sábado, 30 de maio de 2015

Projeto de Conscientização sobre Esclerose Tuberosa é protocolado na Alep


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O deputado Ney Leprevost, líder da Frente Estadual da Saúde e Cidadania, apresentou projeto instituindo programa de conscientização da esclerose tuberosa no Paraná.
A esclerose tuberosa é uma doença genética que afeta diversos órgãos do corpo e leva ao desenvolvimento de tumores benignos. Sem tratamento, pode evoluir rapidamente e comprometer as funções do sistema atingido, levando a disfunções em graus variáveis em órgãos nobres como o cérebro, os rins e pulmões.
Cada paciente possui o seu tipo peculiar de manifestação da doença e cada pessoa terá o seu conjunto de sinais e sintomas. Os mais comuns são: alterações ligadas à fala e deglutição; fadiga; problemas de memória; transtornos emocionais; problemas de bexiga e intestinais; transtornos visuais; problemas de equilíbrio e coordenação; rigidez de um membro ao movimento, principalmente membros inferiores; entre outros.
O diagnóstico é feito através do histórico clínico detalhado, associado ao exame clínico e neurológico completos e confirmado por três exames laboratoriais complementares; Ressonância Magnética, Punção Lombar e Potencial Evocado. O tratamento visa o controle dos sintomas, a remoção cirúrgica de tumores (quando indicada) e a manutenção das funções do órgão afetado.
Ainda não há cura para essa síndrome, apenas tratamento para seus sintomas, mas há muito a ser feito para melhorar a qualidade de vida do portador. O tratamento é sintomático, isto é, procura-se sanar os sintomas que se manifestam, e normalmente é acompanhado da aplicação de anticonvulsivantes no intuito de se controlar as crises convulsivas presentes na maioria dos casos.
De acordo com o texto, a Secretaria Estadual da Saúde ficará encarregada de realizar campanhas educativas para divulgar o tema com o objetivo de conscientizar a população sobre os riscos da doença. A data de 30 de Agosto passará a integrar o Calendário de Eventos Oficiais do Estado do Paraná, como Dia Estadual de Conscientização da Esclerose Tuberosa.
Fonte: Via Assessoria de Imprensa – Rodrigo França

sexta-feira, 29 de maio de 2015

ANS - Cobrança de taxa de disponibilidade para acompanhamento de parto é ilegal

Por determinação do Ministério Público Federal de Goiás, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reitera à sociedade que cobranças feitas aos beneficiários de plano de saúde pelos prestadores de serviços por procedimentos cobertos, como a conhecida taxa de disponibilidade para a realização de parto, são consideradas indevidas, conforme entendimento vinculativo firmado na 407ª Reunião Ordinária de Diretoria Colegiada, realizada em 7 de outubro de 2014. 
Os consumidores de planos de saúde têm, conforme a segmentação contratada, cobertura garantida pelas operadoras para todos os procedimentos listados no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, como determina a Lei 9.656/1998.
Uma consumidora de plano hospitalar com obstetrícia tem, por exemplo, o direito garantido de que o parto, normal ou por cesárea, está no seu plano e os honorários médicos serão em sua totalidade cobertos pela operadora. Qualquer taxa cobrada pelo obstetra à gestante é ilegal.
 O que fazer em casos de cobrança
Ao se deparar com cobrança desse ou de qualquer tipo, o consumidor deverá relatar o fato à sua operadora de plano de saúde que deverá tomar as devidas providências. É importante solicitar à operadora o protocolo desse atendimento. 
No caso de a operadora não tomar providências, de posse do protocolo o consumidor poderá fazer uma reclamação na ANS, por meio dos contatos a seguir. A operadora será notificada e poderá inclusive ser multada, caso constatada a infração.
Para entrar em contato com a ANS, os consumidores podem utilizar as seguintes opções:
  •  Acessar o site da ANS (http://www.ans.gov.br), clicar no link "Central de Atendimento ao Consumidor" e, em seguida, em "Formulário de Atendimento", fazendo sua reclamação ou consulta.
  • Ligar para o Disque ANS - 0800 701 9656 (ligação gratuita).
  •  Dirigir-se a um dos Núcleos da ANS existentes em 12 cidades brasileiras. Confira os endereços.
Fonte: Portal ANS

