semana possam se vacinar no sábado”, afirmou. 

ORIENTAÇÃO - O Governo do Estado manifestou inúmeras vezes, junto ao Ministério da Saúde, a intenção de antecipar o início da campanha no Paraná, sob o argumento que as condições climáticas da região favorecem que a doença circule com mais intensidade já a partir de março. Contudo, o pedido não foi acatado pelo governo federal, responsável pela aquisição e distribuição das doses. 

Diante disso, a Secretaria da Saúde reforça a necessidade da população lembrar sempre das medidas de prevenção da doença. Atualmente, a melhor forma de se proteger da gripe é praticar hábitos saudáveis, como manter os ambientes bem arejados e higienizar as mãos, sempre que possível. 

Além disso, as pessoas com suspeita de gripe devem procurar atendimento o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. “Não se automedique. Procure atendimento de saúde e só utilize o medicamento indicado. O antiviral oseltamivir (tamiflu), por exemplo, está disponível gratuitamente nas unidades de saúde e pode ser retirado a partir da apresentação da receita médica”, explica Eliane Chomatas. 

CASOS - Dados da Secretaria Estadual da Saúde apontam que o Paraná registrou 227 casos e 16 mortes por gripe em 2014. Ao final das investigações, a Secretaria identificou que do total de mortes, dez pacientes tinham direito à vacina, mas não foram imunizados. A maior parte das mortes estava relacionada a pacientes com doenças crônicas pré-existentes que podem ter contribuído para a morte. 

Neste ano, o Estado já contabiliza três casos de gripe e uma morte. Trata-se de uma mulher de 67 anos, moradora da região de Foz do Iguaçu, não vacinada e que tinha pneumopatia e cardiopatia. 

Os números dizem respeito às amostras positivas coletadas em pacientes atendidos nas 50 unidades sentinelas do Estado, o que inclui unidades de saúde e hospitais de pequeno e grande porte de 18 cidades paranaenses. 

Veja os documentos exigidos para se vacinar contra a gripe: 

Crianças (seis meses a um quatro, 11 meses e 29 dias): carteira de vacinação, registro de nascimento ou carteira de identidade. 

Idosos (acima de 60 anos): carteira de identidade. 

Grávidas: carteira da gestante. 

Mulheres até 45 dias após o parto: carteira da gestante e documento do bebê. 

Doentes crônicos: poderão se vacinar nas unidades de saúde e nas unidades volantes, desde que estejam com a prescrição médica. Preferencialmente, os pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos onde realizam o tratamento. Se na unidade de saúde onde são atendidos regularmente não existir um posto de vacinação, os pacientes devem solicitar prescrição médica e se dirigirem a outro posto. 

Profissionais de saúde: serão vacinados nos hospitais ou unidades onde atuam, ou ainda nos postos de vacinação, mediante apresentação de declaração do médico responsável pelo serviço onde o profissional trabalha. 

Indígenas: serão vacinados em casa pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde. 

Trabalhadores ou detentos do sistema prisional: serão vacinadas pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde nas delegacias e presídios. 

Fonte: SESA/PR

Liberado gabarito da 36ª Prova de Título de Especialista em Medicina do Trabalho

Prova foi realizada no último sábado, durante o Seminário Sudeste Anamt
Foi divulgado nesta quarta-feira (dia 29) o gabarito da 36ª Prova de Título de Especialista em Medicina do Trabalho. Quase 380 profissionais fizeram a prova no último sábado (dia 25), durante o Seminário Sudeste ANAMT, em Vitória (ES). As respostas da prova estarão disponíveis no site da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).
A lista dos aprovados será liberada no dia 26 de maio (terça-feira), e os nomes aprovados depois da análise de recursos, em 16 de junho (terça-feira). O edital está disponível no site da entidade: www.anamt.org.br/site/. A avaliação é resultado do convênio entre a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM).


