sexta-feira, 30 de julho de 2010

XII ENEM: FENAM defende Emenda 29


O representante da Fenam, Eduardo Santana, traçou um panorama sobre as Políticas de Saúde e Relação com a Sociedade.  Segundo ele, desde a aprovação da Emenda 29, por falta de regulamentação, não se conseguiu convencer o Congresso a colocar em prática os seus preceitos.

Ele enfatizou que "O SUS é uma conquista da sociedade brasileira e existe porque esta sociedade se mobilizou, a partir da 8ª Conferência Nacional da Saúde, para que pudéssemos conceber seus princípios. A partir daí construímos um  novo conceito de seguridade social e de financiamento da saúde. Observando o quadro atual, vemos que se tivessem sido aplicados o percentual correto,  em 2009 o orçamento receberia R$ 100 milhões só da União, sendo  que a somatória total de investimentos atingiria R$ 210 milhões de reais”, destacou. 

Ele lembrou também que os maiores nós encontram-se na gestão e no financiamento público. “Temos que assumir não só como uma categoria de profissionais do sistema único, mas como cidadãos senão não mudaremos a história da saúde brasileira”,disse.

Santana também citou a relação com o Judiciário, lembrando que é preciso trazer este setor para dentro dos espaços médicos. Nesse sentido, a Fenam desenvolve um projeto voltado a jornadas médico-jurídicas, que tem o objetivo de qualificar as relações. “É fundamental aumentar as experiências e discutir esses problemas da classe especialmente com o Judiciário”.

Encerrou abordando a relação com os meios de comunicação. “Em um momento globalizado, parte de nós não sabe interagir com os novos meios de comunicação. É preciso ampliar as formas de se comunicar, como forma de qualificação dessa comunicação”, destacou.

Ministério da Saúde cria comissão especial visando à interiorização do médico

Foto: Osmar Bustos

José Gomes Temporão participou da abertura oficial do XII ENEM

O Ministério da Saúde e as entidades médicas trabalharão juntos na elaboração de uma proposta que possibilite a interiorização do médico.
Durante a solenidade de abertura do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), na noite desta sexta-feira (28), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou a publicação, no Diário Oficial, de uma portaria que institui uma comissão especial que irá discutir estratégias que possibilitem a fixação de médicos em regiões do Brasil onde esses profissionais ainda não atuam. O grupo terá 90 dias para apresentar relatório com soluções. Assista a entrevista concedida à FENAM TV pelo ministro Temporão.

A Comissão é uma resposta do pedido feito pelas entidades médicas nos últimos meses. Segundo Temporão, o grupo poderá também apontar soluções possíveis para a interiorização dos médicos, como por exemplo a criação de uma carreira de Estado. "Queremos garantir a fixação do profissional. O Ministério busca junto às entidades médicas uma parceria no sentido do fortalecimento da qualificação no SUS", disse o ministro.

A carreira nacional irá beneficiar mais de 400 municípios, principalmente do Norte e Nordeste do país. Além dos médicos, a Comissão será formada por entidades da odontologia e de enfermagem, consideradas carreiras básicas pelo Ministério.

Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), a carreira de Estado para médicos é considerada fundamental para resolver a falta de assistência em regiões distantes. "Ficamos contentes em ver que o Ministério cumpriu o acordo estabelecido com as entidades. Queremos participar em todas as comissões de formação médica. Podemos colaborar muito", enfatizou.

Formação médica

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também manifestou preocupação com a abertura indiscriminada das escolas de medicina. Segundo ele, é preciso mais qualidade.

A coordenadora de residência médica do Ministério da Educação (MEC), Jeanne Michel, defendeu a expansão das vagas de residência médica. Segundo ela, o assunto será inserido no Plano Nacional de Educação.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral, considera inaceitável o baixo número de vagas na residência. "Assistimos estudante passarem seis anos na universidade e não conseguir uma qualificação adequada. Estamos caminhando a passos firmes no sentido de oferecer uma formação completa aos médicos", disse.

Para o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Cid Carvalhaes, o Encontro Nacional das Entidades Médicas permitirá avançar em ações concretas. "Precisamos de não só de ideias, mas ações concretas de avanço", apontou.

Fonte : Assessoria de Comunicação do XII ENEM

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Formação médica abre o XII Encontro Nacional das Entidades Médicas

Foto: Denise Teixeira

Evento reune mais de 450 delegados de todas as regiões do país


A Formação Médica no Brasil é o tema central dos debates do primeiro dia do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas, que teve início na manhã desta quarta-feira, 28, na sede da Associação Médica de Brasília, em Brasília.

O evento foi aberto pelo conselheiro federal Aloísio Tibiraçá, um dos coordenadores do evento, que apresentou informações gerais sobre o mecanismo de funcionamento do Enem – neste primeiro dia, pela manhã, foram apresentadas três palestras pelos representantes da AMB, CFM e Fenam, todas tendo como eixo o tema central "Formação Médica".

Matéria completa no site da FENAM.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Conferência internacional cobra mais recursos para combater a aids

Da Agência Brasil

Brasília - Depois de quase uma semana, terminou hoje (23) a Conferência Internacional sobre Aids, em Viena, na Áustria. O evento encerrou-se com a divulgação da Declaração de Viena, que cobra mais recursos dos países para o fundo de tratamento e prevenção da doença.

“O desafio não é encontrar dinheiro, mas mudar as prioridades. Quando há uma emergência no mercado financeiro ou uma crise energética, bilhões e bilhões de dólares são rapidamente mobilizados. A saúde das pessoas também merece um financiamento semelhante e ter prioridade”, disse o presidente do encontro, Julio Montaner.

A declaração aponta ainda a necessidade da proteção dos direitos humanos e acesso universal ao tratamento para as pessoas com o vírus HIV. O documento, assinado 12.725 participantes, alerta para mudanças no atendimento à saúde nos presídios, onde já foi constatada grande incidência da aids.

De acordo com a declaração, 30 milhões pessoas entram e saem de prisões por ano, sendo que parte significativa infectada pelo vírus – o que não se resume em um problema apenas dos detentos, mas de saúde pública.

Durante os seis dias, 19.300 pessoas de 193 países estiveram na conferência. A próxima está marcada para julho de 2012, em Washington, nos Estados Unidos.

Defasagem nos honorários leva médicos a descredenciamento dos planos de saúde e até a fechamento de consultórios

Do Portal da FENAM.

Os baixos valores dos honorários médicos pagos pelas operadoras de planos de saúde vem causando uma enorme polêmica e provocando debates entre os representantes da categoria médica de todo o país, pelo fato de as empresas insistirem em não conceder aumentos reais nos valores dos procedimentos que fazem parte da rotina dos consultórios dos médicos que prestam serviços às empresas da área de saúde suplementar. Só para se ter uma ideia, nos últimos onze anos, as operadoras de saúde elevaram em 136,65% os valores das mensalidades para os usuários enquanto os médicos receberam, em média, somente 60% de reajuste nos honorários. No mesmo período, a inflação acumulada foi de 105%.

O problema se torna ainda mais grave quando a atividade profissional do médico é comparada à de outros profissionais. Obstetras de São Paulo, por exemplo, fizeram uma comparação entre o que recebem pela realização de um parto e o que ganha o profissional que filma esse parto. O obstetra recebe R$ 200 enquanto quem está filmando o procedimento ganha R$ 1.000.

O problema é tão grave, que já levou, inclusive, profissionais de especialidades como pediatria, urologia, anestesiologia e ortopedia, entre outras, a se mobilizarem no sentido de pedir até mesmo o descredenciamento em massa dos planos e seguros de saúde em estados como São Paulo, Acre, Alagoas, Rondônia e o Distrito Federal. Muitos também já fecharam consultórios por não suportarem as despesas que crescem em proporção muito maior ao reajuste de honorários.

E o prejuízo não é somente dos médicos; é também dos usuários, pois com todos esses problemas, a qualidade no atendimento foi significativamente comprometida. Em determinadas especialidades como cardiologia, por exemplo, usuários chegam a esperar até três meses por uma consulta.

ENEM

A questão do trabalho médico na saúde suplementar será um dos temas do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), que acontece de 28 a 30 de julho, em Brasília. Durante o ENEM, além dos honorários defasados, os médicos também discutirão a interferência cada vez maior dos planos de saúde no exercício profissional, com restrições de atendimento, descredenciamento unilateral, imposição de “pacotes” com valores pré-fixados e proposta de pagamento por “performance”, entre outras medidas que penalizam os médicos e prejudicam os usuários. O evento contará com a participação de cerca de 500 representantes de entidades médicas de todo o país.

O encontro será realizado em um momento importante de avaliação das políticas públicas de saúde e também do contexto no qual se insere hoje a prática da medicina. No final do encontro, que é organizado pela Associação Médica Brasileira (AMB), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM), os participantes irão elaborar um documento, intitulado Carta de Brasília, que será encaminhado aos médicos, à sociedade, às autoridades e aos candidatos aos cargos majoritários nas próximas eleições. Os três presidenciáveis que lideram as pesquisas de opinião – Dilma Rousseff, José Serra e Marina Silva – foram convidados a visitar o local das reuniões, na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr), para apresentar suas plataformas para o setor de saúde.