ANS divulga Dados da Qualidade Setorial


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulga novo panorama dos planos de saúde com dados detalhados do setor no Brasil. A nova versão dos Dados Integrados da Qualidade Setorial, publicada nesta quinta-feira (28), traz informações sobre a rede hospitalar, os perfis das carteiras de cada operadora e dos planos oferecidos pelas empresas. O objetivo é fornecer ao consumidor um painel com dados qualificados para auxiliar na escolha de produtos, seja um plano coletivo (empresarial ou por adesão), seja um plano individual/familiar. 
Nesta versão, a ANS ampliou a quantidade de indicadores. Foram incluídas informações sobre o preço médio (ticket) de planos de saúde disponíveis no mercado e por operadora. O cidadão também passa a ter acesso aos dados de sinistralidade das empresas (relação entre receita e despesa) e pode conferir se a empresa já teve comercialização de planos suspensa em algum dos ciclos do programa de Monitoramento da Garantia do Atendimento, o que ocorre quando há muitas reclamações registradas em relação ao serviço prestado. 
“Esses dados integrados permitem ao consumidor fazer uma avaliação mais apurada das operadoras antes de adquirir ou trocar de plano de saúde", ressalta a diretora presidente substituta e diretora de Desenvolvimento Setorial da ANS, Martha Oliveira. “Com isso, queremos qualificar os dados da saúde suplementar para que o consumidor tenha fácil acesso às informações tenha subsídios para uma escolha mais consciente e dentro das suas necessidades. A garantia de acesso à informação é uma das prioridades estipuladas na nossa agenda regulatória”, completa a diretora. 
Assim como nas edições anteriores, a base dos dados integrados da ANS inclui o registro da operadora, a modalidade de atuação no mercado e indicadores do perfil de oferta de produtos, como a quantidade de planos individuais e coletivos comercializados, bem como proporção de beneficiários de sua carteira. Nesse painel, há também a nota obtida pelas operadoras no Programa de Qualificação (Índice de Desempenho da Saúde Suplementar), e o percentual de adimplência ao SUS (ressarcimento). No panorama da saúde suplementar há, ainda, indicadores de qualidade da rede hospitalar, como a proporção de hospitais da rede da operadora que contam com certificado de acreditação e a quantidade dessas unidades no plano contratado. 
Para a diretora adjunta de Desenvolvimento Setorial, Michelle Mello, é importante dispor de uma ferramenta que reúne em uma só base diversas informações sobre as operadoras. “Com isso, facilitamos o acesso do consumidor a um conjunto de dados que o ajuda a avaliar de maneira global as empresas que estão no mercado”, afirma Mello.    
NÚMEROS – Atualmente, existem 1,4 mil operadoras de planos de saúde com registro ativo e 1,2 mil com beneficiários. Ao todo, são 50,8 milhões de consumidores em planos de assistência médica e 21,4 milhões em planos exclusivamente odontológicos. Em 2014, foram realizadas 56 milhões de terapias, 280,3 milhões de consultas médicas, 9,7 milhões de internações e 763 milhões de exames complementares.

Fonte: Portal ANS

Curso para Preceptores de Medicina será realizado na Unesp

Iniciativa será sediada pela Faculdade no mês de julho
 
No mês de julho, a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) sediará o Curso de Desenvolvimento de Competência Pedagógica para a prática da Preceptoria, iniciativa promovida pela Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM). O curso tem duas fases presenciais e duas a distância. A primeira etapa presencial será entre os dias 2 e 4 de julho, seguido de um período de atividades a distância. A segunda etapa presencial está programada para acontecer entre os dias 24 e 26 de setembro, e também é seguida de um período a distância.
As inscrições para participar do curso são gratuitas e devem ser feitas apenas pela internet no site www.abem-educmed.org.br.Além dos dados pessoais, os interessados também deverão preencher um breve questionário apresentado pelos organizadores.
A capacitação é destinada a docentes e médicos envolvidos com a preceptoria de internos e residentes. O curso oferece 30 vagas. Destas, cinco vagas são reservadas para profissionais de saúde e/ou docentes que exerçam a preceptoria e serão indicados pela FMB, que sediará a capacitação na Central de Aulas.
“A FMB aceitou o desafio da ABEM de formar preceptores para o internato e a residência. Esta é uma necessidade que cresce com o aumento do número de escolas médicas e com a universalização das vagas de residência”, explica o professor Aristides Palhares Neto.
Sobre o Curso - Tem como objetivo geral, implementar um programa de desenvolvimento de competência pedagógica para a prática da preceptoria na Residência Médica e/ou Docência na Graduação, pautado pelos princípios do SUS e Diretrizes Curriculares Nacionais de Graduação em Medicina. Considera as necessidades identificadas pelos Ministérios da Educação e da Saúde fortalecendo políticas públicas vigentes e as ações da ABEM para o desenvolvimento da Educação Médica.

Fonte: Unesp

Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade trará debate sobre Atenção Primária à Saúde

13ª edição do evento será realizada em Natal, Rio Grande do Norte, entre os dias 8 a 12 de julho

 
O Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade, promovido pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), terá como tema central da sua 13ª edição a Atenção Primária à Saúde (APS) o foco “Não há SUS sem APS. Não há APS sem MFC”. O evento será realizado entre os dias 8 e 12 de julho, em Natal, no Rio Grande do Norte. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas com pagamento online até o dia 25 de junho pelo portal:http://www.cbmfc2015.com.br/.
“E entre os destaques do congresso estão as mesas redondas sobre temas capitais para a APS, como: acesso à saúde, provisão médica, Telessaúde, história da MFC no Brasil, além das oficinas de capacitação sobre várias habilidades individuais, familiares e comunitárias”, explica Ricardo André Freire de Souza, presidente do CBMFC.

Sobre as participações internacionais, estarão presentes Sérgio Minué, MFC de Andaluzia, na Espanha; o presidente da World Conference of Family Doctors (Wonca), Michael Kidd; que irão compartilhar suas experiências sobre a atuação da especialidade em outros países.
 Souza ainda reforça que o MFC ou médico generalista deve participar do congresso, pois se trata de uma oportunidade única de intercâmbio de informações e tecnologias. Além disso, o participante irá desfrutar de atualizações clínicas praticamente durante todos os dias do congresso. Na área cultural, haverá exposição de fotos, poesias, vídeos e cantigas, cujas inscrições ainda estão abertas.


 Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade
 Data: de 8 a 12 de julho de 2015
Local: Centro de Convenções de Natal - Avenida Dinarte Mariz, S/N - Via Costeira Natal – Rio Grande do Norte.
Programação e mais informações: www.cbmfc2015.com.br.