Fonte: Anamt

SBTMO realiza XIX Congresso Brasileiro de Transplante de Medula Óssea em agosto


Encontro acontecerá de 26 a 29 de agosto, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Inscrições online estão abertas

A Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) realizará entre os dias 26 a 29 de agosto de 2015 o XIX Congresso Brasileiro de Transplante de Medula. O encontro será realizado no Hotel Bourbon, localizado na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. Simultaneamente ao Congresso haverá o XIV Encontro Anual de Histocompatibilidade e Imunogenética, organizado pela Associação Brasileira de Histocompatibilidade (ABH), entidade apoiadora do Congresso.
De acordo com a presidente do encontro, Carmem Bonfim, o congresso será palco de atualização educacional e científica, mas, sobretudo, de avaliar estratégias que possibilitem o avanço da especialidade no País, bem como enfrentar os desafios à prática do procedimento, tanto pediátrico quanto adulto. Para tanto a abordagem partirá da visão multiprofissional, com base em situações vivenciadas no dia a dia dos médicos transplantadores, enfermeiros, fisioterapeutas, odontologistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, entre outros.
Carmem, que também é pesquisadora, esclarece que a cada ano surgem novas indicações e tratamentos, mas existem poucos leitos e faltam recursos para medicamentos e equipes especializadas em todo o país. “Com os avanços na área do transplante, observamos também o crescimento do número de pacientes em longo seguimento e precisamos estar mais atentos a esta população. A detecção precoce de eventuais complicações e determinação de diretrizes para o acompanhamento destes pacientes é urgente em nosso país”. Ainda segundo ela, nas últimas quatro décadas mais de um milhão de pacientes foram submetidos ao transplante em todo o mundo. No entanto, “este ainda é um procedimento complexo, caro e subutilizado na maioria dos países em desenvolvimento”, avalia a presidente do congresso.
Convidados internacionais - já estão confirmados 18 palestrantes provenientes de locais como Suécia, Estados Unidos, Áustria, Holanda, França, Alemanha e Inglaterra (veja lista de nomes completa no site).
Curso Pré-Congresso & Programação - Na terça-feira, dia 25 de agosto, haverá os cursos pré-congressos que terão enfoque no âmbito do desenvolvimento educacional da especialidade.
Nos dias posteriores, de 26 a 29 de agosto, o Congresso contará com sessões "meet the professor", seguidas por plenárias e sessões cientificas.
Entre os grandes temas que nortearão as discussões estão os desafios no transplante não aparentado, que têm crescido no Brasil nos últimos anos; o tratamento da Doença do Enxerto Contra-Hospedeiro (DECH); efeitos tardios do TMO; transplante de células tronco hematopoiéticas em pediatria e adulto, nas doenças autoimunes e nas benignas; o papel da dieta no sucesso do TMO; entre outros. Também haverá mesas redondas de debate sobre a segurança do doador de medula óssea e políticas públicas de saúde relacionadas ao TMO.
Confira grade científica; normas para submissão de trabalhos científicos e informações sobre inscrição emwww.sbtmo2015.com.br

 
XIX Congresso Brasileiro de Transplante de Medula Óssea
Organização: Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO)
 Apoio: Associação Brasileira de Histocompatibilidade (ABH)
 Data: 26 a 29 de agosto
 Local: Hotel Bourbon – Foz do Iguaçu – Paraná
 Informações e inscrições: www.sbtmo2015.com.br


Fonte: SBTMO

São Paulo quer vacinar 11,8 milhões de pessoas contra a gripe


A campanha nacional começa na próxima segunda-feira (4) e vai até 22 de maio, em mais de 6 mil postos nas cidades paulistasMarcelo Camargo/Agência Brasil

Cerca de 11,8 milhões de pessoas devem ser vacinadas contra a gripe no estado de São Paulo. A campanha nacional começa na próxima segunda-feira (4) e vai até 22 de maio, em mais de 6 mil postos nas cidades paulistas.

Devem receber a vacina idosos, indígenas, presos, funcionários do sistema prisional, pessoas com doenças crônicas, profissionais de saúde, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias e crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos de idade.

A imunização serve contra o vírus influeza, a gripe A H1N1 e os vírus influenza - A (H3N2) e B. Idosos hospitalizados e pessoas com doenças crônicas podem ser vacinados também, no período da campanha, com pneumocócica 23-valente, que protege contra a pneumonia, meningite e bacteremia, septicemia (infecção generalizada do sangue). Haverá também vacinas contra difteria e tétano.