Consulta diminui, receita das operadoras aumenta

Em 2009, o valor médio da consulta em plano de saúde individual foi de R$ 38,93. O montante é ainda menor que o custo de 2008 (R$ 40,39). Enquanto o valor da consulta médica diminuiu, no mesmo período a receita das operadoras médico-hospitalares cresceu 8,1%, sendo que o faturamento registrado pelos planos de saúde no ano passado ficou em R$ 63,9 bilhões.

Em março de 2010 foram contabilizados 43,2 milhões de brasileiros vinculados a 1.195 operadoras de planos privados de assistência médica. Os médicos foram responsáveis, em 2009, por acompanhar mais de 4,7 milhões de internações de usuários de planos de saúde e realizaram mais de 223 milhões de consultas dessa população usuária da saúde suplementar.

Mercado crescente

Cerca de um quinto da população brasileira já é conveniada a planos de saúde. O mercado cresce ano a ano no país, tanto em relação ao nú¬mero total de clientes, quanto em relação ao fa¬turamento. Os planos de saúde têm distribuição muito desigual, seja pela localização geo¬gráfica ou pela quan¬tidade de assistidos. Metade dos usuários concentra-se em ape¬nas 40 operadoras, e cerca de 70% dos clientes de planos de saúde estão na região Sudeste. Apenas três municípios – São Pau¬lo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – concen¬tram cerca de 30% da população convenia¬da a planos de saúde.

Projeto de lei prevê reajuste anual

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, em junho, o Projeto de lei 6964/10, oriundo do Senado, que torna obrigatória a formalização de contratos entre as operadoras de planos de saúde e prestadores de serviço, inclusive os médicos. Um dos objetivos da proposta é evitar descredenciamentos unilaterais e imotivados de médicos, hospitais e laboratórios. O mais relevante, porém, é a definição da periodicidade anual do reajuste a ser repassado pelos planos de saúde aos honorários médicos, no prazo de 90 dias após o início de cada ano. O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reajustes periódicos

O Ministério Público do Trabalho de Brasília intermediou negociação que visa garantir reajustes periódicos nos valores de todos os procedimentos pagos pelos planos de saúde, ou seja, aumento dos honorários cada vez que as empresas elevarem os valores dos planos aos usuários, mas ainda não há definição quanto a isso.

Relação equilibrada

Os médicos defendem uma relação mais equilibrada entre prestadores de serviço e usuários das operadoras de planos de saúde e querem que a Agência Nacional de Saúde Suplementar analise também a questão dos usuários no que se refere à qualidade nos serviços, que está comprometida. Nesse sentido, a ANS criou um grupo de trabalho para discutir a questão dos honorários médicos, o que vem sendo reivindicado há cinco anos pelas três entidades médicas nacionais. O grupo conta com representantes da FENAM, AMB e do CFM, e, segundo a ANS, visa debater critérios técnicos a serem adotados na hierarquização dos procedimentos médicos, tomando como base a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), bem como a discutir critérios de reajuste para a recomposição do ganho médico. Representantes dos médicos e das operadoras de planos de saúde têm prazo inicial de seis meses para que possam chegar a um consenso em termos de periodicidade e índice de reajuste nos honorários.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Dança ajuda idosos a prevenir quedas

 
Fonte: Reporter Brasil

Ensino médico em pauta durante o XII ENEM

Frequentes temas de denúncia da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a abertura indiscriminada de escolas médicas, a falta de vagas de residência e as tentativas do governo de criar facilidades ilegítimas para a revalidação de diplomas obtidos no exterior estarão entre as pautas centrais do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), entre 28 e 30 de julho, em Brasília (DF).

Existe consenso hoje de que a ausência de medidas enérgicas para solucionar tais problemas aumenta o perigo de atendimento não qualificado aos cidadãos, o que certamente já coloca vidas em risco em todas as regiões do Brasil. Trata-se, enfim, de uma tragédia anunciada, que, infelizmente, pode, em breve espaço de tempo, fazer muitas vítimas pela omissão de autoridades, pela falta de legislação e políticas públicas consistentes. 

Proliferação irresponsável de cursos médicos
Faz quase 15 anos que as entidades médicas nacionais, estaduais e sociedades de especialidade chamam a atenção de políticos, da mídia e da comunidade para a proliferação irresponsável de cursos de medicina. Lamentavelmente, sucessivos governos têm feito vistas grossas para o problema. Vêm prevalecendo assim interesses econômicos e políticos contestáveis, com anuência de uma legislação permissiva.

O resultado é que temos no Brasil hoje 180 escolas médicas, em grande parte sem estrutura mínima, sem corpo docente próprio e qualificado na área médica ou hospital universitário.

Uma expressiva parcela de empresários do “ensino superior” - nem um pouco comprometida com a assistência em saúde aos cidadãos - busca fundamentar a enxurrada de novos cursos com argumentos tendenciosos. Fala-se, por exemplo, que há falta de médicos no Brasil; outros dizem que a criação escolas é importante para inclusão de novos alunos nos cursos superiores.

O fato é que não há falta de médicos. Entre 2000 e 2009, a quantidade de profissionais de medicina aumentou 27% – de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% – de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Leia a matéria completa e a programação do ENEM no site da AMB.

GT de Saúde Suplementar e UNIDAS reunem-se para discutir reajuste anual de honorários médicos

O Grupo de Trabalho de Saúde Suplementar e a UNIDAS estiveram reunidos na tarde desta terça-feira, 20/07, no Rio de Janeiro, para o que deveria ser o primeiro encontro de discussão sobre o reajuste anual de honorários para médicos credenciados em operadoras de saúde.

De acordo com Marcio Bichara, secretário de Saúde Suplementar e representante da FENAM no encontro, a UNIDAS apenas confirmou que não pode garantir acordos em nome de suas afiliadas."As três entidades médicas nacionais, FENAM, Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, propuseram que não deve haver grupo de trabalho se a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) não assumir uma postura mais firme em relação à negociação do reajuste anual. Independente do índice que vamos negociar, nós precisamos garantir esse reajuste formalmente com as operadoras", assinaloiu Bichara.

Ainda segundo Marcio Bichara, a UNIDAS quis abrir uma discussão sobre pagamento por performance, que foi descartada pelas entidades médicas. "Foi consenso das entidades que não é o momento para se discutir pagamento por performance. A única forma de mantermos esse grupo de trabalho é começando do zero, que seria um contrato com as operadoras e a garantia de reajuste anual. Vamos deixar que a ANS conduza essa negociação", completou.

Fonte: FENAM

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Estudantes em férias devem reforçar cuidados com a gripe A

Do Site da Secretaria Estadual de Saúde. 

 Os estudantes em férias escolares devem reforçar os cuidados com a prevenção da gripe A. O alerta é feito pela Secretaria de Saúde, já que neste período, cresce o número de famílias que viajam e as temperaturas tendem a cair, aumentando o risco de contágio.

“As recomendações médicas feitas pela Secretaria ao longo do período da campanha continuam valendo. As crianças com boa saúde podem viajar, caso tenham tido algum problema de saúde recentemente, é importante que antes consultem seu pediatra”, afirma Carlos Moreira Junior, secretário de Estado da Saúde.

Ao todo, mais de 1,4 milhão de alunos de escolas públicas entraram em férias na última sexta-feira (16) e retornam no próximo dia 16 de agosto. As férias prolongadas seguem o calendário escolar definido pela Secretaria de Estado da Educação.

Até esta segunda-feira, do total de 5.779 notificações de casos de gripe A, foram confirmados 1.655 e descartados 2.922. Devido a complicações em seus quadros clínicos, 15 pacientes morreram.

CUIDADOS - Cuidados como lavar as mãos freqüentemente, manter janelas abertas para garantir a ventilação, ao tossir e espirrar cobrir adequadamente a boca e o nariz, preferencialmente com lenço descartável e descartá-lo no lixo após o uso, não compartilhar objetos de uso pessoal, são cuidados que devem ser mantidos.

Além disso, a alimentação também é importante para as defesas do organismo. Nesse período de férias, as crianças tendem a ingerir mais alimentos gordurosos ao invés de manter uma alimentação saudável, principalmente fora de casa. “É importante ingerir alimentos ricos em vitamina C como laranja, tomate e limão que ajudam na prevenção. No mais, é só aproveitar as férias mantendo os cuidados divulgados pela secretaria”, recomenda José Lucio dos Santos, superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde. Alimentos que contêm vitamina A como cenoura, batata doce, brócolis, e vitamina E como arroz, legumes também devem fazer parte do dia-a-dia.

“Durante a viagem é recomendável evitar o contato com pessoas doentes e, se ficar doente, permaneça no hotel ou em casa e consulte um médico. É importante também não usar medicamentos por conta própria”, explica o superintendente. Se ao regressar de férias e notar alguns sintomas como febre alta, tosse, dor de garganta, dores musculares, é importante procurar um médico ou posto de saúde.