Fonte: SBMFC

Câmara entrega prêmio a entidades de destaque na promoção da saúde da mulher

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, participou nesta quarta-feira (27) da entrega do prêmio do Prêmio Dr. Pinotti – hospital Amigo da Mulher – deste ano, concedido pela 2ª Secretaria da Câmara dos Deputados.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Cerimônia de entrega do Prêmio Dr. Pinotti, homenagem às instituições que se destacam pelos serviços voltados à saúde da mulher. Agraciados do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (RJ)
Cunha entrega a premiação a quem se destacou na defesa da saúde feminina.
O prêmio é dedicado a instituições, indicadas por membros do Congresso Nacional, que se destacam pela qualidade de serviços de saúde dedicados à mulher. Neste ano, concorreram mais de 80 entidades ligadas à área da saúde.

“Com esse prêmio, o Congresso afirma, em harmonia com a sociedade, o apoio indispensável à observância de diretos humanos fundamentais na prestação de cuidados à saúde”, disse Cunha, ao discursar na solenidade de entrega dos prêmios.

“Temos visto falhas e omissões inaceitáveis. Dr Pinotti já denunciava há quase 30 anos, por exemplo, o excesso de partos cirúrgicos e o ônus financeiro que traziam para o País”, disse.
Cunha destacou ainda o compromisso da Câmara de apoiar o empoderamento das mulheres e a proteção da família. “Isso é atestado pelas inúmeras propostas em tramitação na Casa e ainda pela criação da Secretaria da Mulher, que defende brilhantemente a causa feminina”, finalizou Cunha, em cerimôminia que contou com a presença do governador do Rio de Janeiro, Luis Fernando Pezão.

Durante a solenidade, a filha de Dr. Pinotti, Marianne Pinotti, também médica, disse que seu pai foi um dos profissionais que mais lutaram pela saúde da mulher no Brasil. “Ele mudou o foco do recém-nascido e colocou o foco na mulher, desde o nacimento até sua velhice”, disse Marianne. “Mudou o paradigma de que a mulher existia apenas para colocar filho no mundo. A mulher passou a ser vista como partipante da vida social”, disse ela.

O prêmio
O prêmio Dr. Pinotti homenageia entidades cujos trabalhos ou ações mereçam destaque por promoverem acesso e qualificação dos serviços de saúde da mulher. O evento é realizado no mês de maio, na semana em que se comemora o Dia Mundial de Combate à Mortalidade Materna.
Receberam o prêmio neste ano:
  • Hospital do Câncer de Pernambuco, que iniciou suas atividades no Recife, em 1945, e hoje é referência no Norte e no Nordeste na prevenção e na assistência a pacientes com câncer - Prêmio recebido pelo superintendente-executivo, Dr. Filipe Bitu, e pelo superintendente-geral, Dr. Hélio Fonseca - Indicado pelos deputados Luciana Santos (PCdoB PE) e Mendonça Filho (DEM PE);
  • Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, no Rio de Janeiro, que é especializado em neurocirurgia de alta complexidade e oferece atendimento moderno e avançado - Prêmio recebido pelo diretor-médico, Dr. Paulo Niemeyer Filho, pelo diretor-executivo, José Donizetti Stoque; pelo diretor-operacional Pró-Saúde (RJ) Jocelmo Pablo Mews, e pela diretora Jurídica e de Filantropia da sede Pró Saúde (SP), Wanessa Portugal. - Indicado pelos deputados Eduardo Cunha (PMDB RJ) e Felipe Bornier (PSD RJ);
  • Hospital Sofia Feldman, que disponibiliza atenção humanizada e incentivo ao parto normal - Prêmio recebido pelo gestor José Moreira Sobrinho - Indicado pelo deputado Adelmo Carneiro Leão (PT MG);
  • Hospital Estadual Carlos Chagas, no Rio, que foi fundado em 1937 e atingiu a marca de mil cirurgias bariátricas, atendendo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) moradores de 30 municípios do estado - Prêmio recebido pelo coordenador estadual de Cirurgia Bariátrica, Dr. Cid Araújo Pitombo - Indicado pelo deputado Leonardo Picciani (PMDB RJ); e
  • o Hospital da Mulher Maria José de Santos Stein, que faz parte da Rede Cegonha, tem o título de Hospital Amigo da Criança e garante atenção especial às mamães com o Projeto Mãe Canguru - Prêmio recebido pelo diretor técnico, Dr. Gilberto Palma - Indicado pela deputada Keiko Ota (PSB SP).
Dr. Pinotti
Médico ginecologista, professor universitário e político, José Aristodemo Pinotti graduou-se pela Universidade de São Paulo (USP), onde construiu parte significativa de sua carreira.
Dr. Pinotti teve mais de 1.300 publicações, entre livros científicos e artigos em revistas e jornais especializados nacionais e estrangeiros. Na política, foi deputado federal eleito por três mandatos e dedicou esforços a melhorar o acesso à Saúde pública e o atendimento à população. Faleceu em julho de 2009, aos 74 anos.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Anvisa: Brasil pode ser o primeiro país do mundo a registrar uma vacina de dengue

O diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Renato Alencar Porto, anunciou nesta quinta-feira (28), na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, que o Brasil pode ser o primeiro país do mundo a registrar uma vacina de dengue, o que pode ocorrer até o fim do ano.
Luiz Alves / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a epidemia de dengue no País e o desenvolvimento de vacina contra a doença. Diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Renato Alencar Porto
Renato Alencar: a gente não fala em prazo, nosso compromisso é garantir que essa vacina seja registrada com eficácia, qualidade e segurança comprovadas.
A comissão realizou audiência pública sobre as pesquisas para a vacina de dengue. São seis vacinas contra a dengue pesquisadas no mundo. A mais avançada delas no Brasil, desenvolvida pelo laboratório Sanofi-Pasteur, já passou pelas três fases de pesquisa e foi protocolada na Anvisa em março.
Segundo a diretora da empresa para a América Latina, Lucia Bricks, já há estoque para a vacina ser usada no segundo semestre e a capacidade de produção é de 100 milhões de doses por ano. A vacina imuniza contra os quatro tipos de vírus da dengue e foi testada em 40 mil pessoas de 15 países. Reduziu em 60% a dengue sintomática e diminuiu em 95% a doença grave.
Instituto Butantan 
A outra vacina contra a dengue está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan. Segundo o diretor-substituto do instituto, Marcelo de Franco, já está demonstrada a segurança e a extrema potencialidade da vacina. Se as pesquisas do instituto entrarem na fase três antes do registro da vacina da Sanofi, o processo de finalização será mais ágil.
Marcelo de Franco explicou que de acordo com as normativas da Anvisa para medicamentos, se eles conseguirem o registro antes do Butantan ter autorização para a fase três, o instituto terá de fazer um teste de comparação com a deles. “Então nós teríamos que aumentar o nosso número de voluntários em quase quatro vezes, o que praticamente inviabilizaria em termos de custos porque quadruplica o custo necessário para fazer o estudo."
Os planos originais do Instituto Butantan são testar com até 17 mil voluntários em todo o País e, de preferência, fazer estudos paralelos no exterior, onde o Butantan já tem dois laboratórios parceiros.
Doses da vacina
A vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan é em dose única e a da Sanofi-Pasteur prevê três doses com intervalo de seis meses.
Luiz Alves / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a epidemia de dengue no País e o desenvolvimento de vacina contra a doença. Representante da empresa Sanofi Pasteur, Lucia Bricks
Lucia Bricks: já há estoque para a vacina ser usada no segundo semestre e a capacidade de produção é de 100 milhões de doses por ano.
Lucia Bricks comentou que é um sonho a vacina em dose única, “que protege 100% pela vida toda”. A diretora da Sanofi-Pasteur acrescentou que a maior parte das vacinas utilizadas no Brasil tem mais de uma dose. “A maioria das vacinas não chega a proteger 100% da população, a proteção é variável. Neste momento, a única vacina que demonstrou um programa muito robusto, que cumpriu todas as três etapas de estudos clínicos necessários ao registro é a da Sanofir-Pasteur."
O diretor da Anvisa explicou que, apesar da possibilidade, não pode prever quando o Brasil terá uma vacina contra a dengue. "A gente não fala em prazo, isso é muito difícil. Como a gente tratou aqui, a complexidade é muito grande. Registrar uma vacina sendo a primeira e com todo esse diferencial, com diversos tipos de vírus, com a quantidade de dados muito grande, a gente não fala em prazo. Nosso compromisso é fazer a avaliação desse dossiê da maneira mais rápida possível, garantindo que essa vacina seja registrada, se assim for, com eficácia, qualidade e segurança comprovadas", assinalou Renato Alencar.
Ação do SUS
O coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Evelim Coelho, explicou que o ministério vai definir áreas e grupos etários que serão prioritários para a vacinação quando a vacina estiver disponível.
Giovanini Coelho esclareceu que o ministério está apoiando a realização de estudos para preparar o Sistema Único de Saúde (SUS) para receber as vacinas. "Basicamente, esses estudos visam definir áreas e grupos etários que serão prioritários para a vacinação quando essa vacina estiver disponível. Ou seja, nós nos antecipamos exatamente por entender que a vacina de dengue, em um primeiro momento terá pouca oferta e é necessária a priorização nesse processo de vacinação."
O coordenador afirmou ainda que o Ministério de Saúde tem um programa permanente contra a dengue que repassa recursos para estados e municípios. Essas atividades de prevenção e controle são executadas pelos municípios e, neste ano, além dos recursos de rotina, foram repassados R$ 150 milhões para as secretarias estaduais e municipais de saúde. Já foram registrados neste ano 850 mil casos de dengue, dos quais 430 mil apenas em São Paulo. Nos últimos 50 anos, a incidência de dengue no planeta aumentou 30 vezes.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Justiça autoriza aborto de fetos gêmeos siameses

A Justiça do Rio autorizou nesta semana a interrupção da gravidez de gêmeos siameses. Os fetos têm uma doença chamada gemelaridade imperfeita. Laudos médicos apontam que os gêmeos sofrem de grave enfermidade do tipo dicefalia, apresentando duplicação da coluna vertebral, quatro membros e coração único, que os impedirá de ter vida depois que nascerem.

A decisão foi unânime na 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) na concessão do habeas corpus pedido pela paciente, que está no sexto mês de gestação.

Os desembargadores da 8ª Câmara Criminal entenderam que a raridade do caso assemelha-se à interrupção de gravidez decorrente de anencefalia, com a mesma consequência da impossibilidade de vida extrauterina.

Segundo os laudos científicos, além da improbabilidade dos fetos resistirem ao nascimento, há também os riscos que envolvem a gestação, como polidramnia (excesso de líquido amniótico), hipertensão, complicações relacionadas ao procedimento de parto e a possibilidade de a paciente se tornar estéril para o resto da vida, além dos transtornos psíquicos que, como consta na decisão, se “configuram em uma verdadeira tortura psicológica” imposta à gestante.