No sábado, dia 9, Dia D, serão instalados postos de vacinação fixos e volantes, que ficarão abertos das 8h às 17h. Nos outros dias da campanha, os postos atendem de segunda a sexta-feira nesse mesmo horário.


Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Vitória contra a EBSERH: médicos do Piauí ganham Piso FENAM

O Piauí é o primeiro Estado do Brasil a realizar um dissídio coletivo contra a EBSERH, o que vai servir jurisprudência para o restante do país. 
     Foto: SIMEPI 

O Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região aprovou nesta quarta-feira (29), a implantação do Piso FENAM para os médicos que trabalham no Hospital Universitário, em Teresina (PI). Os votos favoráveis dos desembargadores Manoel Edilson, Liana Chaib e Francisco Meton foram dados durante julgamento do dissídio coletivo instaurado pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) contra a empresa que gerencia o hospital, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

De acordo com a presidente do SIMEPI, Lúcia Santos, essa decisão é pioneira no Brasil por se tratar do primeiro dissídio contra a EBSERH. “ Esse julgamento ficará marcado na história do trabalhador médico não só do Piauí, mas do Brasil. A nossa vitória abriu um precedente para todo o país , o que representa um grande avanço. Os médicos estão unidos em prol da sua profissão e não vão abrir mão de resgatar a sua dignidade médica. Essa tentativa de se colocar a EBSERH achando que dessa forma iria, por ser uma empresa criada pelo governo federal, burlar os direitos trabalhistas dos médicos recebeu uma derrota hoje”, finalizou.

Durante as audiências preliminares, a assessoria jurídica do SIMEPI representada pela advogada, Isadora Santos, ressaltou em sua defesa a defasagem salarial que se encontrava os médicos do hospital comparando com o piso salarial da FENAM, que em 2014 era de R$ 10.991,12. O dissídio coletivo foi instaurado no início de julho de 2014, uma vez que o SIMEPI entendeu que a forma de administração pela EBSERH é um retrocesso,  precarizando ainda mais o trabalho médico e dos outros profissionais da saúde. Os profissionais estavam sem carreira e com o salário defasado.

A decisão do TRT servirá como jurisprudência para o restante do país. “Espero que a nossa vitória contra a EBSERH sirva de exemplo para os demais colegas pelo Brasil. Entendemos que somos agentes principais na saúde e brigaremos pelo que é da população”, concluiu Lúcia dos Santos.

A FENAM vem alertando sobre o perigo da violação da Constituição na criação da Lei 12.550/2011, que autorizou a implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). A EBSERH foi criada pelo Governo Federal, e é uma empresa pública com personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio, vinculada ao Ministério da Educação (MEC), mas, infringe dispositivos constitucionais ao atribuir à EBSERH a prestação de um serviço público.

Em data a ser definida, a FENAM convocará os sindicatos de base para reunião, em Brasília, para desencadear uma campanha nacional contra a EBSERH a partir da vitória do SIMEPI. A questão também será discutida nesta quinta-feira (30), durante reunião do Núcleo da FENAM, em Natal (RN).