Greve dos Médicos Peritos: Perícia no INSS só em dezembro

Matéria do Jornal Gazeta do Povo sobre a Greve dos Médicos Peritos do INSS: 

Greve dos médicos peritos completa um mês com transtornos para a população. Espera por consulta passou de 30 dias para quatro meses em Curitiba

Os segurados que necessitam de perícia médica para receber algum tipo de benefício da Previdência Social estão sofrendo para conseguir marcar uma consulta no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Paraná. A greve nacional dos peritos médicos, que completa um mês hoje, fez com que o tempo de espera na fila saltasse de 30 para 120 dias em algumas unidades de Curitiba e do interior do estado, segundo dados da Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP). Nas 11 sedes da capital, por exemplo, as consultas estão sendo marcadas só para dezembro.

De acordo com a ANMP, 95% dos 5,4 mil profissionais no Brasil aderiram à paralisação. Eles estão fazendo rodízio para atender os usuários, já que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que 50% do atendimento seja mantido. Dos casos atendidos pelo INSS, 54% dependem de perícia médica. Segundo a Superintendência do INSS no Sul do Brasil – responsável pelo orgão no Paraná –, oito dos 38 médicos peritos de Curitiba estavam em greve até ontem. A informação é contestada pela ANMP, que diz que 24 peritos aderiram ao movimento.
   
No interior, a situação é um pouco mais tranquila. Em Ponta Grossa, os cinco médicos da agência não aderiram ao movimento e em Cascavel, onde há 12 médicos, oito pararam – novas consultas estão sendo marcadas só a partir da segunda quinzena de agosto. Em Maringá e Londrina, apenas um médico parou em cada unidade. O tempo médio de espera nas duas cidades é de 50 dias.

Segundo o INSS, em todo o Brasil existem cerca de 5,4 mil peritos trabalhando em 1.132 agências localizadas em 978 municípios. Por causa da greve, apenas 70% das 35 mil perícias realizadas por dia no país estão sendo feitas. No Paraná, das 1.319 consultas médicas marcadas para ontem, 1.111 foram feitas. Destas, 270 em Curitiba, o equivalente à metade do que estava agendado.

Mais segurança

A falta de segurança é a principal queixa dos peritos. Segundo dados do sindicato nacional, foram registradas 72 agressões físicas em 2009. Alguns casos chegaram ao extremo. Dois peritos foram mortos por usuários entre 2006 e 2007 em Minas Gerais. Em 2007, um perito foi ferido com sete facadas por um usuário em Santos. Em março deste ano, um usuário descontente com o laudo do perito, que negou o auxílio-doença, pôs fogo na agência do INSS em Cascavel, no Oeste do estado. A unidade ficou uma semana fechada. Conforme o perito médico Dagoberto Pina, a situação foi normalizada com o reforço na segurança.

Contratações

No Paraná existem 173 médicos peritos em atividade. Segundo a categoria, seria necessário pelo menos o dobro para atender a toda a demanda.

Condições de trabalho

Melhoria nas salas de consulta e redução da carga horária de 40 para 30 horas semanais.

Consultas

O fim da nova determinação que permite ao segurado que teve um parecer de perícia negativo remarcar o exame quantas vezes quiser. Antes, esse segurado só poderia refazer a perícia depois de 30 dias.
Leia a matéria completa no site da RPC.

Órgãos de defesa do consumidor criticam Agência Nacional de Saúde Suplementar

Da Agência Brasil.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e o Procon de São Paulo lançaram um manifesto em que cobram da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) mais transparência na revisão de importantes normas que regulamentam os planos de saúde particulares.

Segundo a advogada do Idec, Daniela Trettel, a ANS tem proposto uma série de discussões importantes para o setor, como a revisão dos métodos de reajuste dos convênios de saúde, a adaptação de contratos antigos, a manutenção dos contratos em casos de demissão do trabalhador beneficiário e a portabilidade, ou seja, a possibilidade do usuário mudar de plano sem ter que cumprir os prazos de carência do novo.

O problema, segundo os órgãos de defesa do consumidor, é que, além de realizar algumas discussões simultaneamente, a ANS tem estabelecido prazos considerados pequenos para que os cidadãos interessados participem com sugestões. Além disso, para o Idec e para o Procon-SP, as informações disponibilizadas pela agência seriam insuficientes para que quem não é especialista possa contribuir.

"Vários temas de interesse do consumidor são discutidos ao mesmo tempo, com prazos pequenos para a participação popular e sem a divulgação de documentos técnicos que embasem o debate", disse hoje (21) Daniela.

Tanto o Procon-SP quanto o Idec dizem que já haviam manifestado à ANS suas preocupações. Como não obtiveram qualquer mudança, resolveram tornar pública a insatisfação com a forma com que a agência vem conduzindo os debates.

Desde junho, a ANS já instalou três câmaras técnicas (reunião de especialistas para discutir a proposta regulatória, que antecedem a consulta pública) sobre a revisão das regras de portabilidade de carências, elaboração de um novo modelo de reajuste anual e sobre prazos de manutenção de contratos coletivos empresariais para consumidores demitidos ou aposentados.

Além disso, a agência abriu consulta pública sobre a implementação de uma mediação de conflito (ATT: Lincar com matéria anterior) entre consumidores e operadoras, em caso de negativa de cobertura. Apesar da relevância do tema, foram dados apenas dez dias para a participação. Depois de reclamações de várias entidades de defesa do consumidor, o órgão aumentou o prazo por mais 10 dias.

"Percebemos que há uma ansiedade muito grande por parte da ANS de realizar algumas mudanças no setor, mas não é com um debate sem transparência, com prazos exíguos, que chegaremos a medidas adequadas à sociedade. Queremos transparência", afirmou Daniela.

No final da tarde de hoje, a Agência Brasil procurou a ANS, por meio de sua assessoria de imprensa, no Rio de Janeiro, para falar sobre o assunto. No entanto, a agência informou que não recebeu o manifesto oficialmente e, portanto, não iria se manifestar. A assessoria acrescentou que a ANS tem em seu site o link Transparência, no qual constam o seu contrato de gestão, as licitações e todas as consultas públicas realizadas.

Ainda segundo a assessoria, a ANS convidou entidades de setor para participar das câmaras técnicas para promover um debate sobre a regulamentação dos planos de saúde. A assessoria esclareceu também que qualquer pessoa pode participar das consultas públicas. Além disso, assinalou, a ANS informa em site os motivos da recusa de eventuais sugestões.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

OMS recomenda uso de antirretrovirais mais cedo para diminuir mortes de bebês com aids

Da Agência Brasil.

O tratamento com antirretrovirais nas primeiras semanas de vida pode salvar 50% dos bebês que morrem antes de completar dois anos de idade por causa da aids e evitar mais de 30% das mortes das crianças com menos de um ano. A estimativa é da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentada durante a Conferência Internacional sobre Aids, realizada em Viena, Áustria.

A OMS recomenda que o teste de HIV seja feito entre a quarta e a sexta semanas depois do parto. Nos casos de diagnóstico positivo da doença na criança, o tratamento deve começar de imediato.

De acordo com a organização, uma pequena parcela dos bebês com um ano de vida têm acesso ao tratamento antiaids, porque o diagnóstico é tardio. Os últimos dados da OMS mostram que 355 mil bebês no mundo tomavam os medicamentos contra o vírus HIV em 2009, contra 276 mil em 2008.

Para reduzir o número de casos de transmissão vertical (de mãe para filho), a OMS propõe que as mulheres com HIV recebam os antirretrovirais durante a gravidez, o nascimento e a amamentação. Anualmente, cerca de 400 mil bebês são infectados pela mãe.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ministério da Saúde alerta sobre sintomas de gripe e resfriados durante o inverno

População deve reforçar hábitos de higiene e ter atenção especial com crianças e idosos. Alerta também enfoca os riscos de tomar remédio por conta própria e a necessidade de procurar um serviço de saúde ao surgirem sintomas

Com a chegada do inverno, entre junho e setembro, é preciso estar atento. Esta é a época mais fria do ano, e é comum o aumento de doenças respiratórias transmissíveis como gripe e, resfriado. Cuidados simples podem evitar doenças graves.

A grande vilã do inverno é a gripe. Desde o início de junho o número de casos tem aumentado pelo país, como ocorre em todos os anos. Os Sintomas como febre, tosse e nariz entupido já são conhecidos.

Mesmo a doença sendo comum, o médico deve ser consultado para o tratamento correto. A automedicação é prejudicial independente da gravidade da doença. Já que tomar remédios por conta própria pode mascarar sintomas e até contribuir para o agravamento da doença.

Idosos, pessoas com diabetes, hipertensão, baixa imunidade ou que sofreram transplante merecem atenção especial. Crianças de 6 meses a menores de 5 anos também devem ter o mesmo cuidado. Estes são considerados os grupos de maior risco de terem complicações com a doença.

A gripe se espalha através das pessoas contaminadas. Elas expelem pequenas gotas de saliva através da fala, da tosse e do espirro. Quem tiver contato com esta saliva, tem grandes chances de ficar gripado. Outra forma de contágio é quando alguém coloca a mão em algum objeto com estas gotas de saliva.

Resfriado é diferente de gripe. Embora parecidos com o da gripe, os sintomas do resfriado são mais brandos e duram menos tempo. No resfriado, a febre é menos comum e, quando aparece, é baixa (até 37 graus).