Com a autorização, a paciente terá o direito de tomar a decisão entre prosseguir com a gestação ou optar pela antecipação terapêutica do parto, desde que haja viabilidade médica para o procedimento, sem que isso se configure em ilegalidade contra a vida dos bebês.

Caso opte pela interrupção, a paciente será submetida à cirurgia de abortamento na Unidade de Medicina Fetal – Departamento de Genética Médica do Instituto Fernandes Figueira – Fundação Oswaldo Cruz.


Fonte: Agência Brasil

Número de fumantes no país cai 30,7% em nove anos



O consumo de cigarros no Brasil é maior na faixa etária entre 45 e 54 anos (13,2%) e menor entre jovens com idade 
entre 18 e 24 anos (7,8%), mostra VigitelMarcelo Camargo/Agência Brasil

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014 indicam que 10,8% dos brasileiros mantêm o hábito de fumar. O índice é maior entre os homens - 12,8% contra 9% entre as mulheres. Os números, divulgados hoje (28) pelo Ministério da Saúde, representam uma queda de 30,7% no total de fumantes no país nos últimos nove anos.

Ainda de acordo com o estudo, o consumo de cigarros no Brasil é maior na faixa entre 45 anos e 54 anos de idade (13,2%) e menor entre jovens com idade entre 18 anos e 24 anos (7,8%).

Os homens fumam mais nas cidades de Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%) e as mulheres, em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%). O tabagismo é menos frequente em Fortaleza (8,6%), Salvador (9%) e São Luís (9,3%) entre os homens e em São Luís (2,5%), Palmas (3%) e Teresina (3,1%) entre as mulheres.

A pesquisa mostra também que 21,2% dos brasileiros se declaram ex-fumantes, sendo 25,6% dos homens e 17,5% das mulheres.

Dados inéditos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o consumo de cigarro ilegal cresceu de 2,4% em 2008 para 3,7% em 2013.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou como expressiva a redução de 30% no número de fumantes nos últimos nove anos. "Há 20 anos, mais de um terço da população adulta no Brasil fazia uso do tabaco. Tivemos uma expressiva resposta do Brasil", disse. "Não se trata de coibir a liberdade, mas de ter uma política pública", completou.

A pasta alerta que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes todos os anos no Brasil - 25% delas por angina e infarto do miocárdio, 45% por infarto agudo do miocárdio (abaixo de 65 anos) e 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar.

O hábito também responde por 90% dos casos de câncer de pulmão no país, sendo que, entre o restante, um terço é fumante passivo. Esse tipo de tumor é considerado o mais letal e umas das principais causas de morte no Brasil.

A estimativa do governo é que 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país este ano.

Fonte: Agência Brasil

Audiência pública no Senado aborda controle populacional e aborto


CDH - Participantes de audiência pública abordam informações sobre controle populacional e aborto

Fonte: TV Senado - 28/05/15

Senado aprova MP que altera regras de Pensão por morte, Auxílio doença e Fator Previdenciário

