terça-feira, 9 de outubro de 2012

Médicos do Paraná devem suspender atendimento a planos de saúde a partir de segunda-feira

Os médicos se reuniram em assembleia na AMP na noite desta segunda-feira.
A classe médica paranaense está em estado de assembleia permanente e pode suspender o atendimento a todos os planos de saúde (exceto os dois que já negociaram com a classe, Fundação Copel e Sanepar, e a cooperativa médica, Unimed) por 10 dias a partir de segunda-feira caso não haja, em 72 horas, avanços nas negociações com as entidades que representam as operadoras no Estado. Essa foi a decisão tirada da assembleia geral da categoria, que reuniu centenas de profissionais na sede da Associação Médica do Paraná, na noite de segunda-feira.

Todas as operadoras estão sendo comunicadas da decisão da assembleia na manhã desta terça-feira e, vencido o prazo legal de 72 horas do aviso, os médicos deflagrarão o movimento.

Entre os avanços esperados nas próximas horas está a possibilidade de uma intermediação da Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Paraná nas negociações com as operadoras para o reajuste do valor de consultas e procedimentos e a adequação dos contratos às normas do Código Civil e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Na última sexta-feira, as entidades que representam a classe médica (Associação Médica do Paraná, Conselho Regional de Medicina do Paraná e Sindicado dos Médicos no Estado do Paraná) receberam carta assinada pelo presidente da Comissão, deputado Leonaldo Paranhos, pedindo para que os médicos reconsiderassem a manifestação, dando um voto de confiança ao trabalho da comissão, que já ouviu os médicos, as operadoras, a ANS e os órgãos de defesa do consumidor e estaria finalizando uma proposta de acordo que atenderia às reivindicações da classe.

Diante desta carta, os médicos deliberam que, caso a Comissão de Defesa do Consumidor assuma o compromisso de, em caso de insucesso na proposta de acordo, reconhecer a legitimidade do movimento, que ocorreria apenas após serem esgotadas todas as possibilidades de negociação, a classe médica suspenderia a paralisação pelo tempo necessário (não mais que 15 dias) para a conclusão dos trabalhos. Realizando a paralisação, na hipótese de não homologação do acordo, entre os dias 23 de outubro e 6 de novembro.

Fonte: AMP

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