Higiene - Coisas bem simples ajudam muito na prevenção. Lavar as mãos regularmente com água e sabão ou álcool gel 70% é um grande exemplo. A preocupação com o hábito de lavar as mãos já é rotina entre profissionais de saúde, e se difundiu mais na população depois da epidemia de gripe H1N1 no ano passado. Mas este procedimento simples pode evitar também outras doenças, como o resfriado.

Do Portal do Ministério da Saúde. 

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Sistema de homologação pela internet é lançado pelo MTE

O saque do seguro-desemprego já está mais rápido, em até cinco dias, no Tocantins, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraíba e no Distrito Federal a partir desta quarta-feira (14) graças a um sistema de homologação pela internet, o Homolognet, lançado hoje por meio do site do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).

O sistema, que permitirá aos empregadores rescindir contratos de trabalho pela internet, foi lançado em fase de experiência e poderá ser obrigatório a partir do próximo ano. Diversas ferramentas serão acrescentadas para permitir, por exemplo, o acesso de sindicatos às informações mediante uso de certificação digital.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que, com o homolognet, o tempo entre a demissão de um empregado e a concessão do seguro-desemprego será reduzido. Atualmente, a liberação do seguro leva, em média, 20 dias, prazo que poderá cair para apenas cinco dias com o novo sistema. No momento, esta facilidade está disponível apenas no Distrito Federal e em quatro estados: Tocantins, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraíba.  O serviço público federal deverá estar inserido no programa até o final do ano, de acordo com o ministro.

Para Wagner Gomes, presidente da CTB, a iniciativa é vista com bons olhos. "A homologação por meio do sistema homolognet vai evitar falhas e garantir cálculos corretos dos valores que o trabalhador tem a receber", afirmou.

Como vai funcionar

Para fazer uma rescisão contratual, o empregador precisa entrar no ícone homolognet, à direita da página do ministério na internet, e inserir dados como os números do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da empresa e do Cadastro de Pessoa Física (CPF) do responsável pela empresa, além dos dados do empregado. O sistema faz o cruzamento das informações e calcula os valores da rescisão.

Na data agendada, o patrão e o ex-funcionário comparecerão na unidade do Ministério do Trabalho ou no sindicato para que o agente homologador importe, dos bancos de dados do Ministério do Trabalho, o TRCT previamente elaborado pela empresa.

Na mesma ocasião, será verificado também se a convenção ou o acordo coletivo da categoria prevê outros direitos não informados pela empresa no contrato, e informará ao trabalhador e ao empregador sobre o valor devido a título de verbas rescisórias.

Se os valores estiverem corretos, o agente comandará no sistema a conclusão do processo de homologação. Futuramente, o sistema compartilhará as informações da homologação com os processos do seguro desemprego e do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Fonte: Portal da CTB

Cuidados simples podem prevenir gripe A e meningite

Do Site: Diário Popular

Com a chegada do frio algumas doenças passam a ter maior incidência na população e a adoção de hábitos simples é necessária para evitar complicações para a saúde. Ambientes fechados com aglomerações de pessoas, por exemplo, são locais propícios para a transmissão da gripe A e meningite meningocócica, infecção grave causada por vírus e bactérias, que podem evoluir para a morte.
Devem adotados cuidados simples como deixar os ambientes bem arejados, com as janelas bem abertas, além do hábito de lavar as mãos com água e sabão. AENotícias

Devem adotados cuidados simples como deixar os ambientes bem arejados, com as janelas bem abertas, além do hábito de lavar as mãos com água e sabão. AENotícias

“Basta que sejam adotados cuidados simples como deixar os ambientes bem arejados, com as janelas bem abertas, além do hábito de lavar as mãos com água e sabão. São exemplos simples para combater estas doenças”, disse o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior.

A gripe A, que ficou conhecida no ano passado quando surgiu e se transformou em pandemia, é transmitida como gripe comum e é causada pelo vírus Influenza A (H1N1). Assim, como a meningite ela é constantemente vigiada nos 399 municípios do Paraná. Neste ano foram registrados 1.469 casos da nova gripe e 47 casos de meningite meningocócica, a mais grave forma da doença.

“A meningite meningocócica apresenta 13 sorogrupos, sendo que os responsáveis, com maior freqüência pela doença meningocócica, são os tipos A, B e C. A grande epidemia evidenciada na década de 70 foi causada pelo meningococo do tipo B e C. Nesta epidemia, o Paraná apresentou mais de 2000 casos e perto de 400 óbitos”, afirma o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria, José Lúcio dos Santos.

Lúcio lembra que no caso de ambas as doenças, o diagnóstico laboratorial é feito no Laboratório Central do Estado (Lacen), referência estadual para os diagnósticos estabelecidos em protocolos com o Ministério da Saúde.

PREVENÇÃO
Como medidas de prevenção, recomenda-se a ventilação de ambientes em que há aglomerações de pessoas como casas, locais de trabalho, ônibus, sala de aula e reuniões. Uma boa alimentação e hidratação também fortalecem o organismo e auxiliam no combate a doenças. “Não podemos esquecer da higienização das mãos. Ao tossir ou espirrar sempre use lenços descartáveis, pois isso também evita o contágio”, afirma Moreira.

Ao menor sinal de sintomas de qualquer uma das doenças o ideal é o paciente procurar um posto de saúde o mais rápido possível. Ambas têm cura, mas para isso o diagnóstico precisa ser feito rapidamente.

Médicos de todos os Estados se reúnem no XII Enem para discutir a saúde brasileira


Cerca de 500 representantes dos médicos de todo o Brasil participarão entre os dias 28 e 30 de julho do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), em Brasília. A reunião será um momento importante de avaliação das políticas públicas de saúde e também do contexto no qual se insere hoje a prática da Medicina. Nos grupos de trabalho e nas plenárias previstas, acontecerão debates e serão aprovadas propostas que contribuirão para o aperfeiçoamento da assistência à saúde, bem como a própria valorização do profissional.

Para as organizadoras do evento – Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) – trata-se de uma oportunidade ímpar para quem pensa no futuro da saúde brasileira. “AMB, CFM e Fenam, instituições que representam os médicos brasileiros, terão oportunidade, por meio de amplo debate, de promover uma revisão de suas ações recentes, além de programar uma agenda comum que certamente trará mais visibilidade ao movimento médico nacional que defende melhorias no sistema de saúde oferecido à população e dignas condições de trabalho ao médico”, ressalta o presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral.

Os resultados do XII Enem comporão documento que será encaminhado aos médicos, à sociedade, às autoridades e aos candidatos nas próximas eleições aos cargos majoritários (presidente, governador e senador) e proporcionais (deputados federal e estadual ou distrital). O Encontro acontece dentro de um momento político especial – o período pré-eleitoral – que o torna espaço privilegiado para discussão dos rumos a serem adotados pelo país no campo da Saúde (pública e privada). Os três presidenciáveis que encabeçam as pesquisas – Dilma Roussef, José Serra e Marina Silva – foram, inclusive, convidados a visitar o local das reuniões, na sede da Associação Médica de Brasília (AMBr), para apresentar suas plataformas para o setor e receber pessoalmente os pleitos dos profissionais.

Para o presidente do CFM, Roberto Luiz d`Avila, o XII Enem abrirá a oportunidade para que os médicos – representados por suas entidades – atuem de forma articulada e em sintonia para sensibilizar os tomadores de decisão sobre as mudanças que devem ser implementadas na área da saúde. “Os médicos têm o dever de se fazer ouvir também na cena política, especialmente quando o assunto é assistência. E os gestores precisam ouvir e acolher as recomendações, as sugestões, de quem é responsável pelo acolhimento dos pacientes e suas famílias em consultórios e hospitais. Estabelecer metas e definir políticas, ignorando essas contribuições pode ser desastroso para toda a sociedade”, alerta.

O XII Enem configura um fórum de alta representatividade do segmento médico no Brasil. Além de convidados e observadores, o plenário será formado por 400 delegados escolhidos pelos estados, distribuídos de forma paritária entre conselhos regionais de Medicina, associações e sociedades de especialistas e sindicatos médicos, além de representantes dos médicos residentes. Serão eles, os porta-vozes privilegiados da categoria no grande debate a ser realizado.

Três eixos temáticos orientarão a agenda de debates durante o XII Enem: formação médica; mercado de trabalho e remuneração; e SUS, políticas de saúde e relação com a sociedade. Em cada dia do Encontro, um desses tópicos será abordado por meio de conferências, mesas-redondas, trabalhos em grupo e debates (abaixo, confira a programação na íntegra). Durante o fórum de Brasília, os participantes poderão avaliar propostas levantadas durante os três encontros regionais (Pré-Enems) e alguns estaduais, que traduzem as expectativas e visões dos médicos que trabalham no atendimento à população.

O XII Enem foi precedido de etapas preparatórias que buscaram qualificar o debate e sistematizar as prioridades a serem levadas ao encontro nacional. Os Pré-Enems estaduais foram opcionais e muitos estados – como Bahia, Pará, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul – os realizaram. Os Pré-Enems regionais, por sua vez, foram divididos nos blocos Nordeste (29 de abril e 1º de maio), Sul/Sudeste (14 e 15 de maio) e Norte/Centro-Oeste (4 e 5 de junho).

O presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Cid Carvalhaes, destaca o ENEM como uma grande oportunidade para ampliar as discussões e apresentar propostas para questões como formação do médico, fiscalização rigorosa das faculdades de medicina e fechamento das escolas médicas que não têm condições de funcionar, a defesa intransigente dos programas de residência médica, com eficiência e competência, a convalidação de diplomas de médicos formados em outros países e que precisam ser bem definidos, entre outros temas. Cid Carvalhaes cita ainda a realização do ENEM como convergência do fortalecimento das entidades médicas nacionais - FENAM, CFM e AMB. “Todos esses e outros temas e propostas devem ser elencados em ordem de prioridade e quem vai fazer isso de fato é o ENEM, evento no qual se pretende, com a Carta de Brasília (documento oficial do encontro), definir as prioridades e nortear as ações dos próximos três anos da política médica como um todo e a política de saúde para o país, do ponto de vista médico, dentro do enfoque das três entidades”, ressaltou Cid Carvalhaes.

Mais detalhes no Hot Site do ENEM


Fonte: CFM

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pesquisa comprova eficiência de exercícios respiratórios no controle da asma

Da Agência Brasil

Exercícios respiratórios feitos sem a ajuda de nenhum tipo de aparelho podem melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas portadoras de asma. Foi o que comprovou a professora de educação física Ludmila Gomieiro, durante pesquisa de mestrado na Universidade de São Paulo (USP).

A asma é uma inflamação crônica do sistema respiratório capaz de provocar extrema falta de ar no paciente. Esse tipo de doença tende a se intensificar no período de inverno, quando a umidade diminui e o frio aumenta. Segundo a Secretaria da Saúde de São Paulo, as internações por doenças respiratórias crescem 60% nessa época.

Existem formas, entretanto, de aliviar quem vive com asma. Ludmila percebeu a eficiência dos exercícios de respiração no controle da doença ao ministrar aulas de educação física para um grupo de asmáticos. “Eu cheguei a ver alunos que chegavam em crise e conseguiam reverter a crise fazendo os exercícios respiratórios”, conta.

Apesar dos benefícios da prática, ela percebeu que havia certo desinteresse pelo assunto, pouco abordado pela literatura especializada e visto como pouco importante pelos alunos e professores. “Comecei a procurar estudos que provassem a eficácia dos exercícios respiratórios. Mas, até então, não tinha nada que medisse, por exemplo, a força dos músculos respiratórios”.

A partir dessas constatações, a pesquisadora desenvolveu um projeto em que avaliou a eficiência dos exercícios respiratórios em idosos com asma. Eles participaram de sessões de atividade de uma hora, duas vezes na semana, por quatro meses.

Após o período da pesquisa, os pacientes tiveram uma série de melhoras. No grupo de idosos, a pressão de inspiração máxima, um método utilizado para inferir a capacidade da musculatura respiratória, teve um aumento médio de 26,5%.

Os pacientes também relataram uma qualidade de vida muito maior do que antes dos exercícios. “Reforçando a parte estatística, eu tinha a comprovação por causa dos relatos que os pacientes fizeram ao longo do programa”, explicou. “Eles chegavam e diziam: professora, eu estou conseguindo fazer faxina, lavar roupa e não ficar com falta de ar”, disse ela.

Para que o efeito seja duradouro, no entanto, a prática dos exercícios deve ser constante. Segundo Ludmila, como parte da pesquisa, após os quatro meses de trabalho, os idosos ficaram um mês sem as atividades. Como resultado, a pressão de inspiração reduziu, em média, 20%.

Por conta dos benefícios comprovados  pelo estudo, Ludmila defende que a prática dos exercícios respiratórios seja incluída como parte do tratamento da asma. “Não é a cura, é um coadjuvante no tratamento medicamentoso. Mas espero que seja reconhecido e que eu veja o profissional de educação física ser inserido ali, junto com o pneumologista”.

Campanha pretende reduzir consumo de sal no país

Produto consumido em excesso agrava o estado de saúde dos hipertensos e pode causar complicações, como derrames.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) está realizando uma campanha para reduzir o consumo de sal no país. O produto consumido em excesso agrava o estado de saúde dos hipertensos e pode causar complicações, como derrames. De acordo com a entidade, a hipertensão atinge cerca de 30% da população.

Segundo o diretor de Promoção Social da SBC, Dikran Armaganijan, uma das medidas defendidas pela entidade é a mudança nos rótulos dos alimentos industrializados, que deveriam substituir o termo cloreto de sódio pelo nome popular: sal.

Metéria completa no Site Bem Paraná.

Saúde suplementar: reunião ampliada define posicionamento das entidades

A definição sobre o posicionamento das entidades médicas nacionais perante os principais desafios na relação entre os profissionais da Medicina e as operadoras de planos de saúde. Este foi o tema de reunião ampliada realizada na sexta-feira (9). Participaram do encontro, em Brasília, representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que discutiram o assunto juntamente com os integrantes da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu) e da Comissão Nacional de Consolidação e Defesa da CBHPM.
    
O grupo analisou os principais avanços ocorridos na área nos últimos meses e definiu as metas a serem atingidas. Foram 15 deliberações envolvendo principalmente a relação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a mobilização política pela aprovação de projetos de interesse da Medicina, a união das entidades médicas e negociações com as operadoras.
    
Os participantes destacaram o cenário atual, no qual a ANS autorizou, nos últimos 10 anos, reajuste de 131% aos planos de saúde. No mesmo período, o reajuste oferecido aos médicos foi de 60% para as consultas ou ainda menos para outros procedimentos.
    
Os participantes frisaram que a ANS não vem cumprindo seu papel previsto na Lei 9.961/ 2000, deixando de regular a relação das operadoras com os prestadores. Essa omissão tem deixado os médicos desamparados no que diz respeito a reajustes de honorários. Outra crítica é relativa ao não cumprimento da Resolução Normativa 71/2004, da ANS, especificamente no que se refere à determinação de critérios para recomposições, contendo forma e periodicidade. Nesse sentido, a luta por critérios para reajuste anual dos que prestam serviços às operadoras de planos de saúde foi apontado item prioritário.
    
Outro tema de destaque foi a posição crítica das entidades com relação ao chamado pagamento por desempenho (ou performance), caso implique apenas na redução de custos das operadoras, premiando médicos que cumprem metas como a diminuição dos pedidos de exames, por exemplo. O presidente do CFM, Roberto Luiz d’Avila, frisou que, a atuação das empresas não pode impor regras que comprometam a ética médica ou a boa prática da medicina. “Continuo defendendo que a lógica das operadoras difere da lógica da ética médica. Os cânones econômicos nem sempre correspondem aos cânones éticos”, disse.
    
A Comissão Nacional de Saúde Suplementar (Comsu), sob coordenação do 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, busca aglutinar todos os segmentos para construir uma estratégia nacional de mobilização baseada nas experiências das diversas entidades. Foram ouvidos mais de 30 representantes de conselhos regionais (como Rio de Janeiro e Bahia), representantes de especialidades (dermatologia, patologia, ginecologia e obstetrícia, radiologia e diagnóstico por imagem, cirurgia torácica, pediatria, otorrinolaringologia e cirurgia cérvico-facial, endoscopia digestiva, e oftalmologia), sindical (Campinas) e associações médicas (paranaense, paulista e espírito-santense).

Fonte: CFM

Serviço militar obrigatório para profissionais de saúde terá mudanças

Regras mais claras para a convocação de médicos, farmacêuticos, dentistas e veterinários para prestar serviço militar obrigatório foram aprovadas, nesta quarta-feira (7), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Em complementação, foi aprovada proposta que garante aos médicos que realizaram o Estágio de Adaptação e Serviço (EAS) nas Forças Armadas uma pontuação extra nas provas de seleção para a residência médica.

Nova regulamentação do serviço militar obrigatório para esses profissionais foi encaminhada pelo Poder Executivo via projeto de lei da Câmara (PLC 91/10). O argumento do governo é de que falta clareza na legislação (Leis nº 4.375/64 e 5.292/67) que trata desse tipo de convocação, gerando contestações judiciais que acabam por prejudicar as Forças Armadas. O resultado seria deficiência no recrutamento de pessoal especializado em saúde para atender a demandas das populações de áreas mais isoladas do país, como na região amazônica.

Em relação ao incentivo aos médicos que se submeteram ao EAS, foi proposto em projeto de lei (PLC 90/10) do deputado Jair Bolsonaro. Em linha de argumentação semelhante à do governo, o parlamentar justificou o benefício em função da dificuldade das Forças Armadas para convocar profissionais de saúde para estagiar em guarnições especiais das classes A ou B, localizadas em áreas de difícil acesso e com infraestrutura precária.