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) a Medida Provisória 664/2014 que altera as regras para o recebimento do auxílio-doença e da pensão por morte, impondo carências e tempo de recebimento conforme a faixa de idade do beneficiário. A MP faz parte do pacote de ajuste fiscal do governo federal e segue para a sanção presidencial.
O texto-base é o relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP), acatado pelo relator revisor no Senado, Telmário Mota (PDT-RR), com três emendas aprovadas na Câmara: alternativa ao fator previdenciário; regulamentação da pensão por morte para pessoas com deficiência; e exclusão do prazo de pagamento sobre o auxílio-doença.
Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), o relatório conseguiu eliminar as possibilidades de gerar qualquer tipo de prejuízo aos trabalhadores e a proposta vai corrigir distorções e contribuir para o esforço do ajuste.
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) afirmou que votou a favor da matéria “de cabeça erguida” por considerar que se trata de uma minirreforma da Previdência Social do Brasil.
– É preciso corrigir o que está errado, porque o Brasil é um dos poucos países onde não há carência do número de contribuições para se ter direito à pensão – observou.
Apesar de apoiar a proposta de flexibilização do fator previdenciário, mas impedido regimentalmente de votar o texto em separado, o líder dos democratas, senador Ronaldo Caiado (GO), acusou a medida de prejudicar as viúvas e os trabalhadores com problemas de saúde.
O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), também chamou o governo de “perdulário, ineficaz e ineficiente”, transferindo a conta dos seus erros para os trabalhadores. Ele ainda criticou a interferência do Estado nas relações familiares.
– O governo do PT quer escolher a data da morte das pessoas e definir com que idade elas devem escolher seus parceiros, mesmo dentro de um regime de contribuição – disse.
Pensão por morte
A proposição prevê regras mais duras para a concessão de pensão, determinando que o direito só seja concedido ao cônjuge que comprove, no mínimo, dois anos de casamento ou união estável. A intenção é evitar fraudes e casamentos armados com pessoas que estão prestes a morrer. Atualmente, não há exigência de período mínimo de relacionamento.
O texto do relator mantém a exigência de 18 contribuições mensais ao INSS e/ou ao regime próprio de servidor para o cônjuge poder receber a pensão por um tempo maior. Se não forem cumpridos esses requisitos, ele poderá receber a pensão por quatro meses. A MP original não permitia esse curto período de benefício.
Apenas o cônjuge com mais de 44 anos terá direito à pensão vitalícia. A intenção é acabar com a vitaliciedade para os viúvos considerados jovens. Para quem tiver menos, o período de recebimento da pensão varia de três a 20 anos.
Para o cônjuge com menos de 21 anos, a pensão será paga por três anos; na faixa de 21 a 26 anos, por seis anos; entre 27 e 29, por dez anos; entre 30 e 40 anos, por 15 anos; na idade de 41 a 43, por 20 anos; e para os com 44 anos ou mais ela continuará vitalícia como era para todas as idades antes da edição da MP.
Esses números foram estabelecidos de acordo com a expectativa de vida definida pela Tabela Completa de Mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vigente na ocasião.
A parte da pensão que couber aos filhos ou ao irmão dependente deixará de ser paga aos 21 anos, como é hoje, sem qualquer carência. Os inválidos receberão até o término dessa invalidez.
Exceções
No caso do cônjuge considerado inválido para o trabalho ou com deficiência, o texto aprovado permite o recebimento da pensão enquanto durar essa condição.
Deverão ser observados, entretanto, os períodos de cada faixa etária, assim como os quatro meses mínimos de pensão caso as carências de casamento ou contribuição não sejam cumpridas.
Outra exceção à regra geral da pensão por morte é para o segurado que morrer por acidente de qualquer natureza ou doença profissional ou do trabalho. Mesmo sem as 18 contribuições e os dois anos de casamento ou união estável, o cônjuge poderá receber a pensão por mais de quatro meses, segundo as faixas de idade, ou por invalidez ou por ter deficiência.
As mesmas regras para a concessão e revogação da pensão por morte serão aplicadas no caso do auxílio-reclusão, um benefício pago à família do trabalhador ou servidor preso.
A MP também inclui na legislação previdenciária e do servidor público a previsão de perda do direito à pensão por morte para o condenado, após trânsito em julgado, pela prática de crime que tenha dolosamente resultado a morte do segurado, como já previsto no Código Civil.
Auxílio-doença
Foi mantida a regra atual para o pagamento do auxílio-doença. Ou seja, as empresas pagam os primeiros 15 dias de afastamento do trabalhador e o governo federal paga pelo período restante. A proposta original da MP era que a responsabilidade pelo pagamento dos primeiros 30 dias do benefício fosse do empregador.
O cálculo para limitar o valor do auxílio-doença será feito segundo a média aritmética simples dos últimos 12 salários de contribuição. Fica proibido o pagamento desse auxílio ao segurado que se filiar ao Regime Geral da Previdência Social com doença ou lesão apontada como causa para o benefício, exceto se a incapacidade resultar da progressão ou agravamento dela.
Perícia médica
Segundo o texto aprovado, a perícia médica para a concessão dos benefícios da Previdência não será mais exclusiva dos médicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Nos locais onde não houver perícia do INSS ou se o órgão não for capaz de dar um atendimento adequado aos usuários, a perícia poderá ser realizada em órgãos e entidades públicos que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS) ou por entidades privadas vinculadas ao sistema sindical e outras de “comprovada idoneidade financeira e técnica”.
Caberá aos peritos médicos da Previdência Social a supervisão da perícia feita por meio desses convênios de cooperação.
Flexa Ribeiro (PSDB-PA) criticou o que considera a terceirização para os peritos médicos. Na opinião do senador Walter Pinheiro (PT-BA), no entanto, a medida trará um “novo perfil para a área” e deve acabar com todo tipo de manipulação, o que seria uma luta da categoria.
Fator Previdenciário
Alternativa ao fator previdenciário, emenda incorporada ao texto-base da MP foi consenso no Plenário e estabelece que o trabalhador receberá seus proventos integrais pela regra do 85/95. No cálculo da aposentadoria, a soma da idade com o tempo de contribuição deve resultar em 85 para a mulher e 95 para o homem.
O fator previdenciário, aprovado em 1999, tem o objetivo de retardar as aposentadorias dentro do Regime Geral da Previdência Social. Pela regra do fator, o tempo mínimo de contribuição para aposentadoria é de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. O valor do benefício é reduzido para os homens que se aposentam antes de atingir os 65 anos de idade, ou, no caso das mulheres, aos 60 anos.
Para o senador Otto Alencar (PSD-BA), a modificação do fator previdenciário é necessária porque ele é “perverso” para o aposentado ao incluir a expectativa de vida no cálculo do benefício.
Paulo Paim (PT-RS), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), e vários outros senadores favoráveis à aprovação da proposta, questionaram a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff vetar essa parte da medida provisória. Ao contrário de Omar Aziz (PSD-AM) e Jader Barbalho (PMDB-PA), que defenderam um voto de confiança no governo, acima das questões político-partidárias.
Vigência
Os principais dispositivos da Medida Provisória entraram em vigor em 1º de março de 2015. A maioria das alterações afeta tanto o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) quanto o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), referente aos servidores civis da União. Não são afetadas as pensões militares.
Fonte: Agência Senado

