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sábado, 30 de janeiro de 2016

Médicos e servidores protestam contra abandono de hospital universitário no Rio

Residentes e funcionários do Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), protestaram ontem (29), na sede do hospital, em Vila Isabel, zona norte da cidade, contra o atraso de pagamentos, das bolsas-auxilio e dos cortes de recursos que interromperam cirurgias e internações clínicas.

De acordo com os manifestantes, de quase 500 leitos disponíveis, atualmente apenas 100 estão ocupados. "Hoje, o hospital enfrenta uma série de cortes. Residentes sem receber bolsas-auxílio, funcionários terceirizados das áreas de limpeza, manutenção, segurança e alimentação sem receber salários, centro cirúrgico fechado, cirurgias e internações suspensas e centro radiológico praticamente inativado por falta de manutenção de equipamentos”, denunciaram os residentes da unidade.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ), Jorge Darze, também participou do protesto. Segundo ele, é grave a situação do hospital, que pode acabar fechando.

Conforme Jorge Darze, a mão de obra terceirizada na área de faxina, segurança e alimentação está sem salário há mais de três meses. "Um hospital não pode ficar sem limpeza e alimentação. O hospital está praticamente inviabilizado.”“Estamos falando de um hospital com responsabilidade social muito grande. É uma unidade que forma pessoal, faz pesquisa e atendimento de alta complexidade que os demais hospitais não têm”, acrescentou.

Por meio de nota, a Uerj informou que não recebeu o repasse dos recursos necessários para honrar esses compromissos, mas que busca regularizar os pagamentos atrasados referentes a bolsas, contratos e serviços terceirizados o quanto antes. Ontem (28), os terceirizados do hospital protestaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado.

O governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse semana passada que estuda transferir a gestão do hospital para a Secretaria Estadual de Saúde.

Na semana passada, uma forte chuva alagou o centro cirúrgico da unidade, ala nova da unidade, inaugurada há dois meses.

Em maio do ano passado, a crise no hospital já era sentida por funcionários e estudantes de medicina, que fizeram uma manifestação por melhorias no centro biomédico da unidade.


Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Médicos protestam por reajuste nos honorários pagos pelos planos de saúde no Rio


Um grupo de médicos ligado ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) protestou hoje (8) em defesa do reajuste anual dos honorários da categoria em frente a sede da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), no centro do Rio. O ajuste estava previsto na Lei 13.003/2014 e deveria ter sido acordado entre os profissionais, seguradoras e operadoras de saúde até o dia 31 de março deste ano.

Segundo a coordenadora da Comissão de Saúde Suplementar, Márcia Rosa de Araújo, uma série de operadoras não apresentaram até hoje nenhuma proposta, dentre elas está a Amil Participações S.A , Dix Saúde, Plano de Saúde Medial, Bradesco Saúde, Caixa Assistencial Universitária do Rio de Janeiro e Porto Seguro Saude. Outras se limitaram a oferecer reajustes de 0,01% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação oficial do país).

Atualmente, segundo o Cremerj, o valor pago aos médicos pelos planos, por consulta, varia entre R$ 40 e R$ 77. A reivindicação é que o valor chegue a R$ 80 por consulta.

"Como é o primeiro ano da lei, flexibilizamos, fizemos reuniões para sensibilizar as operadoras, pedimos as minutas dos contratos para avaliar e, para nossa surpresa, a maioria tinha cláusulas como a do reajuste de 0,01% do IPCA [por ano]”, disse coordenadora, acrescentando que não chega nem a ser um índice, é um percentual que foge ao espírito da lei.

Outra reivindicação da categoria é para que as operadoras com planos de saúde diferenciados paguem o mesmo valor por procedimento aos médicos. Márcia Rosa explica que, com a divisão em categorias como “alfa”, “beta” e “gama”, planos tentam criar uma subcategoria de paciente.

“Por questões éticas, não podemos atender pacientes de maneira diferenciada porque é da categoria 'a', 'b' ou 'c'; mas os planos pagam, pelo mesmos atendimentos, valores maiores ou menores, de acordo com o plano, uma tentativa de criar pacientes inferiores”, explicou.

Procurada para esclarecer as negociações, a FenaSaúde disse que já paga “os mais altos valores de remuneração dos médicos entre as diferentes operadoras do mercado” e, nos últimos cinco anos, os reajustes foram de 50%, acima da inflação no período e 31%, segundo a entidade.

A FenaSaúde também informa que os honorários pagos por consultas e procedimentos no Brasil, segundo levantamento da Federação Internacional de Planos de Saúde (IFHP), são os mais bem pagos aos médicos em países como a França, Espanha e o Canadá.

Fonte: Agência Brasil