A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) deu parecer pela aprovação das duas propostas. Ambas serão votadas, em decisão terminativa, pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Fonte : Agência Senado

União terá que aplicar no mínimo 18% de sua receita na Saúde

Fonte: Fala Médico via Agência Senado

A União deverá aplicar, anualmente, o montante mínimo de 18% de sua receita líquida em ações e serviços de saúde, conforme prevê proposta aprovada na última quarta-feira (7) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ)do Senado Federal, e que segue agora para análise de mais duas comissões: Assuntos Econômicos (CAE) e Assuntos Sociais (CAS).

Pelo Projeto (PLS 156/07 – Complementar), do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), os Estados e o Distrito Federal não poderão aplicar menos de 12%, e os municípios, menos de 15%, anualmente, de vários impostos que a eles cabem constitucionalmente, em ações e serviços de saúde. Os recursos deverão ser repassados diretamente ao Fundo de Saúde, vinculado ao Sistema Único de Saúde.

Entre as ações e serviços de saúde, está a atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de complexidade, inclusive a assistência terapêutica e a recuperação de deficiências nutricionais; a capacitação de profissionais de saúde do SUS; o saneamento básico e do meio-ambiente dos distritos sanitários especiais indígenas e ainda ações vinculadas diretamente ao controle de vetores de doenças.

Fiscalização

Pela proposta, qualquer cidadão poderá fiscalizar a aplicação desses recursos, por meio da prestação de contas dos poderes públicos, que deverá constar inclusive em meios eletrônicos.

O projeto regulamenta o artigo 198 (§ 3º) da Constituição, que trata de recursos mínimos a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde. Na justificação a seu projeto, Marconi Perillo lembra que a Emenda Constitucional 29/00 foi um importante marco para a construção do SUS e seu projeto representa “outro passo fundamental na direção da consolidação do SUS, uma vez que ele é imprescindível para eliminar as controvérsias existentes quanto ao montante e à forma de aplicação dos recursos em saúde, nas três esferas do governo”.

Em seu parecer favorável ao projeto, a senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) lembra que, atualmente, as formas de cálculo dos montantes mínimos a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde ainda são as determinadas pelo artigo 77 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), que deveriam vigorar somente até 2004.

“Na ausência de lei complementar, contudo, as regras foram prorrogadas e aplicadas de maneira simples, sem detalhamentos, o que gerou espaço para interpretações dúbias e conseqüente perda de recursos do SUS”, explicou a relatora.

O projeto de Marconi tramita em conjunto com o Projeto de Lei (PLC 89/07) Complementar, de autoria do ex-deputado Roberto Gouveia.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Secretaria da Saúde alerta municípios sobre reforço no combate à dengue

A Secretaria estadual da Saúde enviou aos 399 municípios do Paraná um documento solicitando reforço e atenção no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A preocupação da Secretaria se deve à interrupção na tendência de quedas no número de casos da doença. “A dengue se combate todo o ano e não podemos descuidar. Normalmente há uma tendência de relaxamento nas ações de prevenção da doença no inverno, e isso não pode ocorrer”, disse o secretário Carlos Moreira Júnior.

Ele lembrou que até o momento este inverno não foi tão rigoroso quanto em anos anteriores e isso facilita a vida do mosquito. O secretário explica que o número de novos casos confirmados ainda é menor do que no pico da doença, mas a queda que ocorre normalmente neste período do ano estacionou e isso é o que preocupa as autoridades sanitárias.

No documento, a secretaria solicita que as ações que envolvem os agentes de endemia, responsáveis pelas visitas e orientações nas residências da população, sejam intensificadas, bem como a inclusão de equipes do Programa Saúde da Família nas orientações.

O novo balanço de casos da doença apresentado pela Secretaria da Saúde mostra que foram confirmados 19.930 casos da doença até o momento. Na comparação com 2007, última epidemia de dengue no Paraná, o número de registros é menor. Naquele ano foram 24.347 casos confirmados neste mesmo período. O número de casos suspeitos confirmados, todavia, é menor. Em 2010 a média de casos suspeitos que são positivos para a doença é de 35% contra os 52% de 2007.

“Esta é uma informação positiva, pois significa que os profissionais de saúde estão atentos à doença. Com um diagnóstico precoce se torna mais fácil o tratamento e o desencadeamento de ações de campo para o bloqueio da transmissão. Quanto mais alta a notificação, melhor”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria, José Lúcio dos Santos.

Ele também reforçou a necessidade do envolvimento da população de forma perene, independente do clima ou estação. “Precisamos criar a cultura de que as ações preventivas, ou seja, evitar deixar água parada, se torne algo constante na população. Estudos já comprovaram que 90% dos criadouros do mosquito estão nos quintais e nas residências”, completou.

NÚMEROS – Nesta quinta-feira (08) a Secretaria da Saúde divulgou os novos números da doença no Estado. Eles mostram que até o dia 02 de julho foram confirmados 20.659 casos da doença, sendo 19.930 casos autóctones – casos cuja infecção ocorreu dentro do Estado – e 729 casos importados.

Neste ano foram registrados 112 casos graves da doença, sendo que foram diagnosticadas 44 como dengue hemorrágica e 68 casos de dengue clássica com complicação no quadro clínico dos pacientes. Oito pessoas morreram.

Ao todo, 14 Regionais de Saúde apresentaram casos autóctones de dengue, sendo que as regionais de Maringá (15ªRS), com 5.306 casos, de Foz do Iguaçu (9ªRS), com 4.970 casos, e de Londrina (19ªRS), com 2.360 casos, são as que mais preocupam. Dos 399 municípios, os que mais registraram casos da doença foram Foz do Iguaçu (3.114), Maringá (2.765), Londrina (1.357), Medianeira (1.055) e Campo Mourão (875).

INFESTAÇÃO PREDIAL – Atualmente 263 municípios são considerados infestados e realizam periodicamente os levantamentos do Índice de Infestação Predial (IPP). No mês de junho, 29 destes municípios apresentaram índice igual ou superior a 4% e 104 municípios apresentaram índice de 1% a 4%, quando o recomendado pelas autoridades sanitárias é que o índice seja menor de 1%.

Outros 48 municípios infestados registraram índices de 0,01% a 0,99% e 187 municípios registraram índice 0,00%, 31 municípios não enviaram os dados até 02 de julho.

Paraná projeta queda no número de casos de gripe suína este ano

O último boletim da Secretaria de Saúde do Paraná, que confirma o registro de 1.469 casos de influenza A (H1N1) - gripe suína - este ano, demonstra que não deve se repetir o alto número de ocorrências do ano passado, quando 63 mil casos foram confirmados.

Entretanto, o alerta da secretaria é para que a população não relaxe com os cuidados na prevenção. De acordo com órgão, contribuem para a redução o fato de a doença já ser conhecida, e o Paraná ter mais da metade da população vacinada, além de as pessoas imunes já terem tido contato com o vírus em 2009. O Paraná foi o estado com maior cobertura vacinal, com 5,6 milhões de paranaenses imunizados.

A Secretaria da Saúde informou que distribuiu esta semana mais 200 mil vacinas para as 22 regionais de Saúde em todo o estado. As doses foram cedidas pelo Ministério da Saúde, do excedente da Campanha Nacional. Devem ter prioridade, as segundas doses para crianças, gestantes e pessoas acima de nove anos, mas cada município tem autonomia para estabelecer suas prioridades.

Fonte: Agência Brasil

Comissão de Assuntos Políticos faz balanço positivo do 1º semestre

A Comissão de Assuntos Políticos (CAP), que congrega as três entidades médicas nacionais – Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam) –, teve um primeiro semestre proveitoso em 2010. Essa é a opinião de seus integrantes, após avaliação do trabalho realizado. O grupo tem acompanhado sistematicamente as discussões parlamentares em nível federal. Ao todo, foram 19 reuniões com 11 deputados e seis senadores, além de três audiências públicas.

As ações foram mais intensas no primeiro semestre em função do recesso previsto a partir de julho, quando os parlamentares afastam-se dos trabalhos legislativos para dedicarem-se às campanhas eleitorais. No período avaliado, a atuação foi definida como "marcante" pelo coordenador da CAP, conselheiro Alceu Peixoto Pimentel. "Com uma atitude vigilante nos concentramos no Congresso Nacional e defendemos, dia após dia, o médico e a sociedade", ressaltou.

Entre os destaques do semestre, temas como terminalidade da vida (PLS 524/09), diretrizes para pesquisas envolvendo seres humanos (PL 2.473/03), prazo de retorno às consultas médicas (PL 7.017/10) e o projeto de lei do ato médico (PLS 268/02).

A CAP atua diretamente com os relatores dos projetos na Câmara e no Senado, apresentando e justificando a proposição do movimento médico com respeito aos assuntos tratados. Foi o caso do PL 6.964/10, que garante reajuste anual para os médicos na saúde suplementar.

Com relação ao PLS 268/02, que define as atividades privativas dos médicos, a atenção é especial. De acordo com o conselheiro suplente Jeancarlo Fernandes Cavalcante, o grupo está empenhado em garantir sua aprovação e defende a mobilização da categoria. "O movimento médico precisa aumentar sua luta em torno do ato médico, para que não se deturpe o projeto original, porque as demais profissões estão atentas e fazendo seus pleitos", alerta.