Deputados criticam contingenciamento sobre saúde e educação

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o PL 1/2015, que dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2016 e dá outras providências
Parlamentares da Comissão Mista de Orçamento criticaram os gastos na área social
A defesa do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ao contingenciamento não encontrou respaldo nos parlamentares presentes à audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), nesta quarta-feira (27). A maior crítica recaiu sobre os bloqueios em programações de ministérios da área social, como Saúde e Educação.
Segundo Barbosa, o governo fez um corte seletivo nas despesas discricionárias (não obrigatórias) para preservar áreas sociais e investimentos prioritários. No caso da Saúde e Educação, de acordo com ele, os gastos autorizados, após o bloqueio, ficaram iguais ou um pouco acima do que foi gasto em 2014.
As afirmações do ministro não o livraram das críticas de parlamentares. O deputado Edmar Arruda (PSC-PR) lamentou que o contingenciamento tenha incidido sobre a área social. Para ele, o fato de ter mantido pelo menos o piso de gastos de 2014 não deve ser motivo de comemoração. "A saúde já está um caos", afirmou.
Ele criticou também as mudanças feitas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que dificultaram o acesso de estudantes ao programa. "Se tem uma coisa que não podia faltar é recursos para os jovens que estão no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio]", afirmou Arruda.
ContrapartidaO relator da proposta orçamentária de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), cobrou do governo uma efetiva redução de gastos, para que o ajuste fiscal não incida apenas sobre a população e empresas. “A gente espera que a máquina do governo se adapte a essa realidade”, afirmou.
O líder do PSDB na comissão, deputado Domingos Sávio (MG), chamou a política fiscal do governo de “ajuste da maldade”, por afetar a educação. "A pátria educadora está cortando na educação", disse o deputado, referindo-se ao lema do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, anunciado no dia da posse dela (Brasil, Pátria Educadora).
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Seguridade debate epidemia de dengue e vacina contra a doença

Representantes do Ministério da Saúde, da Anvisa e dos institutos Butantan e Sanofi Pasteur foram convidados para discutir o assunto
A epidemia de dengue no País e o desenvolvimento de uma vacina contra a doença serão o tema da audiência pública que a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara promove nesta manhã.
O deputado Mandetta (DEM-MS) pediu o debate para que a comissão seja informada das medidas que estão sendo tomadas pelo governo para conter a epidemia da doença, reconhecida no início do mês pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, já que nove estados registraram mais de 300 casos a cada 100 mil habitantes.
Mandetta também quer saber o que está sendo realizado para conter novas epidemias. Ele afirmou ter ficado preocupado com informações dadas pelo ex-diretor do Instituto Butantan Isaías Raw em recente entrevista. Raw afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teria atrasado o desenvolvimento da vacina contra a dengue do Butantan em 18 meses, enquanto a vacina da multinacional francesa Sanofi Pasteur, de inferior qualidade, já teria passado pelos estudos autorizados pela agência e estaria começando a ser produzida.
Foram convidados para a audiência:
- o coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Evelim Coelho;
- o diretor presidente substituto da Anvisa, Ivo Bucaresky;
- o diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância no Instituto Butantan, Alexander Precioso; e
- a representante da empresa Sanofi Pasteur Lúcia Bricks.
O debate será realizado no plenário 7, a partir das 9h30.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Acesso à medicação de última geração para câncer de mama causa polêmica em seminário

VI Conferência Nacional de Primeiras-Damas
Foto:Alex Ferreira / Câmara dos Deputados












dificuldade de acesso à medicação de última geração para câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) causou polêmica na 6ª edição da Conferência Nacional de Primeiras-Damas, nesta quarta-feira (27). O evento foi promovido pela Frente Parlamentar de Prevenção ao Câncer, em parceria com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
A paciente Vera Giacomello, de Bento Gonçalves (RS), 67 anos, que há mais de 20 anos convive com o câncer de mama, fez apelo para que os avanços tecnológicos e terapêuticos estejam acessíveis a todas as pessoas, sem o desgaste emocional de brigas judiciais. Ela já teve oito diagnósticos de câncer, fez várias cirurgias, dezenas de sessões de quimioterapia e radioterapia, além de ter enfrentado a metástase da doença. Ela relata que, além disso, enfrentou batalha judicial para ter acesso aos medicamentos necessários no SUS, o que provocou nela grande desgaste emocional, contou. “O paciente já fragilizado pela doença tem que brigar na Justiça por um direito à saúde que ele tem garantido na Constituição”, ressaltou.
Acesso ao tratamento
A diretora substituta do Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência do Ministério da Saúde, Maria Inês Gadelha, afirmou que na rede pública são oferecidos os seguintes tratamentos: radioterapia, quimioterapia, procedimentos especiais, iodoterapia, cirurgia.
Segundo ela, o SUS não fornece medicamentos para câncer de mama. “Então, obter o remédio via judicial não ajuda porque não tem o senso da integralidade do sistema”, opinou. Para ela, deve ser levado em conta que milhões de mulheres brasileiras estão sendo tendo acesso ao tratamento. Além disso, ela salientou que o SUS segue a lei aprovada no Congresso sobre a incorporação de tecnologia (12.401/11).
O médico oncologista Tomás Reinert disse que em seu consultório particular consegue fazer os melhores tratamentos disponíveis no mundo nas pacientes, mas o mesmo não ocorre quando atende na rede pública. Ele listou uma série de tratamentos que, na sua visão, deveriam estar disponíveis no SUS, mas não estão, como a chamada castração química e os chamados agentes alvo moleculares (medicação para conter o avanço da doença).
Judicialização 
Já o defensor público da União Gabriel Oliveira afirmou que é preciso judicializar o problema. “Se os médicos estão dizendo que a medicação funciona, temos que judicializar sim”, completou.
Ele ressaltou que o tempo no diagnóstico e o no tratamento é o grande diferencial. Oliveira sugeriu que as primeiras-damas batalhem, em seus estados, por projetos de lei que obriguem o respeito ao prazo de 30 ou 60 dias para que o médico da assistência básica remeta os casos de suspeita de câncer de mama para o centro de busca de diagnóstico.
Além disso, Gabriel Oliveira também defendeu a exigência da mamografia preventiva das mulheres a partir dos 40 anos, assim como é exigido o título do eleitor e o cartão de vacinação para as crianças, por exemplo.
O médico mastologista Rodrigo Pepe Costa apresentou dados mostrando que as pacientes com câncer de mama tratadas no sistema privado sobrevivem mais do que no sistema público de saúde. Ele ressaltou que o diagnóstico no sistema público ainda tem ocorrido em estágios mais avançados do que no sistema privado.
A Câmara dos Deputados aprovou em outubro do ano passado o Projeto de Decreto Legislativo 1442/14, da deputada Carmem Zanotto (PPS-SC), que retoma a obrigatoriedade, já prevista em lei, de o SUS pagar mamografia a todas as mulheres a partir dos 40 anos, como exame de rotina. O projeto suspende parcialmente a Portaria 1.253/12, do Ministério da Saúde, que limitava o financiamento da mamografia pela rede pública às mulheres entre 50 e 69 anos.
Registros de casos
Na conferência, os participantes destacaram que a mortalidade por câncer de mama no mundo vem diminuindo, mas no Brasil as taxas vêm se mantendo estáveis e ainda são bastante altas.
O câncer de mama é o tipo mais frequente entre as mulheres. “Uma em cada 12 mulheres do Brasil vai ter câncer de mama”, alertou Tomás Reinert. O Instituto do Câncer (Inca) estima que, por ano, surjam 57 mil novos casos no Brasil.

