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domingo, 10 de janeiro de 2016

Microcefalia assusta e deve ser melhor estudada, dizem especialistas

Em mesa redonda médicos falaram sobre o surto, que pode estar ligado não só ao zika vírus
Microcefalia
MicrocefaliaWikimediacommons
Os casos de microcefalia em bebês, provavelmente ligadas ao zika vírus, vêm assustando a população brasileira. De acordo com o Ministério da Saúde, já foram notificados 3.174 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 684 municípios, de 21 unidades da federação. Mas será que todos os casos de microcefalia realmente estão ligados ao vírus? O que o Governo tem feito e pode fazer para melhorar a epidemia? Essas e outras questões foram discutidas durante a mesa redonda das Rádios Nacional Brasília e Rio de Janeiro e MEC AM, nesta sexta-feira (8).

Em uma entrevista concedida ao ministério da Saúde, e ouvida durante o programa, o médico e professor da Universidade Federal da Bahia, Manoel Sarno, diz que o momento que o país está vivendo, principalmente a região Nordeste, não tem precedentes:
“Esse aumento da incidência de microcefalia, a gente nunca viu isso em nenhum outro momento da história. Até agosto de 2015 a gente via cinco ou seis casos de microcefalia. A partir do final de agosto temos percebido um aumento gradual nos casos dos ambulatórios de medicina fetal. Só hoje atendi 7 casos.”
Para Benny Schmidt, médico especialista em patologia cirúrgica e neuromuscular e chefe do Laboratório de Doenças Neuromusculares da Escola Paulista de Medicina, o Brasil precisa estudar melhor os casos de microcefalia, já que existem outros vírus, além do zika, podem estar relacionados à doença, como o da rubéola, do citomegalovírus.

Segundo o coordenador da Câmara Técnica de Infectologia do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, Celso Ramos, a situação atual configura o maior problema de saúde no mundo, não só no Brasil. De acordo com ele, a falha não está nas medidas públicas que o país tem tomado, já que de 30 a 40 anos o problema se tornou mundial com a disseminação do mosquito Aedes aegypti.

“Não há nada fácil que possa resolver esse problema. (...) Mas, não é também, por outro lado, a gente imaginar que: ah bom, vamos ficar aqui sentados, olhando o mosquito voando em volta de nós, vendo o vírus sendo transmitido, e não vamos fazer nada.” completa.

Ainda de acordo com o ministério da Saúde, a vacina de rubéola não tem nada a ver com surto de microcefalia, como foi divulgado em redes sociais recentemente. O órgão lembra também que, por enquanto, a melhor orientação é se proteger contra o mosquito.

A mesa redonda do programa Revista Brasil é uma produção das Rádios Nacional e MEC e vai ao ar às sextas-feiras nas rádios Nacional Brasília, Nacional Rio de Janeiro e MEC AM Rio de Janeiro. A apresentação é de Valter Lima e de Marco Aurélio.


Acesse o áudio:

Programa Revista Brasil debate microcefalia com especialistas

Fonte: Rádio Nacional de Brasília /Revista Brasil

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

CFM - Participantes do VI Fórum de Ensino Médico mostraram preocupação com o futuro das Residências Médicas

 
Mauro Ribeiro defendeu a manutenção da excelência da Residência Médica

O VI Fórum Nacional de Ensino Médico continuou na tarde desta quinta-feira (27) com uma mesa redonda que debateu as repercussões da lei nº 12.871/1 3 para a Residência Médica. Todos os palestrantes mostraram preocupação com a imposição da titulação de Medicina Geral de Família e Comunidade como pré-requisito para a participação da maioria das residências. “O que o governo deve fazer é oferecer atrativos para que os médicos escolham e permaneçam na Medicina Geral de Família e da Comunidade e não impor essa obrigatoriedade”, afirmou o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, que foi um dos debatedores.

A mesa redonda foi presidida por José Roberto Baratella, membro da Comissão de Ensino Médico do CFM, e contou com a apresentação da professora da Universidade de São Paulo Maria do Patrocínio Tenório Nunes, que apresentou as propostas consolidadas nos pré-fórum, as quais foram divididas em regulação, preceptoria, ampliação de vagas e o processo seletivo. Entre os pontos destacados por Maria do Patrocínio estão a independência funcional e financeira da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), uma carreira de preceptoria em saúde e a manutenção da autonomia do processo de seleção nos programas de Residência Médica.