Outra vitória alcançada no primeiro semestre de 2010 foi a multiplicação de esforços no campo da estratégia política capitaneada pela Comissão de Assuntos Políticos (CAP). Desde o início do ano, o grupo tem atuado junto às entidades médicas nos estados para que reproduzam o modelo de trabalho em âmbito local.

Na Bahia, Distrito Federal, Goiás e Paraíba, comissões de assuntos políticos – compostas por integrantes de conselhos, associações e sindicatos médicos regionais – têm colaborado na sensibilização dos parlamentares com relação aos projetos de interesse da categoria.

Os grupos também acompanham a tramitação de projetos e a discussão de temas de interesse em seus estados, o que valoriza a participação do médico no debate político em defesa da boa medicina e dos interesses da população. "Trata-se de um trabalho consonante que fortalecerá nossas ações. Agora, está tudo interligado", afirmou o conselheiro Dalvélio Madruga, um dos integrantes da CAP federal.

Fonte : CFM

terça-feira, 6 de julho de 2010

Precisa-se de médicos para plantão durante concurso do TRT

A Fundação Carlos Chagas está contratando médicos para plantão durante a realização de concurso público para o Tribunal Regional do Trabalho nas cidades de Curitiba, Cascavel, Guarapuava, Londrina e Maringá. O concurso será no dia 25/07/2010 (domingo).

Os interessados podem entrar em contato com Silvia Oliveira, na Fundação Carlos Chagas, pelo telefone (11) 3723-3017.

Paralisação dos médicos peritos do INSS completa 15 dias

Fonte: Bem Paraná.

A greve dos médicos peritos do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), que hoje completa 15 dias, já começa a causar prejuízos aos segurados que necessitam de pericia médica para obter o pagamento de um benefício, como por exemplo o auxílio doença. Segundo as informações da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP), a data mais próxima para a marcação de uma perícia médica na Agência de Previdência Social do bairro Hauer é de 12 de novembro, ou seja, final do ano.

As duas principais agências da Capital do Paraná, no centro da Cidade, têm vaga somente para o dia quatro de outubro. Apesar desta espera, a assessoria de imprensa do INSS afirma que a paralisação não está interferindo no agendamento das perícias. Já a associação afirma que essa demora é ainda resultado da má gestão da Previdência Social Brasileira, que permitiu o esvaziamento dos quadros médicos periciais. A recomposição destes quadros é um dos itens da pauta de reivindicações da categoria.

Apesar de estar com uma adesão de praticamente 100% ao movimento grevista em todo o país, a perícia médica previdenciária está obedecendo rigorosamente às determinações do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que não considerou a greve abusiva, decretou sua legalidade e estipulou que 50% dos peritos médicos deveriam comparecer aos seus postos de trabalho. Nas cidades onde há apenas uma Agência, a orientação é para que o atendimento não seja interrompido.

Em todo o Brasil as filas estão se avolumando e o INSS tenta acobertar a situação. Na APS República, em São Paulo (Capital) a vaga mais próxima para uma perícia é o dia 13 de setembro. Em Nilópolis no Rio de Janeiro a situação é melhor, a espera é de apenas 30 dias e a vaga mais próxima está aberta para o dia cinco de agosto. Na Capital Federal, a APS de maior movimento, Taguatinga, tem vaga somente para o dia cinco de agosto. No Espírito Santo somente na capital, Vitória, há vagas para agosto. Nas cidades do interior a disponibilidade para a perícia começa a partir de 13 de setembro, como em Linhares (ES).

Há mais de dois anos a perícia vem alertando ao governo da precariedade de suas condições de trabalho, como falta de equipamentos, falta de segurança, falta de profissionais e a otimização dos poucos espaços hoje existentes. De acordo com Nota Técnica de 22 de março de 2010, da Controladoria Geral da União (CGU), há uma defasagem atualmente de 40% no número de consultórios para o atendimento médico pericial previdenciário. A proposta da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social (ANMP) é de adoção de dois turnos de trabalho, com jornadas de 30 horas corridas, permitindo o dobro do atendimento hoje disponibilizado aos segurados que enfrentam as filas já citadas.

De acordo com os dados do INSS há uma defasagem nos quadros médicos periciais de mais de mil profissionais. Foi feito um concurso para suprir 500, das 1.500 vagas existentes no início do ano.

Povo reclama de posto de saúde do Sítio Cercado em Curitiba

Do Site: Paraná On Line.

Quem precisou de atendimento médico no Centro Municipal de Urgências e Emergências Médicas (Cemum) do bairro Sítio Cercado, em Curitiba, ontem, teve que ter muita paciência. É que o tempo de espera chegou a cinco horas, o que é bastante comum na unidade, segundo os moradores da região.

A massagista Joelma Miranda Costa levou a mãe para consultar às 10h30, mas só conseguiu atendimento por volta das 14h30. Quatro horas de espera e a mãe com dores fortes no corpo e falta de ar.

“Eu queria ver se o prefeito viesse aqui e tivesse que esperar tanto tempo para ser atendido. Eu queria que ele vivenciasse isso na pele. Ficar três horas esperando, com dor, é um absurdo”, reclamou.

Joelma contou que perguntou diversas vezes para os atendentes se alguém poderia medicar sua mãe. “Mas eles só respondem que tem que esperar. Nem um tratamento digno a gente tem”, disse.

A dona de casa Beatriz Moura levou a filha, Kátia, à unidade do Sítio Cercado, ontem, mas também teve que esperar quatro horas e meia para ser atendida. A menina estava com dores na coluna e crise de rim.

“Os médicos dizem que não podem fazer nada, que tem que esperar. Eu cheguei ao meio-dia, mas tem gente que fica o dia inteiro aqui dentro”, reclamou Beatriz. “Outro dia eu vim com o meu filho, que estava com pneumonia, e voltei para casa, pois não pude esperar”, contou.

Alessandra Cardoso chegou à unidade à tarde, mas também teria que esperar muito. “Já avisaram que o tempo de espera é de cinco horas. A gente já passou pela unidade do Pinheirinho, onde disseram a mesma coisa”, disse a amiga de Alessandra, Joana da Silva.

O diretor do Serviço de Urgência e Emergência de Curitiba, Matheus Chomatas, admitiu que faltam médicos em Curitiba, e informou que no final deste mês pelo menos 146 profissionais que fizeram concurso serão chamados.

Porém, ele esclareceu que os Cemuns têm a característica de atender urgência e emergência, e orientou que a população procure primeiramente a unidade básica de saúde da sua região, se não estiver precisando de atendimento imediato.

“Temos uma classificação de risco. Quem chega no Cemum com problemas mais graves é atendido primeiro. Os outros têm que esperar ou procurar a unidade básica, que é a porta de entrada mais confortável. Mas todos que procuram o Cemum são atendidos, porém existe essa classificação de risco”, explicou.

Com as contratações, Chomatas acredita que desafogarão os serviços nas unidades de saúde básicas e, consequentemente, o atendimento nos Cemuns tenderá a ser mais rápido.

Outro problema, segundo ele, é que muita gente da região metropolitana procura as unidades de Curitiba. Sem falar que segunda-feira, explica ele, é um dia mais crítico nas unidades de saúde.

Confemel realiza assembleia extraordinária

Com a esperada participação de representantes de toda a América Latina e Caribe, a Confederação Médica da América Latina e Caribe (Confemel) reúne-se em assembleia extraordinária na cidade de Lima, no Peru, desta segunda-feira, 05, até a próxima sexta, dia 9/07.

Com uma pauta extensa, o encontro servirá para discutir temas como o uso racional de medicamentos, a tuberculose na América Latina, certificação e recertificação na América Latina, bem como a questão do seguro médico obrigatório.

Terão espaço assuntos de relevante importância, principalmente considerando as diferentes políticas de assistência à saúde e de recursos humanos que são desenvolvidas nos diferentes países latinos, bem como o avanço das seguradoras sobre a categoria, contribuindo para a desqualificação da relação médico-paciente.

São membros da Confemel pelo Brasil o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (FENAM) e o Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers).

A FENAM será representada pelo secretário de Comunicação, Waldir Cardoso, e pela secretária da Condição Feminina, Maria Rita de Assis Brasil, que também é vice-presidente do Simers.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) será representado pelo seu presidente Roberto Luiz d’Avila, além do tesoureiro José Hiran da Silva Gallo, do 3º vice-presidente Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti, do vice-corregedor José Albertino Souza e do conselheiro Abdon José Murad Neto.

Espera-se a construção de uma agenda comum entre os países membros para a discussão dos temas. Haverá ainda a posse da nova diretoria da Fenam e chamamento para o XII Encontro Nacional de entidades Médicas (XII Enem), que acontece de 28 a 30 de julho, em Brasília (DF).

Fonte : Dr. Eduardo Santana - http://meduardosantana.wordpress.com/

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Grupo debate sistema de ajuda a usuários de planos de saúde que tenham algum procedimento negado

A Câmara Técnica de Saúde Suplementar da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reuniu-se na última terça-feira, 29/06, no Rio de Janeiro, para discutir questões como certificação e acreditação de operadoras e a Notificação e Investigação Preliminar (NIP), uma ferramenta que agiliza a solução de processos nos quais operadoras de saúde impedem a realização de procedimentos que fazem parte do rol técnico. De acordo com José Erivalder Guimarães de Oliveira, vice-presidente da FENAM e representante da entidade na câmara, esse foi o ponto mais importante do encontro.

A NIP é um projeto-piloto, que está em consulta pública até o próximo dia 10, no site da ANS (www.ans.gov.br). A ferramenta possibilitará que usuários de planos de saúde e médicos denunciem as empresas que recusarem algum procedimento que esteja no rol técnico da ANS. O problema será resolvido em, no máximo, dois dias.

"A reunião teve uma pauta extensa, mas acho que o mais importante dessa discussão é o que chamam de Notificação e Investigação Preliminar (NIP). Essa ferramenta vai auxiliar o usuário de plano de saúde, caso lhe seja recusado algum procedimento. O usuário poderá procurar a ANS, através do site, para que o problema seja resolvido mais rapidamente, no máximo em um ou dois dias. O próprio médico também pode fazer a denúncia, se propuser um procedimento que a operadora esteja negando", afirma o vice-presidente da FENAM

Segundo Erivalder, dessa forma também será possível monitorar as operadoras de saúde para que não repitam o embargo aos procedimentos médicos sem as punições adequadas. "A punição aplicada, normalmente, vem em forma de multa. Nós contestamos isso porque as operadoras recorrem, e nesse processo cria-se apenas uma demanda e nunca, efetivamente, a ANS recolhe esse dinheiro", acentuou o dirigente.

Fonte: FENAM

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Comissão define temas que serão debatidos durante o XII ENEM

Os representantes das três entidades médicas nacionais – FENAM, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira – que formam a Comissão Pró-SUS, responsável pela coordenação de programação do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (ENEM), definiram os temas que serão debatidos durante o evento, que acontece em Brasília, nos dias 28, 29 e 30 deste mês. Entre eles estão o ensino médico no Brasil, mercado de trabalho e remuneração, e SUS (Sistema Único de Saúde), políticas de saúde e relação com a sociedade.

Em reunião realizada na sede da AMB, em São Paulo, no último dia 29, os organizadores da programação decidiram ainda que este ano haverá a formação de grupos de trabalho, que irão elaborar propostas a partir dos assuntos que vão ser discutidos. O secretário de Saúde Suplementar da FENAM, Márcio Bichara, que participou do encontro, disse que a criação desses grupos possibilita discussões mais aprofundadas sobre os temas do evento.

"Antes, como não havia grupo de trabalho, as propostas eram feitas nas plenárias. Mas como são muitos delegados, há muitas propostas a apresentar e muita gente acabava ficando sem falar. Agora, vamos dividir em dez grupos, com delegados das três entidades médicas, para que possamos debater e aprofundar os temas, levá-los à plenária final, e, assim, elaborarmos a Carta de Brasília (documento oficial do ENEM, que contém as propostas aprovadas no encontro). Essa é a grande mudança deste ENEM", assinalou Bichara.

Os três presidentes das entidades médicas nacionais participaram da reunião: Cid Carvalhaes, presidente eleito da FENAM, José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, e Roberto D’Ávila, presidente do CFM.

Os temas e sub-temas escolhidos para o ENEM são os seguintes:

O ensino médico no Brasil
- A formação médica
- Escolas médicas (sistemas de avaliação, hospitais de ensino, abertura indiscriminada, necessidade social, currículo, exame de habilitação)
- Residência médica (médicos generalistas x médicos especialistas, ampliação de vagas da Comissão Nacional de Residência Médica, residência multiprofissional)
- Revalidação de diploma: prova de habilitação, papel do Ministério da Educação e das universidades públicas
- O trabalho médico no Brasil, a importância da carreira médica no SUS e a carreira de estado.

Mercado de trabalho e remuneração

- PCCV, carreira de estado, carreira pública (propostas do PCCV/FENAM, PEC 454/09 sobre carreira de estado, proposta do Ministério da Saúde, salário mínimo profissional e serviço civil obrigatório)
- Trabalho médico no SUS (precarização, terceirizações, contratualizações, tabela SUS, código 7)
- Trabalho médico na saúde suplementar (papel da ANS, TISS, CBHPM, honorários, PLS 276/04 sobre contratualização obrigatória e reajuste anual)

SUS, políticas de saúde e relação com a sociedade
- Financiamento SUS (regulamentação da Emenda 29, subfinanciamento da saúde, relação entre público e privado)
- Gestão do SUS (administração direta, cooperativas, fundações, OSCIPs e OSs)
- Relação dos médicos com a sociedade (relação com a mídia, relação com o judiciário, participação dos médicos no controle social).


Fonte: FENAM

quinta-feira, 1 de julho de 2010

HC faz operação em bebê fora do útero, ainda ligado ao cordão umbilical

Do Site da RPC

A técnica utilizada foi a Terapia Intra-parto Fora do Útero. Era inédita no Brasil e foi feita cerca de 400 vezes no mundo, segundo o Hospital de Clínicas (HC)

Um procedimento inédito no Brasil foi feito no Hospital de Clínicas e salvou a vida de um bebê prematuro. A criança tinha um problema na traqueia e não resistiria ao parto, pois não conseguiria respirar. O bebê foi submetido a uma traqueostomia fora do útero no sábado (26), ainda ligado ao cordão umbilical. A técnica utilizada foi a Terapia Intra-parto Fora do Útero e foi feita cerca de 400 vezes no mundo, segundo o Hospital de Clínicas (HC).

O problema foi diagnosticado ainda em Telêmaco Borba - cidade da mãe do bebê, Paula Regina Pontara, 33 anos. Ela passou a ser acompanhada pelo HC a partir da 28ª semana de gestação.

A mãe entrou em trabalho na 34ª semana de gestação e os médicos tentaram realizar a traqueostomia no bebê parcialmente fora do corpo da mãe. O procedimento não deu certo porque o bebê estava sentado.

Os médicos então fizeram a operação após a cesariana, porém o cordão umbilical não foi cortado, para que a criança continuasse respirando por meio do cordão. “A criança foi mantida sobre as pernas da mãe, estando a placenta ainda colada ao corpo do útero. Somente depois foi feito o corte do cordão umbilical”, explicou o médico cirurgião Marcelo Stegani.

O bebê segue internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do HC e não havia previsão de alta. A menina passava bem e ainda respirava com a ajuda de aparelhos. Ela terá que passar por uma nova cirurgia. “Geralmente, nesses casos, somente depois de um ano de vida, é que a paciente poderá passar por uma cirurgia corretiva definitiva de via aérea para, enfim, tirar a traqueostomia”, afirmou Stegani. A mãe recebeu alta no sábado (26).

Medicamentos produzidos no Paraná atenderão todo o País

Da Agência Estadual de Notícias.

O Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI), unidade da Secretaria de Saúde, enviou nesta quarta-feira (30) um lote com 9.140 frascos de medicamentos estratégicos ao Ministério da Saúde. São soros contra a picada de aranha-marrom, materiais utilizados para esterilização de materiais e para o diagnóstico da Leishmaniose.

“O CPPI, sem dúvida, já é referência no envio destes insumos que são utilizados em todo o Brasil. Recentemente uma equipe de profissionais da Argentina veio até o Paraná somente para aprender técnicas com a equipe do centro, o que a apenas comprova a sua excelência”, lembrou o secretário da Saúde, Carlos Moreira Júnior.

O lote enviado ao Ministério da Saúde contém 3.790 frascos do Soro Antiloxoscélico utilizado no tratamento de pessoas picadas pela aranha-marrom, 2.300 frascos do Antígeno de Montenegro utilizado para o diagnóstico da “Leishmaniose Tegumentar Americana” e mais 3.050 frascos do Esteriteste, um indicador biológico para monitoramento de esterilizações de materiais cirúrgicos, evitando infecções hospitalares.

“Provavelmente o Soro Antiloxoscélico será destinado à Região Sul onde historicamente ocorrem mais casos de picadas por aranha-marrom, já o Esteriteste deve ter uma distribuição proporcional ao número de casos de infecção hospitalar no país” explicou o diretor do CPPI, Rubens Gusso.

Os produtos seguiram em caminhão refrigerado com controle de temperatura, atendendo às determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para transporte de produtos destinados à saúde humana.

O CPPI, localizado em Piraquara, é um dos quatro laboratórios públicos brasileiros a produzir soros antipeçonhentos e o único a produzir o soro antiloxoscélico.

ARANHA-MARROM - Embora o número de acidentes com animais peçonhentos, principalmente com aranha-marrom, seja maior no verão, o animal pode estar presente nas casas o ano inteiro, por isso o trabalho de prevenção é feito continuamente.

A população deve tomar cuidados básicos que podem evitar acidentes com este tipo de animais. “É importante manter residências bem arejadas e principalmente evitar o acúmulo de qualquer material nos quintais de casa”, advertiu a chefe da divisão de Zoonoses da secretaria, Gisélia Rubio.

Neste ano, já foram notificados 2.200 casos de picadas por aranha-marrom no Paraná, sendo que a 2ª Regional de Saúde (Curitiba) registrou mais casos, com 1.354 casos e só o município de Curitiba já notificou 772 casos.