Fonte:FENAM - Valéria Amaral - 29/04/2015

ANS amplia e padroniza informações para consumidores de planos de saúde


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está aprimorando e ampliando o acesso dos consumidores às informações sobre os diferentes tipos de planos de saúde que são comercializados no país. Resolução publicada nesta quarta-feira (29/04) determina que as operadoras informem seus beneficiários sobre as principais características dos planos coletivo empresarial, coletivo por adesão e individual ou familiar, para que não haja dúvida sobre o produto contratado. Os esclarecimentos serão prestados aos consumidores que já têm planos e também aos novos beneficiários, no momento da contratação.
A norma faz parte da atualização da lista básica de informações que devem ser prestadas pelas empresas aos consumidores. Passará a valer a partir de janeiro de 2016, juntamente com as demais determinações estabelecidas pela Resolução Normativa nº 360. A medida se soma ao conjunto de informações mínimas exigidas para a identificação dos beneficiários, tais como o registro da operadora, número do Cartão SUS, tipo de acomodação, abrangência geográfica e todos os outros itens do produto adquirido.
De acordo com a ANS, o meio de disponibilização das informações pode ser físico, com impressão em qualquer material, ou digital, em uma área do portal da operadora com acesso exclusivo para o cliente, além do uso de aplicativos, tablets e celulares.
“Precisamos melhorar as informações que são fornecidas às pessoas que contratam um plano de saúde. Saber o tipo de plano que está sendo adquirido é fundamental para que o consumidor faça a escolha mais adequada e também para que conheça seus direitos em relação ao serviço contratado”, explica a diretora-presidente substituta da ANS, Martha Oliveira.
TIPOS DE PLANOS - Para o beneficiário, é importante saber que há diferenças entre os produtos ofertados no mercado. Em relação ao tipo de contratação, ele pode decidir entre planos individuais ou familiares - aqueles contratados diretamente pelo beneficiário, com ou sem seu grupo familiar – ou planos coletivos - que se dividem em empresarial e coletivo por adesão. O plano empresarial pode ser contratado pela pessoa que é vinculada à pessoa jurídica por relação empregatícia ou estatutária. Já o coletivo por adesão pode ser contratado pela pessoa que mantém vínculo com determinadas pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial (associação ou sindicato, por exemplo).
“O consumidor precisa saber que, dependendo do tipo de plano escolhido, há diferenças em relação à carência, à rescisão, à cobertura parcial temporária, entre outros aspectos”, destaca Martha Oliveira. “Essas informações são essenciais e precisam estar à disposição dos consumidores”, diz.
Confira aqui a Resolução Normativa.
Veja abaixo as diferenças e particularidades entre os planos de saúde:
20152904 RN360 tabela Tipo de planos

* A regra citada neste documento para carência e cobertura parcial temporária de doenças e lesões pré-existentes (CPT) é a prevista na legislação em vigor. O contrato poderá conter cláusula reduzindo ou isentando o cumprimento de carência ou CPT.
** Ressalvadas as operadoras na modalidade de autogestão.
*** Ressalvadas as hipóteses previstas nos artigos 30 e 31 da Lei nº 9.656, de 1998 (aposentados e demitidos), das operadoras na modalidade de autogestão e dos entes da administração pública direta ou indireta.
Canais de relacionamento da ANS
DISQUE ANS (0800 701 9656): Atendimento telefônico gratuito, disponível de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 horas (exceto feriados).
Portal da ANS (www.ans.gov.br): Central de Atendimento ao Consumidor, disponível 24 horas por dia.
Núcleos da ANS: Atendimento presencial de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 16h30 (exceto feriados), em 12 cidades localizadas nas cinco regiões do Brasil. Confira os endereços.

Fonte: Ascom/ANS

Debate sobre financiamento da saúde está apenas começando, diz ministro



O ministro da Saúde, Arhtur Chioro, disse hoje (29) que há atualmente um grande processo de discussão em todo o país e que mobiliza trabalhadores, gestores e pesquisadores na tentativa de definir uma nova fonte de financiamento para a saúde. “Não podemos apenas identificar quanto de recurso precisa ter. Também precisamos identificar quais são as fontes desse recurso. E esse debate está apenas começando”.

Segundo Chioro, as possibilidades estudadas pelo governo incluem, por exemplo, a taxação de grandes fortunas, a taxação progressiva de heranças, contribuições financeiras e a melhor utilização de recursos do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais (Dpvat). Ainda de acordo com o ministro, as opções estão sendo estudadas de forma isolada e combinadas.

“O importante é que consigamos construir uma estratégia em que os recursos sejam suficientes, permanentes, adequados às necessidades do nosso Sistema Único de Saúde, mas gastos com muita qualidade e transparência.”

Após participar de audiência pública promovida pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Relações Exteriores e Defesa Nacional, na Câmara dos Deputados, Chioro avaliou que é preciso encontrar uma solução para o financiamento da saúde que seja de médio e longo prazo, já que a população brasileira registra um envelhecimento em ritmo acelerado.

“Temos incorporações tecnológicas crescentes no campo da saúde. Os custos da assistência, tanto no campo da prevenção como do tratamento, vai ficando cada vez mais caro. Temos que conseguir planejar e absorver esse direito das pessoas a partir dos recursos públicos.”

O ministro evitou adotar um posicionamento pessoal sobre qual fonte de financiamento para a saúde considera mais adequada para o momento, mas não descartou a possibilidade de volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). “Estou me apropriando cada vez mais, vendo vantagens e desvantagens. Mais importante do que simplesmente definir qual a fonte é o envolvimento da sociedade, do Congresso Nacional”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

Senado aumenta limite de endividamento no salário do trabalhador

Foto: ABr
Foto: ABr
O plenário do Senado aprovou hoje (29) a Medida Provisória (MP) 661, que aumenta o limite de descontos autorizados pelo trabalhador na folha de pagamentos, para incluir despesas com cartão de crédito. Pelas regras atuais, os trabalhadores podem autorizar o desconto de empréstimos, financiamentos ou arrendamento mercantil até o limite de 30%. Com as novas regras, o limite foi aumentado para 40%, mas o acréscimo só poderá ser usado para despesas com cartão de crédito.
Quando a MP passou pela Câmara dos Deputados, onde foi aprovada no último dia 9, foi incluído um dispositivo que autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a financiar contratos relativos à compra ou leasing de caminhões. Os caminhoneiros autônomos, as empresas de transporte de carga e as arrendadoras com receita bruta até R$ 2,4 milhões poderão refinanciar as 12 primeiras prestações a vencer, depois da entrada do pedido de financiamento.
Eles também incluíram dispositivo para proibir o BNDES de se recusar a fornecer informações sobre operações de empréstimo com base em sigilo contratual, incluindo empréstimos para obras no exterior. A emenda aprovada pelos deputados direciona um mínimo de 2,5% dos recursos emprestados pelo BNDES ao custeio de atividades em extensão rural, a taxas subsidiadas.
O texto da MP aprovada também concede crédito de R$ 30 bilhões, da União para o BNDES, em condições a serem definidas pelo Ministério da Fazenda. A cobertura das operações se dará mediante a colocação direta de títulos da dívida pública mobiliária federal, em favor do BNDES, cujas características também serão definidas pelo ministro.
Os senadores não fizeram modificações no texto da Câmara, e o projeto de lei no qual a MP foi convertida, após as mudanças feitas pelos deputados, seguirá agora para sanção presidencial.
Fonte: Agência Brasil

Não há redução de repasses para a saúde, afirma o ministro Arthur Chioro


O ministro da Saúde, Arthur Chioro, negou, há pouco, a diminuição de repasses para a saúde no âmbito da União, estados e municípios. Ele reiterou que, apesar do contexto de restrição orçamentária, a pasta mantém o ritmo de expansão das políticas públicas consideradas vitais, como o Programa Mais Médicos.
De acordo com o governo, o Orçamento de 2015 destinará R$ 109,2 bilhões para a saúde, 8,8% a mais em relação ao previsto para 2014 (R$ 100,3 bilhões).

Tabela do SUS
Sobre o repasse de recursos, Chioro disse que é preciso ter “cuidado” em afirmar que as santas casas estão subfinanciadas. Ele argumenta que apesar de o ministério renovar os preços mínimos da tabela do SUS, “alguns gestores simplesmente não repassam os recursos”. De acordo com as estimativas do ministro, cerca de 50% dos recursos da saúde ainda é repassado para os entes federados por meio da tabela.

“A tabela SUS nunca vai deixar de existir, como forma de financiamento de recursos, o jeito de pagá-los é que está errado”, argumentou o ministro. Conforme ele, a pasta trabalha, desde a gestão de Adib Jatene, na década de 1990, para reformar o método de repasse justamente para evitar o desvio e a má dotação financeira.

Chioro reforçou o compromisso do governo em executar o orçamento previsto para a área, no entanto, admitiu que a carteira de investimentos do ministério vai ser usada de forma seletiva. “O que não dá é ficarmos com os investimentos focados exclusivamente em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), quando o compromisso de investir é da própria prefeitura”, comentou.

O ministro acrescentou que o maior problema não é a fonte de financiamento, e sim a necessidade de avançar no marco regulatório universal para a saúde, com integralidade e participação social. “É um avanço tirar a saúde do pensamento mercadológico e colocá-la no patamar de direitos humanos”. Segundo ele, a modernização do marco regulatório do setor será a ênfase do Programa Mais Especialidades, que vai permitir o atendimento tanto por meio do agendamento de consultas quanto pro mutirões.
Mais Médicos
O ministro rebateu as críticas que apontaram a criação de faculdades “pernetas” e de baixa qualidade pelo Mais Médicos. Para ingressar no programa, explicou, é necessário ter diploma ratificado pelo “ Revalida”, que reconhece o certificado de médicos formados no exterior, ou seja, é preciso passar por teste de avaliação profissional. Ele disse que, no último ano, foram aprovados 32,6%, dos candidatos, o que corresponde a 652 médicos aptos a trabalhar no País, percentual considerado positivo pelo ministro.

Em resposta ao deputado Célio Silveira (PSDB -GO), que o questionou sobre a possibilidade de receber atendimento de médico cubano, Chioro disse não ver problemas na situação. “Eu não teria preconceito em entregar a minha vida aos cuidados de médicos cubanos, ou de qualquer outra nacionalidade, porque a saúde não é uma questão de ideologia, e sim de capacitação profissional”, concluiu.

Ainda sobre o programa Mais Médico, Chioro disse que a iniciativa tem caráter permanente e não é um paliativo, ao contrário do afirmado no início da reunião pela deputada Flávia Morais (PDT- GO). De acordo com o governo, somente do eixo da infraestrutura são aplicados R$ 5,6 bilhões para financiar construções, ampliações e reformas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e R$ 1,9 bilhão para construções e ampliações de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Ao concluir sua exposição, Chioro citou o que considera conquistas dos 27 anos do SUS: diminuição da mortalidade infantil e materna e a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (o SAMU 192). E renovou sua perspectiva otimista sobre o sistema: "O SUS precisa dar certo no Rio de Janeiro, como já vem acontecendo, e em São Paulo, para que seja o exemplo de saúde básica no Brasil".

A audiência, promovida pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, foi encerrada. 
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Deputado critica Chioro por ter ignorado a máfia das próteses em sua apresentação

O deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) ressaltou, há pouco, a ausência do “outro lado do Mais Médicos” na exposição do ministro Arthur Chioro. De acordo com o parlamentar, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou em 49 % o índice de rejeição dos bolsistas do programa durante o atendimento. “O senhor faz uma exposição perfeita sobre as condições da saúde, mas omite como o governo vai financiar a saúde”, criticou.

Macris criticou com veemência a pouca atenção dada pelo ministro à máfia de órteses e próteses. Hoje o assunto é tratado na Câmara dos Deputados por meio uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) com a finalidade de investigar denúncias de cartelização na fixação de preços e distribuição dos equipamentos, e direcionamento da demanda dos serviços médicos por interesses privados.

O ministro participa de audiência promovida pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Fiscalização Financeira e Controle; e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

O deputado Célio Silveira (PSDB -GO) questionou, em tom de ironia, se o próprio ministro Arthur Chioro teria a “coragem” de ser atendido por médicos cubanos. O parlamentar quis saber inclusive se o Programa Mais Especialidade um novo programa do governo para a área de saúde, também será destinado a captar médicos do país caribenho.
De crítica também foi o tom do deputado Mário Heringer (PDT- MG). Segundo ele, os médicos que ingressam no programa o fazem em busca de aprovação mais rápida nas provas exigidas pelo curso. “Não é criando faculdades ‘pernetas’ que vamos avançar na área médica, a carreira médica deve ser encarada com seriedade”, enfatizou.

O petista Henrique Fontana (RS), por sua vez, defendeu que o Mais Médico seja avaliado como uma política de estado, em vez de motivar disputas eleitorais. “Precisamos fazer um esforço para retirar esse programa da disputa entre governo e a oposição”, ponderou. O deputado reforçou a necessidade de lançamento do Mais Especialidades, um novo programa do governo para a área de saúde.

A deputada Flávia Morais (PDT- GO) salientou o caráter provisório do Mais Médicos e defendeu a criação de planos de carreiras para médicos brasileiros, a fim de que estes, após formados, permaneçam no País. Ela também defendeu campanhas mais elucidativas sobre o parto normal e maior agilidade no procedimento de cirurgias críticas. Nesse ponto, o deputado Dr. Sinval Malheiros (PV-SP) chamou a atenção do ministro para as grandes filas de espera e a qualidade de atendimento das santas casas.
Fonte: Agência Câmara de Notícias - 29/04/15