Câmara deve fiscalizar lei que garante acesso rápido a tratamento do câncer de mama


Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
VI Conferência Nacional de Primeiras-Damas. Dep. Carmen Zanotto (PPS-SC)
Carmen Zanotto: é preciso que a Câmara, com a ajuda das primeiras-damas, fiscalize a aplicação da lei.
A presidente da Frente Parlamentar de Prevenção ao Câncer, deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), destacou nesta quarta-feira (27) que a Câmara deve fiscalizar se a legislação que garante o acesso rápido a tratamento do câncer de mama está sendo cumprida nos estados e municípios. Ela participou da 6ª edição da Conferência Nacional de Primeiras-Damas, promovido pela frente, em parceria com a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
A parlamentar lembrou que a Câmara aprovou, no ano passado, proposta de sua autoria que garante o direito do paciente diagnosticado com câncer de começar seu tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em, no máximo, 60 dias (Projeto de Decreto Legislativo 1293/13).
Lei aprovada pelo Congresso em 2012 (12.732/12) já previa esse direito. Porém, uma portaria do Ministério da Saúde editada em 2013 definia que esse prazo deveria contar a partir do registro do diagnóstico no prontuário do paciente.
O PDC 1293/13 faz uma mudança sutil, mas importante: determina que o prazo deve contar a partir do laudo, o que evita atrasos burocráticos. Porém, segundo Zanotto, é preciso que a Câmara, com a ajuda das primeiras-damas, fiscalize a aplicação da lei.
O representante da Femama, Thiago Turbay, disse que a Lei dos 60 dias representa um avanço, mas efetivamente ela não é aplicada. “É preciso que o Legislativo se posicione não só como proponente de novas leis, mas com a função de fiscalizar a aplicação tanto de recursos quanto de políticas públicas”, defendeu.
Orçamento
Carmen Zanotto também chamou atenção para o corte de quase R$ 12 bilhões no orçamento do Ministério da Saúde, o que, segundo ela, pode dificultar a garantia do acesso à prevenção e ao tratamento do câncer de mama no SUS. “Precisamos avançar no financiamento do SUS, senão não vamos garantir todas as demandas”, apontou. “Cabe a esta Casa a luta por mais recursos para a saúde. Saúde não é despesa, é investimento na vida”, completou. A deputada observou que o projeto de lei de iniciativa popular que prevê no mínimo 10% das receitas correntes brutas para a saúde (PLP 321/13) não avançou na Câmara.
A diretora substituta do Departamento de Atenção Hospitalar e Urgência do Ministério da Saúde, Maria Inês Gadelha, afirmou que os recursos orçamentários disponíveis serão otimizados. “Não estamos trabalhando com corte em nenhuma ação nos serviços de saúde, mas com racionalização dos recursos”, salientou.
Diagnóstico precoce
Zanotto também pediu às primeiras-damas ajuda para checar o acesso à mamografia preventiva em suas cidades e estados. “Quanto mais precocemente fizermos o diagnóstico, menos vamos gastar com o tratamento”, alertou.
Alex Ferreira / Câmara dos Deputados
VI Conferência Nacional de Primeiras-Damas
Representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres pediu apoio das primeiras-damas para criar, em suas cidades, secretarias e coordenadorias de políticas para mulheres.
A primeira-dama do Rio Grande do Sul, Maria Helena Sartori, relatou que mobilização do governo de Caxias do Sul (RS), com apoio da sociedade civil, para estimular as mulheres a fazerem a mamografia conseguiu reduzir em 20% a mortalidade por câncer de mama no local. “Nós, primeiras-damas, podemos, sim, nos envolver e fazer muita diferença, se nos comprometemos com a causa”, afirmou. Segundo ela, um dos papéis das primeiras-damas é justamente mobilizar as mulheres a fazerem a mamografia. “Muitas vezes as mulheres não vão fazer o exame, mesmo tendo disponível”, esclareceu.
Já a representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Rosali Scalabrin, pediu apoio das primeiras-damas para iniciar, em suas cidades, o processo de criação de secretarias e coordenadorias de políticas para as mulheres. “Esse organismo é importante para articular as políticas”, resaltou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias