quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Saúde prepara política de atendimento para portadores de doenças raras

Da Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou ontem (27), véspera do Dia Internacional das Doenças Raras, que vai colocar em consulta pública documentos sobre a elaboração de uma política pública específica para o tratamento de portadores das cerca de 8 mil doenças raras catalogadas e de apoio aos parentes.

O anúncio foi feito no 3º Seminário sobre o Dia Mundial das Doenças Raras, coordenado pelo deputado federal Romário (PSB-RJ). Durante o evento, diversas entidades relacionadas a essas doenças cobraram do Ministério da Saúde ações específicas para cerca de 15 milhões de brasileiros que sofrem com as doenças raras. Ações nas áreas de informação, pesquisa e diagnóstico foram cobradas pelas entidades.

O ator Luciano Szafir, irmão de Alexandra Szafir, portadora de esclerose lateral amiotrófica, relatou como é ter um parente portador de doença rara. Ele disse, emocionado, que a sua irmã, aparentemente saudável, depois de sentir dores no joelho, teve o diagnóstico dessa doença, que dá uma estimativa de cinco anos de vida ao portador depois que os sinais aparecem.

Segundo Szafir, mesmo com a família tendo condições financeiras de ir aos melhores médicos, o diagnóstico da irmã, que convive há oito anos com a doença, demorou muito a chegar. “Hoje ela já não fala, não se mexe, fica na cama o tempo todo, respira por aparelhos e come por meio de sonda”, declarou. Na avaliação do ator, essas doenças são devastadoras para as famílias.

O deputado Romário, que tem uma filha portadora de síndrome de Down, reclamou da falta de definição sobre uma política em relação às doenças raras pelo Ministério da Saúde e da ausência de informação no sistema de saúde. Apesar de a síndrome de Down não ser considerada uma doença rara, Romário tem atuado a favor da causa no Congresso. “Só quem passa por isso sabe como é aflitivo não saber onde tem tratamento para a sua doença. Falta pesquisa, e não só sobre medicamentos, falta identificar quantas pessoas [são portadoras de doenças raras] e como vivem. Só assim o país vai ter uma rede eficaz de atendimento”, ressaltou, acrescentando que o Brasil está atrasado em relação ao Chile e à Argentina na atenção às doenças raras.

A ideia do Ministério da Saúde é criar uma rede de atendimento integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS). José Eduardo Fogolin, coordenador-geral de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, informou que a política a ser criada prevê a instalação de centros especializados e que os cuidados vão além do tratamento da doença. Os pacientes e seus parentes deverão ser acolhidos pelo sistema de saúde. “Estruturar a rede é o primeiro passo. Primeiro vamos definir o acolhimento e onde o paciente vai ser atendido”, declarou. Ele ressaltou que a área de pesquisa não vai ser esquecida.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Barbano, espera publicar até o próximo mês uma norma para agilizar a aprovação de medicamentos para o tratamento das doenças raras. Ele informou ainda que a Anvisa vai adotar um modelo de regulação que permita aos pacientes usar medicamentos que ainda estão na fase de estudo, conhecido como programa de uso compassivo.

Oportnidade para médico do trabalho temporário em Curitiba

Médico/a com experiência em Medicina do Trabalho e com disponibilidade para atuar na região do Parolin em empresa de grande porte.
Horário de Trabalho:08:00 ás 12:00 hrs ou da 13:30 ás 17:30 hrs de segunda á sexta-feira .

Vaga temporária por 30 dias para cobrir férias de outro profissional.

Requisitos:
Superior completo em Medicina,com experiência especifica em Medicina do Trabalho.
Aceitável recém formado com experiência exigida.
Salário compatível com a função mais benefícios.
Interessados encaminhar currículo com pretensão salarial para e-mail: Christiane@rhnossa.com.br


Oportunidade para Médico Examinador e Clínico Geral

A ERGON MED está cadastrando médicos para 2013, para desempenhar a função de Medico Examinador (Medicina do Trabalho) e Clinico Geral, no horário das 08h00 as 12h00 de Segunda a Sexta, nas unidades de Curitiba / Colombo / Pinhais. Remuneração R$: 50,00 por hora trabalhada nos primeiros 45 dias (corrido), após R$: 60,00 por hora será feito contrato de prestação de serviços.

Requisitos: Pontualidade, Compromisso, Carimbo, Estetoscópio, Esfigmo - Pode ser recém formado.
Interessados enviar curriculum para:
contato@ergonmed.com.br/ ergonmed@hotmail.com

0xx41 – 3059 0033 / 0xx41 – 9685 0273

A/C Luiz ou Lore.

Oportunidade para psiquiatras em Curitiba

Contrata-se médico/a com experiência e especialização em psiquiatria. Para acompanhamento de pacientes em tratamento psiquiátrico. Atendimentos aos familiares, grupos e trabalho em equipe.

Candidato organizado, compromissado, disciplinado, que tenha liderança em equipes, com conhecimento de condutas em urgência médicas e psiquiátricas. Triagem para internamento psiquiátrico atendimento a intercorrências clínicas e psiquiátricas nas unidades do hospital. Jornada de 20h semanais.

Benefícios: Salário + VT + refeição no local + plano de saúde e odontológico por adesão + cartão senff de alimentação R$ 200,00 + convênio com farmácias NISSEI.

Interessados enviar currículo para o e-mail fvagas2012@hotmail.com ou voces.sa2012@gmail.com com o NOME DA VAGA NO ASSUNTO, ou comparecer no endereço Al. Cabral, 300 - Centro - Curitiba.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SIMEPAR conquista vitória em ação cobrando horas-extras

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) obteve nesta última terça-feira, dia 26, mais uma vitória em favor dos médicos, junto ao Tribunal Regional do Trabalho do Paraná. Os médicos empregados do Hospital da Cruz Vermelha tiveram reconhecido seu direito ao recebimento das horas-extras excedentes da oitava diária. Como se sabe, a esmagadora maioria dos médicos que trabalham em Hospitais está sujeita a jornadas de 12h consecutivas, no mínimo, em escalas de plantão. Porém, nenhum Hospital remunera corretamente tal jornada, pois não efetuam pagamento de horas extras em favor de seus médicos empregados.

Na defesa da categoria, o Sindicato propôs ações coletivas contra vários hospitais de Curitiba. Essa foi a primeira decisão do Tribunal Regional do Trabalho, em segundo grau, no Paraná, reconhecendo o direito dos médicos. Outros hospitais já foram condenados em primeiro grau e recorreram.

Na opinião da Dra. Ana Paula Pavelski, advogada do Sindicato e que atuou no processo nesta última terça-feira, o Tribunal Regional do Trabalho proferiu importante decisão, trilhando caminho no sentido de proteger os empregados que trabalham em sistema de escalas de 12h e 24h, sem autorização prevista em acordo ou convenção coletiva de trabalho.

Deputado Gilberto Martin visita o SIMEPAR e se reúne com a diretoria do Sindicato

Da esquerda, Drs. Brasil Vianna Neto, Marlus Volney de Morais; José Ferreira Lopes (Dr. Zequinha), José Valêncio de Almeida, Gilberto Martin, Mario Ferrari, Darley Rugeri Wollmann Jr. e Sidon Mendes de Oliveira.

O Deputado Estadual Gilberto Martin (PMDB) esteve nesta terça-feira na sede do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná reunido com os diretores do Sindicato. Gilberto Martin é médico sanitarista, foi prefeito de Cambé, secretário estadual de Saúde no Governo Requião e assumiu a cadeira de deputado estadual em janeiro deste ano.

Na reunião, o Deputado manifestou apoio a uma série de bandeiras dos médicos defendidas pelo SIMEPAR, em especial a carreira de estado para médicos como a única saída para solucionar a falta de médicos nos pequenos municípios do interior do Estado. Também mostrou preocupação com o subfinanciamento do SUS, posicionando-se favorável ao aumento dos investimentos da união para melhorar a saúde pública.

O Dr. Mario Ferrari, diretor de saúde da CTB e diretor financeiro da FENAM, e que está licenciado da presidência do SIMEPAR, entregou ao Deputado uma cópia do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos elaborado pela Federação Nacional dos Médicos em Parceria com a FGV. O Deputado se comprometeu a encaminhar esse debate no âmbito do legislativo estadual, com a participação do SIMEPAR, do CRM e da AMP.

O SIMEPAR também protocolou cópia do PCCV da FENAM para o Secretário Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Reinhold Stephanes; Secretário de Saúde,  Michele Caputo Neto; e para a Secretária da Administração e Previdência,  Dinorah Botto Portugal Nogara solicitando audiência para sensibilizar o Governo do Estado a implantar um plano atrativo que fixe os médicos no serviço público e distribua geograficamente para que nenhum municípios fique sem atendimento.



terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

SIMEPAR manifesta preocupação com antecipação de julgamentos dos profissionais do Hospital Evangélico

A Diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná vem a público manifestar preocupação com a investigação e com as prisões de médicos e demais profissionais do Hospital Evangélico. Na visão do Sindicato, é preciso cautela na investigação e principalmente na divulgação de suspeitas sem a devida comprovação.

As acusações, se não forem comprovadas, poderão causar danos irreparáveis na vida dos profissionais supostamente envolvidos, e na imagem pública do Hospital Evangélico, um dos mais importantes do Paraná.

O SIMEPAR se solidariza com os integrantes do Corpo Clínico e demais profissionais do Hospital Evangélico, que já vêm sofrendo os efeitos da crise financeira do Hospital, e não merecem ter sua credibilidade profissional maculado por esses eventos.

Inquérito
O Sindicato protocolou, na última terça-feira, pedido de habilitação e acompanhamento do Inquérito Policial que investiga a morte de pacientes no Hospital Evangélico de Curitiba. Além de conhecer a situação de precariedade financeira e estrutural pelo qual vem passando o Hospital, o que pode contribuir com as investigações, o Sindicato tem por fim defender a categoria profissional, atuando de modo a evitar que médicos inocentes tenham sua honra maculada por acusações injustas

Número de casos de dengue triplica no país

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

Ministério da Saúde confirma 204 mil doentes e cinco estados em situação de epidemia: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Acre, Tocantins e Goiás.

O número de casos de dengue triplicou em 2013 quando comparado com o mesmo período do ano passado. Até 16 de fevereiro, foram confirmados 204.650 pacientes com a doença. Em 2012 foram 70.489. A epidemia já atinge cinco estados: Acre, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. “A luta está só começando”, advertiu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Isso porque o período de maior transmissão da doença vai até maio. “Temos um risco de enfrentar este ano uma epidemia maior do que a registrada em 2012”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa

O secretário acha difícil, no entanto, que os números sejam semelhantes àqueles registrados em 2010, quando foram contabilizados quase 1 milhão de pacientes com a doença. Além do aumento de casos, o número de cidades com altos índices de criadouros do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, cresceu de forma significativa. O mais recente Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) mostra que, em janeiro, 267 municípios apresentavam situação de risco para a dengue. Ano passado eram 146.

Padilha afirmou ser preciso redobrar as ações de prevenção, sobretudo nos locais de maior risco para a doença e no Nordeste. O ministro atribui o crescimento de casos a uma série de fatores: o aumento das chuvas em alguns locais, o agravamento da seca, em outros. Para ele, no entanto, um dos principais fatores é o Den-4, um subtipo do vírus da dengue que, depois de mais de 25 anos, voltou a circular no país em 2010. “Ele não é mais perigoso. Mas como o retorno é recente, há uma parte significativa da população suscetível a ele”, explicou Barbosa. Das amostras analisadas, 52,6% são deste sorotipo. No ano passado, o Den-4 também foi responsável pelo maior número de infecções: 59,3%.

Menos mortes

Padilha afirmou que, apesar do aumento do número de infecções, o número de casos graves caiu 44% e de mortes, 20%. Até 16 de fevereiro, foram 324 casos graves, ante 577 registrados no mesmo período de 2012. As mortes caíram de 41 para 33.

Despesas de planos de saúde sobem mais que inflação

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

Custos médico-hospitalares dos planos de saúde individuais cresceram 16,4% nos doze meses encerrados em junho de 2012 na comparação com igual período do ano anterior.

Os custos médico-hospitalares dos planos de saúde individuais cresceram 16,4% nos doze meses encerrados em junho de 2012 na comparação com igual período do ano anterior. O dado inédito foi calculado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e representa um aumento 2,7 vezes maior do que a variação da inflação medida pelo IPCA no mesmo espaço de tempo, que foi de 6,1%.

O chamado Índice Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) registrou nesta edição o valor mais alto desde 2007, quando começou a medição pelo IESS. Para o cálculo do indicador são levadas em conta despesas per capita que as operadoras têm com consultas, exames, terapias e internações de beneficiários em planos individuais de saúde. O índice não considera planos coletivos, que são aqueles contratados por empresas para seus funcionários.

A variação dos custos médicos, de acordo com o IESS, é historicamente maior do que a da inflação como um todo em diversos países. Apesar disso, o instituto destacou que nunca houve uma diferença tão alta quanto a registrada agora, de mais de 10 pontos porcentuais.

A maior alta de custos entre os diferentes procedimentos médicos considerados ocorreu nas internações, cujas despesas subiram 16 6% no período pesquisado. Os custos com terapias subiram 15,1%; as consultas saíram 13,3% mais caras e os exames, 9,8%. Pesam para o aumento do índice não só a alta de preços de produtos associados aos serviços de saúde prestados, mas também o acréscimo da frequência de utilização por parte dos beneficiários dos planos.

Envelhecimento

O envelhecimento da população que utiliza os planos de saúde é um dos fatores que pesam sobre os custos. O IESS destacou que houve aumento de 1,7% na participação de beneficiários acima de 59 anos nos planos individuais. A amostra indicou que a proporção de idosos nos planos de saúde é maior do que na população em geral. A pesquisa calculou que 23,5% dos beneficiários têm mais de 59 anos, enquanto esse porcentual no total da população brasileira é de 10,8%, de acordo com o Censo 2010.

Também houve crescimento do número de crianças e adolescentes utilizando planos. Na faixa dos 0 a 18 anos, ocorreu acréscimo de 1,5% entre os beneficiários. Grupos de crianças e idosos são os que mais utilizam os serviços de saúde na comparação com outras faixas de idade, de acordo com o IESS.

Cresce o número de municípios com risco de dengue

Da Agência Brasil

O mês de janeiro registrou 267 municípios com risco de incidência de dengue em todo o país, entre eles as capitais do Tocantins, Palmas, e de Rondônia, Porto Velho. No mesmo período do ano passado, esse número era 146. Os dados constam do levantamento Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa) divulgado hoje (25) pelo Ministério da Saúde.

O levantamento mostra ainda que também cresceu o número de municípios em situação de alerta para a incidência de doença. Eles passaram de 384 para 478. As cidades de Belém (PA), Fortaleza (CE) e do Rio de Janeiro (RJ) estão nessa lista.

A pesquisa é feita em 983 municípios com base nos os focos de reprodução do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, encontrados. "O Liraa permite que cada município tenha uma fotografia de onde está o mosquito e [deve] combinar isso com aquilo que pode salvar vidas", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O Brasil, com 204.650 casos de dengue, registrou nas sete primeiras semanas de 2013 um índice de 105,5 casos da doença por 100 mil habitantes, enquanto no mesmo período de 2012 foram 36,3. A região brasileira com maior incidência da doença em 2013 é o Centro-Oeste, que apresentou 561,4 casos por 100 mil habitantes. A Região Nordeste, com 22 casos por 100 mil habitantes, foi a que teve a menor incidência.

O levantamento constatou que a Região Sul não teve incidência de dengue autóctone, ou seja, casos em que a infecção ocorreu no próprio município.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Contribuição Sindical vence dia 28 de fevereiro, esclareça suas dúvidas

Todos os médicos com CRM ativo devem quitar a Contribuição Sindical, com exceção de militares com atuação exclusiva nas Forças Armadas. Trata-se de um tributo federal de exigência legal para a integração à categoria profissional dos médicos e para o exercício legal da medicina.

A quitação pode ser feita até o dia 28 de fevereiro, proporcionando vantagem financeira porque dispensa os médicos assalariados do desconto da Contribuição Sindical em folha no mês de março, na maioria dos casos superior ao valor da GRCSU.

Se você ainda não quitou a Contribuição Sindical e precisa da Guia para poder quita-la, clique aqui.

Vale lembrar que muitos médicos(as) possuem mais de um vínculo empregatício e todos os empregadores farão o desconto caso o(a) Colega não apresente a GRCSU quitada.

Após a quitação, o(a) Colega assalariado, deverá protocolar cópia da guia quitada no departamento de recursos humanos de cada empregador, requerendo que este não realize o desconto em folha de pagamento. Além disso, o pagamento através da GRCSU poderá ser deduzido do Imposto de Renda por Livro Caixa, o que não é possível quando há o desconto em folha.

Há também os empregadores que fazem o desconto da Contribuição Sindical dos médicos em folha de pagamento e repassam para sindicatos que representam outras categorias profissionais, muitas vezes da área da saúde; categorias que atuam contra os médicos, por exemplo, com campanhas contra a lei do ato médico.

O SIMEPAR publica o Aviso de Recolhimento da Contribuição Sindical em jornal de circulação estadual conforme determina a legislação. Você pode ler esse documento no sítio do SIMEPAR: www.simepar.org.br. No Aviso, o SIMEPAR esclarece que: “A falta de recolhimento da Contribuição Sindical até a data de vencimento constituirá o profissional em mora e o sujeitará, além das demais sanções legais, ao pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT.”

Em caso de dúvidas entre em contato com o SIMEPAR por e-mail: tesouraria@simepar.com.br, ou pelo telefone (41) 3338 8713. Atualize seus dados junto ao nosso cadatro em: www.simepar.org.br/cadastro.

CRM publica nota sobre investigações no Hospital Evangélico

NOTA DE ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE
Desdobramentos das investigações no Evangélico


O Conselho Regional de Medicina do Paraná, em virtude dos novos fatos noticiados, vem a público mais uma vez informar que nunca lhe foi oferecida denúncia envolvendo uma das UTIs do Hospital Evangélico, inclusive das pessoas que ora se manifestam. Da mesma forma, não foi cientificado e nem teve acesso à fase investigatória promovida pelas autoridades competentes. Esta Casa já instou o departamento de Polícia e aguarda a entrega dos autos com a finalidade de instruir sindicância, já aberta, visto tratar-se de um caso que tramita em segredo de justiça.

Até onde temos ciência, trata-se de um caso específico e isolado. Assim, o CRM-PR manifesta:

1) A confiança no corpo clínico da instituição, que durante décadas luta pelo bem-estar de toda a sociedade paranaense.

2) A necessidade de se preservar a história do Hospital Evangélico, que é referência em diversas áreas, sendo fundamental sua participação especialmente no atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde de nosso Estado.

3) A atitude ética da classe médica, que em suas ações diárias reafirma o compromisso com a vida.

Conselho Regional de Medicina do Paraná
Alexandre Gustavo Bley, Presidente

Senador sugere carreira de Estado como solução para distribuir médicos pelo país

O senador Paulo Davim (PV-RN) defendeu em Plenário nesta terça-feira, dia 19 de fevereiro, a criação de uma carreira de Estado para os médicos do país. O senador contestou a afirmação de que não há médicos suficientes para atender à população brasileira e explicou que o problema não está no número de profissionais, mas em sua distribuição geográfica.

Paulo Davim citou pesquisa divulgada esta semana pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que mostra a situação dos médicos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece como ideal a média de um médico para cada grupo de mil habitantes. No Brasil, existem 400 mil médicos, em uma média de dois para cada mil habitantes – mais do que exige a OMS.

O problema, apontou o senador, está na distribuição geográfica desses profissionais. A maior parte deles se concentra no centro-sul do país. O Distrito Federal, por exemplo, tem quatro médicos por grupo de mil habitantes. O Rio de Janeiro tem 3,6. Em São Paulo, a média é de 2,6 profissionais por mil habitantes.

Já no Nordeste, essa média cai para 1,2 médicos para cada mil brasileiros e, no Norte, existe apenas um médico para cada grupo de mil.

Davim acrescentou ainda que, todos os anos, ingressam no mercado de trabalho entre seis mil a oito mil novos médicos. O Brasil possui 167 faculdades de Medicina, sendo o segundo país em número de escolas – na frente de países como China, Canadá, Estados Unidos e França e atrás apenas da Índia.

“A má distribuição traz problemas graves para a saúde publica do Brasil. Quando tivermos uma carreira de estado não vai faltar médico no interior deste país, como não falta juiz ou promotor de justiça“, defendeu o senador, destacando que hoje o médico precisa confiar nas promessas da prefeitura sobre seu salário, que, às vezes, deixa de ser pago por falta de verba.

Ele argumentou que é preciso criar uma carreira de Estado para os médicos da rede pública, a exemplo do que é feito no Judiciário, como forma de assegurar aos médicos progressão profissional à medida que atuem no interior do país. Outra medida a ser tomada pelo governo, defendeu, é a oferta de vagas de residências médicas proporcional às necessidades de cada região. Se no Norte faltam pediatras, lá seriam ofertadas a maior parte das vagas de residência em pediatria. Se no Nordeste há poucos ginecologistas e obstetras, para lá seriam reservadas as residências nessas áreas.

“Eu defendo a carreira de Estado, é a única saída, não existe outra”, resumiu.


Fonte: Agência Senado

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Câmara pode criar Comissão Especial para analisar financiamento da Saúde

A Frente Parlamentar de Saúde (FPS) vai se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, na próxima terça-feira (26), às 17 horas. No encontro, a bancada da Saúde vai reafirmar a necessidade de instalação de uma Comissão Especial para analisar os projetos de lei 123/2012 e 124/1012, dos deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Eleuses Paiva (DEM-SP), respectivamente, que obrigam a União a investir o equivalente a 10% de suas receitas correntes brutas para financiar as ações e os serviços públicos de saúde.

A ampliação de recursos federais para o setor é um pleito de todos os movimentos sociais, incluindo os Estados e municípios, que têm investido, em sua maioria, mais do que o previsto pela Lei.

A expectativa é que o presidente da Câmara assuma o compromisso de priorizar a Saúde, adotando uma postura de independência e autonomia sobre o assunto. A criação da Comissão Especial também terá o objetivo de receber o projeto de iniciativa popular que ainda está colhendo assinaturas dos cidadãos brasileiros, exigindo que a União invista em Saúde 10% de suas receitas correntes brutas. O projeto, que foi lançado há um ano, por iniciativa da Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Nacional de Medicina (ANM) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já conta com mais de 700 mil assinaturas e deve chegar ao mínimo necessário de 1,5 milhão de participações até abril, quando a proposta deve ser entregue à Câmara.

Fonte : Política e Poder via FENAM

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Oportunidade para médicos em diversos municípios

Ama Consultoria e Gestão em Saúde está buscando médicos para realização de exames clínicos ocupacionais em empresa com unidades em vários municípios do Paraná. Não é necessário a especialização em medicina do trabalho, porque a empresa possui médico coordenador.

O horário e a jornada é flexível e pré agendado como profissional.

Interessados podem enviar currículo para paula@amars.com.br

Em caso de dúvidas ligar para 51- 3217 3434 falar com Paula ou Pâmela.

Plano de saúde especial para os médicos associados ao SIMEPAR

Grávidas serão vacinadas contra coqueluche a partir do segundo semestre deste ano

Da Agência Brasil

Mulheres grávidas vão passar a receber a vacina contra a coqueluche a partir do segundo semestre deste ano. A inclusão da DTPa (vacina tríplice acelular que protege contra difteria, tétano e coqueluche) ao calendário de imunização da gestante quer garantir que o bebê já nasça com alguma proteção contra a doença, evitando que a infecção ocorra antes dos 6 meses de idade.

Por meio de nota, o Ministério da Saúde explicou que negocia com dois produtores internacionais a aquisição das doses, com a possibilidade de transferência de tecnologia. Outra estratégia do governo é alertar os profissionais de saúde para que o diagnóstico da coqueluche seja feito de maneira precoce e que o tratamento adequado com antibióticos seja prescrito.

Ainda segundo a pasta, países europeus e os Estados Unidos têm registrado aumento de casos da doença desde 2010 – sobretudo entre crianças menores de 6 meses, que ainda não estão protegidas por completo pela vacina pentavalente.

“Outro ponto a ser considerado é que nem a vacinação nem a infecção conferem imunidade a longo prazo. Infecções em adultos podem acontecer. Por isso, a vacinação da gestante pode também evitar que ela seja a fonte de infecção para o seu filho, no período de vida em que ele ainda não esteja devidamente imunizado”, informou o ministério.

Dados do governo federal indicam que, em 2011, foram registrados 2.258 casos de coqueluche no Brasil. Desse total, 70% foram em menores de 1 ano. Em 2012, o número passou para 4.453 casos (aumento de 97%), sendo que 85% dos registros foram em menores de 6 meses.

Em 2011, 97,8% das crianças foram imunizadas contra a doença. Em 2012, a cobertura vacinal chegou a 88,78% (dados preliminares até novembro). A letalidade pela doença é baixa (2%). Em 2011, foram 56 óbitos. No ano seguinte, 74 mortes foram registradas.

Consumo de medicamento para transtorno de déficit de atenção aumenta 75% entre crianças e adolescentes

Da Agência Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou esta semana estudo mostrando que o uso do metilfenidato, medicamento usado no tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (Tdah), aumentou 75% entre crianças e adolescentes com idade de 6 e 16 anos de 2009 a 2011. Ampliando a faixa etária entre 6 e 59 anos, houve um aumento de 27,4% no mesmo período.

Apesar disso, de acordo com o psiquiatra da infância e adolescência Guilherme Polanczyk, membro da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (Abda), mesmo com o aumento, o consumo do medicamento é insuficiente para suprir as necessidades das crianças que têm esse transtorno no país.

O estudo cita que no primeiro semestre de 2011 houve um consumo médio do metilfenidato entre crianças e adolescentes no Brasil de 19,7 caixas para cada mil crianças. “Por meio de estudos que avaliam o número de crianças que têm a doença no Brasil e considerando que todas as caixas vão para pessoas com Tdah, não mais do que 20% das pessoas estariam recebendo tratamento”, diz Polanczyk. O especialista diz que o medicamento também é usado para outros tratamentos, como depressões mais graves, mas em baixa proporção.

Segundo Polanczyk, que também é professor de psiquiatria da infância e adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, estima-se que no Brasil cerca de 5% das crianças e adolescentes sofrem de Tdah e o aumento do consumo do metilfenidato mostra um “maior reconhecimento e diagnóstico da doença”. Segundo informou a Anvisa, o Tdah afeta de 8% a 12% das crianças no mundo.

O metilfenidato é um medicamento de tarja preta, ou seja, só pode ser comprado com receita médica. A tarja traz o alerta de que o medicamento pode causar dependência física ou psíquica. Segundo o levantamento da Anvisa, entre os prescritores do medicamento, há um predomínio de médicos que se dedicam à assistência à criança e ao adolescente e dos que tratam de distúrbios estruturais do sistema nervoso.

De acordo com a Anvisa, o Tdah é um dos transtornos neurológicos do comportamento mais comuns da infância. Segundo Polanczyk, o Tdah é um transtorno com inicio na infância e que uma boa proporção das pessoas tem uma melhora dos sintomas quando entram na vida adulta, mas alguns permanecem com dificuldades. Entre os adultos cerca de 3% têm Tdah.

João* mora em Brasília, tem 36 anos e recebeu o diagnóstico de que tem Tdah há um ano. “Eu não conseguia ler um livro, nem sobre assuntos pelos quais me interessava. Lia até a quarta página e depois tinha que voltar porque não havia compreendido. Por algumas vezes atravessei rua lendo mensagem no celular totalmente distraído”, diz. Ele toma metilfenidato desde maio de 2012 e percebeu o impacto do remédio na sua vida desde o início. “Agora eu consigo ler um livro normalmente”.

João diz que foram feitos vários testes e exames para saber se ele teria alguma contraindicação com relação ao remédio. “Comecei tomando 5 mg [miligramas], hoje tomo 30 mg por dia e me sinto bem”.

No Distrito Federal, onde foram comercializados em 2011 mais de 114 caixas do medicamento para cada mil crianças, foi registrado o maior consumo de metilfenidato no triênio estudado pela agência. Para a coordenadora do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa, Márcia Gonçalves, o estudo feito contribui para identificar possíveis sinais de distorção de uso dos produtos e no trabalho em estratégias e enfrentamento do problema

Dificuldade de prestar atenção, controlar comportamen­tos impulsivos e, em alguns casos, hiperatividade são alguns dos sintomas de quem tem Tdah. Para a Anvisa, o diagnóstico do Tdah é complicado pela ocorrência de comorbidades (ocorrência simultânea de dois ou mais problemas de saúde em um mesmo indivíduo), como dificuldades de aprendizagem, transtornos de conduta e de ansiedade, e depen­de fortemente de relatos dos pais e professores para ser identificado. Nenhum exame laboratorial confiável faz o diagnóstico desse transtorno.

"É uma doença tratável, a medicina oferece intervenções que melhoram os sintomas e que ajudam bastante no desenvolvimento. Muitas pessoas passam a ser adultos sem Tdah ou com sintomas bem mais leves", disse Polanczyk.

*Foi usado um nome fictício a pedido do entrevistado

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Paraná possui a menor cobertura médica do Sul

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

No estado, taxa é de 1,87 profissional para cada mil moradores. Quantidade de médicos no SUS é a metade da apresentada no país

O Paraná é o estado da Região Sul com a menor proporção de médicos a cada mil habitantes. De acordo com o estudo Demografia Médica no Brasil, feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o estado conta com 19.813 profissionais para atender uma população superior a 10,5 milhões de habitantes – média de 1,87 médico para cada mil moradores. O Paraná é o 8.ª no ranking nacional, à frente de Goiás e Mato Grosso do Sul. Já a taxa de médicos por habitantes no Sistema Único de Saúde (SUS) é a metade da taxa média apresentada no país. Enquanto nos serviços públicos a razão é de um 1,11 médico para cada mil habitantes, a relação geral é de 2 para cada mil.

“Para um sistema de saúde público e universal, a presença de médicos no SUS é insuficiente”, avaliou o coordenador do trabalho, Mário Scheffer. A meta do governo federal é atingir a média de 2,5 médicos para cada mil habitantes até 2020. “Mas sem atrair e fixar médicos em cidades menores essa meta não surtirá efeito prático desejado”, avalia o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Alexandre Bley.

Sempre atrás

Na última pesquisa do CFM, divulgada no final de 2011, o Paraná já estava atrás dos estados vizinhos, com uma proporção de 1,82 médicos a cada mil moradores.

Se levar em consideração somente o número de médicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS) o Paraná também perde para os estados vizinhos. Com um total de 11.252 médicos profissionais, uma média de 1,06 profissional a cada mil habitantes, o estado está atrás de Santa Catarina (1,13) e Rio Grande do Sul (1,40). No ranking nacional, o Paraná é o 10.º colocado em índices de médicos que atuam no SUS para cada grupo de mil moradores. “Isso acontece devido à falta de perspectiva de crescimento na rede pública”, afirma Bley.

Segundo o estudo, a maioria dos médicos está nas capitais, o que aumenta a desigualdade na concentração de profissionais. Nove capitais têm mais de cinco médicos por mil habitantes. O fenômeno se repete no sul do país: todas as capitais da região têm razão de médicos registrados acima da média nacional e superam as médias de seus estados. “Precisamos de um programa de regionalização para atrair os médicos a outras cidades”, aponta Bley.

COMSU convoca as entidades médicas para sua reunião ampliada

A Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU) convoca as entidades médicas para sua reunião ampliada, a ser realizada no dia 1º de março, na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), em São Paulo.

Além de ser uma grande oportunidade para atualizar as informações do movimento em todo o país, também serão avaliadas as estratégias e o cronograma de atividades para o ano de 2013.

É importante lembrar que os encontros da COMSU têm sido fundamentais para retomar a articulação das representatividades médicas locais e nacionais quanto aos principais assuntos da Saúde Suplementar e sua relação com os médicos e a sociedade.

A FENAM, o CFM e a AMB reforçam que a presença da representação de cada entidade e suas contribuições são de grande valor para o êxito da luta da categoria.

Fonte : Imprensa FENAM, CFM e AMB

Prefeituras são obrigadas a repassar contribuição sindical de médicos ao SIMEPAR

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná vem acionando judicialmente uma série de municípios para que façam o repasse da contribuição sindical descontada dos médicos para o SIMEPAR que é o Sindicato que representa os médicos. Até o momento foram acionados quinze municípios dos quais em cinco o SIMEPAR já obteve sentença favorável. Outros municípios serão acionados nos próximos meses.

Em todas as ações a fundamentação é, basicamente, que o SIMEPAR representa toda a categoria, independentemente da atividade preponderante do empregado. Ou seja, antes de ser servidor público o profissional é médico, contratado para exercer a medicina.

A questão da representatividade e do financiamento são importantes pois quando um empregador, seja ele público ou privado, desconta a contribuição sindical de um médico e repassa para outro sindicato; o médico acaba, sem querem, por financiar sindicatos que são contra os médicos, lutando contra a lei do ato médico, entre outras questões.

Para evitar essa distorção, os médicos podem quitar a contribuição sindical diretamente para o SIMEPAR até o dia 28 de fevereiro e depois protocolar cópia da guia quitada no(s) seu(s) empregador(es) para que não seja descontado novamente.  

Para solicitar a guia da contribuição sindical do SIMEPAR, clique aqui.

Orientação: Desconto da Contribuição Sindical em Folha de Pagamento

Modelo de requerimento para protocolar nos empregadores

Os(as) médicos que já quitaram a Contribuição Sindical através da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU), enviada pelo SIMEPAR, devem protocolar cópia dessa guia quitada nos departamentos de recursos humanos das empresas e/ou órgãos públicos em que trabalham para evitar novo desconto.

Fique atento, pois o desconto em folha ocorre no mês de março.

Junto com a cópia da guia quitada, cada médico deve protocolar um requerimento com o seguinte teor:

REQUERIMENTO

Ilmo(a) Sr(a). Chefe do Departamento de Recursos Humanos

Nome completo, Endereço, CRM, RG, CPF.
Vem mui respeitosamente solicitar a isenção do desconto automático em folha de pagamento da Contribuição Sindical anual, por razão de já ter recolhido esse tributo através da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) em favor do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná, conforme cópia da guia quitada em anexo.

Nestes termos, pede deferimento.

Curitiba, _______ de março de 2013

Assinatura

Espanhóis manifestam contra privatização da saúde

AE - Agência Estado

Grandes manifestações estão ocorrendo em mais de uma dezena de cidades da Espanha neste domingo em protesto contra os planos do governo de parcialmente privatizar o sistema público de saúde. Alguns manifestantes questionam os motivos do governo para fazer isso.

Em Madri e Barcelona milhares de pessoas participaram da terceira "onda branca" deste ano, nome dado aos protestos em razão da vestimenta médica usada por muitos dos manifestantes.

A saúde e a educação são administradas pelos governos das 17 regiões autônomas da Espanha e algumas endividadas, como Madri, anunciaram a privatização parcial dos serviços. Alguns usuários suspeitam que o movimento deve-se a razões políticas e não tem como objetivo a redução de custos. As informações são da Associated Press.

A um passo de ter 400 mil médicos, o Brasil atinge taxa de 2 profissionais por grupo de 1.000 habitantes


O número de médicos em atividade no Brasil chegou a 388.015 em outubro de 2012, segundo registros do Conselho Federal de Medicina (CFM). Com este número, se estabelece em nível nacional uma razão de 2 profissionais por grupo de 1.000 habitantes, confirmando-se assim uma tendência de crescimento exponencial da categoria que já perdura 40 anos.

Entre 1970, quando havia 58.994 profissionais, e o último trimestre de 2012, o número de médicos saltou 557,72%. O percentual é quase seis vezes maior que o do crescimento da população, que em cinco décadas aumentou 101,84%. O país nunca teve tantos médicos em atividade, devido a uma combinação de fatores: mantém-se forte a taxa de crescimento do número de profissionais mais rápido que o da população, houve abertura de muitos cursos de medicina, com aumento de novos registros (mais de 4% ao ano), mais entradas que saídas de profissionais do mercado de trabalho, perfil jovem da categoria (baixa média de idade), além de maior longevidade profissional (alta média de anos trabalhados).

A perspectiva atual é de manutenção dessa curva ascendente. Enquanto a taxa de crescimento populacional reduz sua velocidade, a abertura de escolas médicas e de vagas em cursos já existentes vive um novo boom, o que sugere aumento significativo no volume de médicos a cada ano. Entre outubro de 2011 e outubro de 2012, foram contabilizados 16.227 novos registros profissionais.

Da mesma forma, houve aumento da razão de médicos por habitante. Em 1980, havia 1,15 médico para cada grupo de 1.000 habitantes no país. Essa razão sobe para 1,48, em 1990; para 1,72, no ano de 2000; atinge 1,91; em 2010; e chega a 1,95 médico por 1.000 habitantes no ano seguinte. O mais recente levantamento mostra que essa razão, em 2012, já é de 2/1.000. Desde 1980 (ao longo de 32 anos), houve um aumento de 74% na razão médico habitante.

É possível observar ainda que desde 1940, o segmento dos médicos tem mantido uma linha de crescimento continua e bem superior ao do restante da população. Isso fica evidente na análise dos números absolutos. Em três décadas - entre 1940 e 1970 -, enquanto a população cresceu 129,18%, o número de médicos passou de 20.745 para 58.994, aumento de 184,38%. Nos trinta anos que se seguiram (de 1970 a 2000), o total de médicos chegou a 291.926, um salto de 394,84%, contra um crescimento populacional de 79,44%. Nos últimos dez anos, até 2010, o efetivo de médicos chegou a 364.757, subindo 24,95% em uma década, contra um aumento populacional de 12,48%.

Um olhar mais aguçado permite ver como estes dados se comportam ano a ano. Por exemplo, em 1982, o crescimento anual do total de médicos foi de 5,9%, enquanto o da população geral ficou em 2,2%, ou seja, quase três vezes superior ao de habitantes. Em 2010, a taxa de crescimento dos médicos alcançou 1,6%, enquanto o da população em geral foi de 0,9% (diferença de 77,8% a mais para o grupo de profissionais).

Mais sete mil médicos a cada ano – Outro fator que contribui para o crescimento do número de médicos, segundo o estudo, é a diferença entre os novos registros de médicos e aqueles que saem, por aposentadoria, óbito e outros motivos, resultando em um crescimento natural dessa população no país. A diferença entre saída e a entrada forma um contingente de profissionais entre 6 e 8 mil novos médicos a cada ano.

O comportamento registrado no Brasil difere do de outras regiões do planeta. Na Europa, o número de médicos que se retiram do exercício profissional é maior por conta da faixa etária mais elevada dos médicos e da tendência de se optar por uma aposentadoria precoce. No Brasil, o grupo de médicos de até 39 anos representa 40,59% do total de profissionais na ativa, indicando uma concentração nas faixas mais jovens – o que sugere um tempo maior de permanência no exercício da profissão.

Fonte : CFM

CFM diz que número de médicos no país é suficiente e defende criação de plano de carreira

Da Agência Brasil

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz D’Ávila, disse hoje (18) que o país conta com um número de médicos suficiente para atender a demanda e cobrou do governo federal a criação de um plano de carreira capaz de atrair profissionais para áreas de menor cobertura, como no interior do país.

Pesquisa divulgada pelo órgão aponta que o Brasil tem atualmente dois médicos para cada grupo de mil habitantes. O Sudeste lidera o ranking com 2,67 profissionais por mil habitantes, seguido pelo Sul, com 2,09, e pelo Centro-Oeste, com 2,05. Já no Nordeste, o índice é 1,23 e no Norte, 1,01. Dos 388 mil médicos no país, 55,5% atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).

D'Ávila criticou medidas sobre a abertura de novos cursos de medicina, anunciada pelo governo federal, e o estímulo a vinda de médicos estrangeiros ou com formação no exterior. “Não me venham com atitudes que são só cosméticas e que não vão resolver o problema”, disse. “Desafio o governo a sentar conosco e debater as ideias da melhor maneira possível”, completou.

Além da criação de um plano de carreira semelhante ao do Poder Judiciário, com possibilidade de educação continuada e dedicação exclusiva, o CFM defende também a a abertura de vagas de residência médica para cada aluno formado em medicina. “É o nosso sonho. Países sérios fazem isso”, concluiu o presidente.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Aluguel de consultório montado na Vila Hauer em Curitiba

Consultório médico montado e mobiliado, com amplas instalações no Bairro Vila Hauer, em Curitiba. Com sala de espera, sala de consultas e demais dependências. Aluguel direto com o proprietário.

Rua Julio Cesar Ribeiro de Souza, 540, esquina com rua Bom Jesus do Iguape.
Contato: 3284 1144 – falar com Daumir Cunha

Médico: A Contribuição Sindical deve ser quitada até 28 de fevereiro

A quitação da Guia enviada pelo SIMEPAR proporciona vantagem porque dispensa os médicos assalariados do desconto da Contribuição Sindical em folha no mês de março, na maioria dos casos superior ao valor da GRCSU.

O SIMEPAR enviou pelo Correio e por Email a Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical Urbana (GRCSU) para quitação da Contribuição Sindical, tributo federal de exigência legal para a integração à categoria profissional dos médicos e para o exercício legal da medicina. Os médicos que possuem e-mail atualizado junto ao SIMEPAR, recebem o mesmo boleto por e-mail. Somente um dos dois deve ser quitado.

A Contribuição Sindical é um importante instrumento de fiscalização do exercício da medicina, ajudando a combater o charlatanismo e outras práticas ilegais que lesam a categoria médica e põem em risco a saúde da população.

A quitação pode ser feita até o dia 28 de fevereiro, proporcionando vantagem financeira porque dispensa os médicos assalariados do desconto da Contribuição Sindical em folha no mês de março, na maioria dos casos superior ao valor da GRCSU.

Vale lembrar que muitos médicos(as) possuem mais de um vínculo empregatício e todos os empregadores farão o desconto caso o(a) Colega não apresente a GRCSU quitada.

Após a quitação, o(a) Colega assalariado, deverá protocolar cópia da guia quitada no departamento de recursos humanos de cada empregador, requerendo que este não realize o desconto em folha de pagamento. Além disso, o pagamento através da GRCSU poderá ser deduzido do Imposto de Renda por Livro Caixa, o que não é possível quando há o desconto em folha. Veja o modelo de requerimento, clique aqui.

Há também os empregadores que fazem o desconto da Contribuição Sindical dos médicos em folha de pagamento e repassam para sindicatos que representam outras categorias profissionais, muitas vezes da área da saúde; categorias que atuam contra os médicos, por exemplo, com campanhas contra a lei do ato médico.

O SIMEPAR publica o Aviso de Recolhimento da Contribuição Sindical em jornal de circulação estadual conforme determina a legislação. Você pode ler esse documento no sítio do SIMEPAR: www.simepar.org.br. No Aviso, o SIMEPAR esclarece que: “A falta de recolhimento da Contribuição Sindical até a data de vencimento constituirá o profissional em mora e o sujeitará, além das demais sanções legais, ao pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT.”

Em caso de dúvidas entre em contato com o SIMEPAR por e-mail: tesouraria@simepar.com.br, ou pelo telefone (41) 3338 8713.

SIMEPREV: Futuro mais tranquilo para os Médicos

Pensando no futuro de seus associados, o SIMEPAR criou há alguns anos o SIMEPREV. Trata-se de um plano de previdência complementar instituído, administrado pela Petros – Fundação Petrobras de Seguridade Social. O plano é bastante flexível: o profissional escolhe a sua contribuição mensal, a Petros investe os recursos e, no futuro, o Participante tem direito a uma renda de aposentadoria, calculada a partir do saldo acumulado ao longo dos anos.

Para se inscrever, basta solicitar a visita de um Consultor da Petros, enviando um e-mail para petrosprevidencia@petros.com.br.

Outras empresas também oferecem planos parecidos com o SIMEPREV, porém mais caros, como os PGBL´s vendidos por bancos e seguradoras. Em 15/01/2013, o Jornal O Globo - On Line publicou a matéria "Planos de previdência por categoria profissional têm custo menor" , que evidencia essas diferenças e mostra como um plano instituído como o SIMEPREV pode ser muito mais vantajoso. Para ler a matéria na íntegra, acesse: http://oglobo.globo.com/economia/planos-de-previdencia-por-categoria-profissional-temcusto- menor-7297673#ixzz2I8lMIYda

A matéria também explica o que são os planos instituídos, apresenta exemplo de simulação de renda e traz depoimentos de pessoas ligadas ao setor de Previdência Complementar no Brasil. E o principal: reforça que muitos profissionais ligados a Conselhos e Associações têm à sua disposição esse tipo de benefício, mas não usufruem as suas vantagens por desconhecimento.

Por isso, comece logo o planejamento para a sua aposentadoria. Inscreva-se no SIMEPREV e garanta desde já o seu futuro tranquilo.

Mais informações: www.petros.com.br
petrosprevidencia@petros.com.br

Curso capacita conselheiros e líderes comunitários em prevenção ao uso de drogas

Da Agência Brasil

Brasília – Conselheiros e líderes comunitários de todo o país podem se inscrever até a próxima sexta-feira (22) no curso gratuito de prevenção ao uso de drogas. A capacitação faz parte do Programa Crack, É Possível Vencer e é promovida pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad). As inscrições podem ser feitas pela internet.

O Ministério da Justiça informou que o objetivo do curso é capacitar 40 mil conselheiros municipais e líderes comunitários para atuar na prevenção do uso do crack, do álcool e de outras drogas, com foco na defesa e na promoção dos direitos humanos e também na articulação e no fortalecimento das redes locais.

O curso será a distância, com carga horária de 120 horas, duração de três meses e certificado de extensão universitária emitido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). De acordo com o ministério, tutores especializados vão acompanhar os alunos, que devem receber o material didático em casa.

O Programa Crack, É Possível Vencer, prevê a capacitação de profissionais de áreas como educação, saúde, assistência social, justiça, segurança pública, além de conselheiros, líderes comunitários e religiosos, além de profissionais e voluntários que atuam em comunidades terapêuticas. Dados do governo federal indicam que, até o momento, 105 mil pessoas foram capacitadas pela iniciativa.

Cadê a política para a gestão dos recursos humanos no SUS?

Artigo de Mario Antonio Ferrari*

No ano das bodas de prata do SUS tornam-se evidentes a incompetência, a irresponsabilidade e a inconsequência de boa parte dos gestores do sistema.

Dizer que faltam médicos é, no mínimo, sinal de obtusidade e assessoria inapta, para não se falar em má fé.

O mais inacreditável é o título da campanha que visa suprir a falta de médicos nos serviços públicos: “Cadê o Médico?”

Questionamento como esse da campanha da Frente Nacional de Prefeitos, conduzida por quem está há pelo menos oito anos à frente de prefeitura municipal, preocupa a todos e explica muito sobre a crise na saúde em que vivemos mergulhados.

Em alguns países seria caso impedimento para exercício do cargo. A pergunta revela incapacidade para a função.

Nesse passo, diante de tanto desconhecimento de edis e da precariedade dos sistemas públicos de saúde, o caminho talvez seja o da importação de prefeitos do exterior.

Se há prefeitos do interior, litoral e capital que têm dificuldades em responder onde estão os médicos, talvez os edis importados possam trazer respostas administrativas na área da gestão de recursos humanos para localizar os inúmeros profissionais anualmente colocados em massa no mercado de trabalho.

Entregar a saúde do povo a pessoas que sabidamente possuem formação dissociada das nossas realidades abre as portas para a entrega de outros espaços profissionais dentro e fora da saúde.

Por que não repassar as funções da justiça e a fiscalização das leis a juízes e promotores do exterior?

Afinal de contas, se defendem a entrega do bem mais precioso da nação, a vida das pessoas, por que não repassariam a fiscalização das aduanas, das fronteiras e as forças armadas para mercenários?

O tabu do exército de mercenários já foi contornado nas guerras no Iraque e Afeganistão, e terceirizada para a Blackwater com mercenários recrutados em países como Chile, Peru, Honduras e Colômbia.

Numa edição recente, o jornal dos EUA, “The New York Times”, denuncia os supersalários de parte de servidores públicos brasileiros. O foco são casos no Judiciário, no Executivo e no Legislativo em níveis federal, estadual e municipal. Certamente a campanha não vai parar por aí.

Para gestores que entregam a saúde e a vida de seu povo, os próximos passos poderão ser a entrega do que resta do jardim, a entrega da casa toda.

Ao não reconhecer a saúde pública como questão de estado e tratá-la como tal, desconsideram-se, por vias indiretas, as demais atividades estatais.

Se a saúde e a vida do povo podem ser entregues aos cuidados de médicos importados, por que não entregar tal atenção a outros profissionais de saúde, também do exterior?

Por que gastar tanto com as forças armadas nacionais? Qual a justificativa para os gastos com juízes, promotores, diplomatas, fiscais e outros agentes de estado?

A resposta ao “Cadê o médico” é a pergunta: “Cadê a política para a gestão dos recursos humanos no SUS?

Como é possível gestor público de município desconhecer documento de 2004 com disposições relativas às Diretrizes Nacionais para a instituição de Planos de Carreiras, Cargos e Salários no âmbito do Sistema Único de Saúde – PCCSSUS, aprovado pela Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS, Comissão Intergestores Tripartite e referendado pelo Conselho Nacional de Saúde?

A resposta para se encontrar os médicos é a criação da carreira de estado a partir dos delineamentos já aprovados pelo Conselho Nacional de Saúde.

A solução proposta no abaixo assinado da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) atenta contra a qualidade da saúde pública, garantia ao cidadão do direito à saúde e outras determinações da Constituição Federal e, sobretudo, contraria a soberania nacional e coloca em risco o nosso povo.

* Mario Antonio Ferrari - presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná.

Brasil mantém doentes mentais presos ilegalmente

Matéria do Jornal O Globo

SÃO LUÍS - Num buraco ao lado de uma criação de porcos, da tubulação de esgoto e do resto da comida servida na Casa de Detenção (Cadet), Cola na Cola passa as noites e cumpre sua pena. José Antônio dos Santos não admite mais ser chamado pelo nome, refuta pai e mãe, veste-se com roupas femininas e se considera mulher. Só atende pela alcunha Cola na Cola, uma expressão que ninguém sabe explicar de onde surgiu.

— Fui eu que mandei fazer essa cadeia. E não estou preso. Fico aqui pelo chamado para acabar com a corrupção — diz ele.

O Estado nunca diagnosticou seu transtorno mental. Nos últimos dois anos, ele não aderiu a qualquer tratamento psiquiátrico, não tomou uma única medicação nem esteve numa consulta médica. O buraco onde mora está na entrada do presídio, na parte de dentro, onde ficam os porcos, as galinhas e o lixo.

No pátio de uma pequena igreja improvisada numa das celas da Cadet, o maior presídio de regime fechado de São Luís, um jovem de 24 anos estende um colchão para passar as noites. Paulo Ricardo Machado tem os olhos esbugalhados, frases aceleradas, uma postura impassível. Há dois meses, foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e dependência ao crack. A loucura de Paulo Ricardo explodiu na Cadet depois que um preso introduziu um cabo de vassoura no ânus do jovem. Para conter os surtos, técnicos de saúde da unidade pediram a aplicação de oito sessões de eletrochoque no rapaz. Eles dizem ter sido atendidos.

Num cubículo de cela, sem nada, Francisco Carvalhal, 50 anos, tenta domar a agressividade. Ele já foi absolvido uma vez pela Justiça, em razão de a esquizofrenia paranoide ter impedido a compreensão de um ato ilícito. O juiz determinou que Francisco fosse internado no Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues, o único existente na rede pública em São Luís, para o cumprimento de uma medida de segurança. O hospital rejeitou o paciente. Dias depois, sem medicação e em surto, ele matou a mãe. Para escapar de um linchamento, foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) Olho D'Água, onde permanece há dois meses.

800 absolvidos ainda detidos

Cola na Cola, Paulo Ricardo e Francisco somam-se a outros presos portadores de doença mental que vivem à margem das estatísticas oficiais e da lei. Na teoria, a existência do transtorno mental e a consequente aplicação de uma medida de segurança a partir da absolvição pelo juiz impedem a permanência de loucos infratores nos presídios.

Levantamento inédito do GLOBO revela a extensão do universo de loucos nos presídios brasileiros — um grupo cuja existência parte da sociedade brasileira prefere ignorar. Pelo menos 800 pessoas absolvidas pela Justiça em razão de transtornos mentais e em cumprimento de medida de segurança estão detidas em presídios e cadeias públicas país afora.

A medida tem um prazo mínimo de um a três anos, é determinada pelo juiz responsável pelo processo — logo após a absolvição do acusado — e deve ser cumprida em hospitais de custódia, clínicas ou ambulatórios. Essas pessoas são consideradas inimputáveis ou semi-imputáveis, uma vez que a manifestação dos problemas psiquiátricos impediu a compreensão dos crimes, e deveriam estar em tratamento médico. Na prática, cumprem pena no cárcere.

A quantidade pode ser até três vezes maior: outros 1,7 mil brasileiros acusados de diferentes crimes já receberam indicação da Justiça de que podem ter transtornos mentais e aguardam, além de um laudo psiquiátrico, tratamento médico dentro de presídios, em casa ou nas ruas. Em alguns estados, como São Paulo, a espera numa fila dura mais de um ano. Em outros, o laudo nunca é elaborado.

O levantamento do GLOBO foi feito junto às secretarias de administração penitenciária, defensorias públicas e varas de execução penal nos estados, além de consultas a fontes nos Ministérios da Saúde e da Justiça. O Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen), alimentado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, registra a existência de 3,9 mil pessoas em cumprimento de medida de segurança, seja em internação ou em tratamento ambulatorial. Os doentes mentais nos presídios identificados pelo jornal não entram na conta.

Os números oficiais tratam dos 26 manicômios judiciários e alas de tratamento psiquiátrico — anexadas a presídios — ainda em funcionamento em 20 unidades da federação. Cabe a esses hospitais de custódia receber os loucos infratores submetidos a medidas de segurança de internação. O Infopen ignora as pessoas que cumprem a medida em prisões e até mesmo os inscritos em dois programas em Goiás e Minas Gerais que pregam a desinternação, como preconiza a Lei Antimanicomial de 2001. Somados os três universos — manicômios, presídios e programas de desinternação —, a quantidade de loucos infratores é de 8,1 mil, mais do que o dobro do que consta no Infopen.

— A situação mais grave envolvendo medidas de segurança é a dos detidos em presídios. A responsabilidade pela integridade física do preso é do Executivo e, pelo andamento do processo, da Justiça. A Lei de Tortura prevê responsabilização por ação e omissão. Não há qualquer justificativa para as prisões — afirma o juiz Luciano Losekann, auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário.

Para a produção de uma série de reportagens sobre o assunto, O GLOBO esteve em sete presídios, uma ala de tratamento psiquiátrico e um manicômio judiciário em São Luís, Teresina, Goiânia e Brasília. Nas três primeiras cidades, a equipe conseguiu entrar nas unidades prisionais na companhia de juízes e de um promotor de Justiça. Em Brasília, uma autorização judicial permitiu ter acesso às prisões.

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Conselhos de Medicina divulgam novos dados sobre o perfil e a distribuição dos médicos no Brasil

Os números do segundo volume da pesquisa Demografia Médica, que serão apresentados à imprensa na segunda-feira (18), revelam os motivos da má distribuição e da falta localizada de médicos

O Brasil é um país marcado pela desigualdade no que se refere ao acesso à assistência médica. Uma conjunção de fatores - como a ausência de políticas públicas efetivas nas áreas de ensino e trabalho, assim como poucos investimentos - tem contribuído para que a população médica brasileira, apesar de apresentar uma curva constante de crescimento, permaneça mal distribuída pelo território nacional e com baixa adesão ao trabalho na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente nas áreas de difícil provimento.

Estas são algumas das conclusões do segundo volume da pesquisa Demografia Médica no Brasil: cenários e indicadores de distribuição, desenvolvida em parceria entre Conselho Federal de Medicina (CFM) e Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), e coordenado pelo pesquisador Mario Scheffer.

Quem são e onde estão os médicos no Brasil? A presença de médicos no SUS é suficiente? A abertura de cursos de medicina no Interior contribui para a fixação em locais onde hoje faltam médicos? Onde atuam os médicos estrangeiros e formados no exterior? Facilitar a revalidação de diplomas estrangeiros vai resolver a falta localizada de médicos?

Essas e outras questões serão respondidas pela pesquisa, que traz dados sobre migração dos profissionais pelo país, presença de profissionais no SUS, distribuição dos médicos formados no exterior, além de várias outras informações, que serão apresentados à imprensa em coletiva na sede do CFM (SGAS 915 Lote 72 - próximo à LBV), às 11h00. Na oportunidade, pesquisador e diretores do CFM e do Cremesp estarão à disposição para esclarecer dúvidas sobre os dados disponíveis.

SERVIÇO:
Apresentação de resultados da pesquisa Demografia Médica no Brasil, Volume 2
Data: 18 de fevereiro de 2013
Local: Sede do CFM (SGAS 915 Lote 72 - próximo à LBV), às 11h00.
Outras informações: Assessoria de Imprensa do CFM
Fone: 61-3445-5940 /// E-mail: imprensa@portalmedico.org.br

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Regiões centro-oeste e noroeste do Paraná concentram casos de Dengue

As regiões centro-oeste e noroeste do Paraná preocupam a Secretaria de Estado da Saúde pelo grande número de casos de dengue registrados neste verão. De acordo com o boletim divulgado nesta quarta-feira (13/02), as seis cidades em situação de epidemia (Peabiru, Paranavaí, São Carlos do Ivaí, Fênix, Japurá e Quinta do Sol) estão nessas duas regiões e concentram cerca de 72% do total de casos registrados no Estado desde agosto de 2012.

Embora 3.439 casos de dengue tenham sido confirmados no Paraná, o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, ressalta que o Estado não está em situação de epidemia, visto que a incidência estadual é de apenas 30,02 casos por 100 mil habitantes, considerada baixa pelo Ministério da Saúde.

“A situação não se compara a 2010, quando havia 71 municípios em epidemia e 33.456 casos confirmados”, afirmou o secretário. Outra diferença está no porte dos municípios em epidemia. Dentre os seis atualmente nesta situação, cinco têm menos de 15 mil habitantes. Este é o caso de Quinta do Sol, no centro-oeste, que registrou 29 casos e já entrou em estado de epidemia por ter apenas 5 mil habitantes. “Desde o ano passado estamos monitorando esses municípios e enviando apoio para controlar a dengue nessas regiões.”, completou.

Na semana passada, o secretário determinou o envio de medicamentos, apoio logístico e garantiu a realização de mais exames para a detecção da doença na região de Paranavaí. Além disso, 32 municípios em epidemia ou situação crítica receberam R$ 4,2 milhões em recursos do Governo do Estado para reforçar o enfrentamento da dengue. A Secretaria da Saúde também mantém equipes técnicas e unidades de UBV pesado (fumacê) em 12 municípios para o combate ao mosquito adulto.

De acordo com o boletim divulgado pela Sala de Situação da Dengue, mais seis cidades também estão muito próximas de atingir taxas de incidência epidêmica, ou seja, 300 casos por 100 mil habitantes. Amaporã, Terra Rica, São João do Caiuá e Tamboara, no noroeste, são cidades vizinhas de Paranavaí. Este também é o caso de Engenheiro Beltrão, que faz divisa com outro município em epidemia – Peabiru. Santa Fé, na região de Maringá, também apresenta taxa de incidência alta.

Segundo o coordenador da Sala de Situação da Dengue, Ronaldo Trevisan, um dos motivos para que a doença se espalhe entre municípios do interior é o fluxo diário de pessoas que saem de cidades pequenas para trabalhar em grandes centros. “Cidades vizinhas têm climas parecidos e, geralmente, índices de infestação semelhantes. Para o vírus circular, basta que uma pessoa infectada seja picada pelo Aedes aegypti em um município que ainda não tem casos autóctones”, explicou Trevisan.

O mosquito da dengue é um inseto de baixo alcance e geralmente circula em um raio máximo de 400 metros. A melhor forma de se proteger ainda é eliminar possíveis criadouros do mosquito, sejam recipientes ou outros tipos de depósitos que possam acumular água.

“Com as constantes chuvas desta época do ano, o cuidado deve ser diário. Além do lixo, como garrafas pet, copos plásticos, latinhas, entre outros, a população deve ficar atenta também a locais fixos expostos a chuva, como calhas, marquises e lajes”, alertou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz. A orientação é que se faça varreduras em casa e no quintal em busca de criadouros da dengue, principalmente após as chuvas.

Números – O informe desta quarta-feira (13/02) confirma 844 casos a mais que no último boletim. Dos 3.439 casos, 3.134 são autóctones e 305 importados. Também foram confirmados seis casos graves da doença, sendo três por febre hemorrágica da dengue e três casos de dengue com complicações. Um deles foi de um advogado aposentado de 75 anos que morreu em Campo Mourão. Ele era morador de Peabiru, hipertenso, tinha passado por tratamento contra o câncer, e procurou tratamento tardiamente - três dias após o início dos sintomas.

Fonte: SESA

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Projeto de Lei obriga a aplicação integral de recursos da saúde

A Câmara analisa o Projeto de Lei Complementar 229/12, do deputado João Ananias (PCdoB-CE), que torna obrigatória a execução da lei orçamentária anual, no que se refere aos recursos destinados à área da saúde. Pelo texto, o titular do órgão que não executar integralmente os recursos incorrerá em crime de responsabilidade.

De acordo com o parlamentar, é inaceitável que os recursos orçamentários da saúde sejam contingenciados, diante da grave situação por que passa o setor. “A cada ano, parlamentares ligados à área usam todos os seus esforços para conseguir aprovar parcelas maiores de recursos para o setor, de modo a tirá-lo de sua situação constante de crise e iminência cada vez maior de colapso", assinala.

Ananias observa que a não execução desses recursos representa um desrespeito ao Parlamento."Nem sempre conseguimos o queremos, mas não resta dúvida de que nosso trabalho é eficaz no sentido de dotar o setor de saúde pública brasileiro de uma parcela minimamente digna de recursos”, afirma.

Tramitação
Antes de ir a Plenário, a matéria deverá ser examinada pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara

Secretaria da Saúde de Curitiba abre inscrições para residência em Medicina da Família

Começam nesta quinta-feira (14) as inscrições para o processo seletivo para residência médica na especialidade Medicina da Família e Comunidade, cujo edital foi lançado na última sexta-feira (8) pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba (FEAES). As inscrições podem ser feitas até o dia 3 de março de 2013, no site da Prefeitura de Curitiba, pelo link: www.saude.curitiba.pr.gov.br

A ficha de inscrição, depois de corretamente preenchida, deve ser encaminhada para o e-mail residenciamfc@sms.curitiba.pr.gov.br. A inscrição é gratuita.

O processo é credenciado pelo Ministério da Educação e conta com o financiamento do Ministério da Saúde, por meio do Programa Pró-Residência. Serão ofertadas 20 vagas e o curso terá duração de dois anos, com início previsto para 28 de março deste ano.

O programa de residência instituído pela SMS tem como objetivo qualificar os médicos que assistem à área de atenção primária a saúde, que engloba as unidades de saúde, centros de especialidades e serviços de urgência e emergência. “São os primeiros locais procurados pela população em busca de ajuda. Por isso, os médicos têm que estar muito bem preparados e qualificados para um atendimento de qualidade aos usuários”, afirmou Marcela Dohms, coordenadora do programa.

O secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, destacou o ineditismo da ação dentro da área. “É algo histórico a SMS oferecer um programa de residência dentro de sua própria rede, utilizando sua estrutura de unidades de saúde e os profissionais de saúde”, disse.

A qualificação de profissionais na área de Medicina da Família e Comunidade se faz necessária em Curitiba já que a capital paranaense apresenta uma porcentagem baixa de médicos com esta especialização quando comparada com outros grandes centros do país. Neste contexto, cresce a importância da realização do processo seletivo que, inclusive, era uma das prioridades da atual gestão da SMS. “O lançamento deste edital faz parte de nosso projeto que busca o fortalecimento da atenção básica da saúde”, explicou Massuda.

Atenção primária é opção para desafogar emergências

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

Prefeitura de Curitiba promete criar mais 20 equipes de Saúde da Família até março. Internacionalmente, o investimento em atenção primária está ligado à redução de custos com internações.

Diante dos episódios recorrentes de superlotação de hospitais e Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs), a nova gestão da prefeitura de Curitiba pretende investir na ampliação do Programa Saúde da Família (PSF), lançado em 1994 pelo governo federal, para tentar diminuir os problemas na rede municipal de saúde. O PSF engloba equipes multiprofissionais que atendem a comunidade nas unidades de saúde ou nos domicílios. O programa promove ações de prevenção, recuperação e reabilitação de doenças e agravos mais frequentes.

Atualmente, a cidade conta com 185 equipes do progra­­ma, que atendem cerca de 677 mil curitibanos, cerca de 38,7% da população. A meta é ousada: até a metade de março, a expectativa é que mais 20 equipes sejam criadas e mais 100 mil pessoas beneficiadas, representando cerca de 43% da população curitibana. Se a experiência der certo, o número de equipes deve dobrar em 2014.

“Realmente a nova gestão vê o Saúde da Família como ponto estratégico para ampliar a atenção primária na cidade e queremos investir para qualificá-la e tornar nosso sistema de saúde mais eficiente”, explica o assessor de atenção primária à saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), César Titton.

Segundo Titton, hoje mui­tas pessoas procuram os CMUMs para atendimentos que não são de urgência ou emergência, o que sobrecarrega o sistema. “Às vezes uma pequena queixa ou acompanhamento de rotina vai parar lá e o local não é ideal para isso. Temos de organizar o sistema para responder a essa demanda por primeira atenção e desafogar os CMUMs”, explica.

Benefícios

Internacionalmente, o investimento em programas de atenção primária está ligado a uma diminuição progressiva nas mortes por doenças crônicas e redução de custos com internações e procedimentos de alta complexidade, já que os problemas são antecipados e somente em casos extremos os tratamentos chegam à internação em UTI ou exigem procedimentos de alta complexidade.

“Esse tipo de organização do sistema gera melhores resultados com menor custo. Países que são referência nessa área, como Canadá, Austrália e quase toda a Europa, trabalham com atenção primária fortalecida”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Nulvio Lermen Junior.

Para o secretário-geral da SBMFC e diretor de atenção primária à saúde da SMS, Paulo Poli Neto, além da possibilidade de melhor direcionamento dos investimentos em saúde, a valorização da atenção primária é uma forma de qualificar os atendimentos. “De uma dor de ouvido até a indicação de um contraceptivo, a pessoa se sente confortável para procurar o médico de família sem precisar esperar por um especialista, cujo tratamento é bem menos abrangente.”

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Fevereiro chuvoso favorece propagação da dengue

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

Sete municípios do Paraná, entre eles Londrina e Maringá, apresentam alto risco climático para o desenvolvimento do mosquito transmissor da doença.

As chuvas incessantes de fevereiro devem fazer com que o mês se torne o mais chuvoso deste ano no Paraná. O problema é que, combinadas com as altas temperaturas que costumam vir em seguida e com a água acumulada em locais de difícil acesso, as precipitações criam condições favoráveis à reprodução do mosquito da dengue. Segundo o último boletim da dengue, divulgado ontem pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), sete municípios apresentam alto risco climático para o desenvolvimento do Aedes aegypti: Londrina, Maringá, Paranavaí, Cam­bará, Umuarama, Guaíra e Guaratuba.

Para o coordenador de Sala da Situação da Dengue da Sesa, Ronaldo Trevisan, este é o momento de a população ficar mais alerta aos focos de água parada. “Todo esse momento climático está favorecendo o desenvolvimento do vetor. Precisamos desfavorecer, reduzindo os criadores do mosquito”, alertou. Janeiro costuma ser o mês mais chuvoso do ano, mas a previsão do Instituto Meteorológico Simepar é que fevereiro supere a média dos primeiros 31 dias do ano.

O motivo apontado pelo instituto é a forte influência que as regiões Norte e Centro-Oeste do estado estão recebendo das Zonas de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), localizadas na região de São Paulo e que geram instabilidades permanentes no tempo. “As chuvas que ocorreram no Norte do estado chamaram a atenção”, afirma a meteorologista do Simepar Sheila Radmann da Paz Rivas. “As demais regiões estão na média”, complementa.

Temporais

Em Paranavaí, no No­roeste do estado, a precipitação foi de 33 milímetros em 15 minutos na terça-feira de carnaval. A situação foi considerada de chuva extrema. “Choveu muito e em pouco tempo”, declarou Scheila. A média histórica do município para fevereiro, de 170 milímetros, já foi superada neste ano e a cidade atingiu a marca dos 230 milímetros. Em Maringá, choveu mais da metade da média histórica para todo o mês de fevereiro em apenas 16 horas do dia 3 de fevereiro: foram 86,7 milímetros, sendo que a média é de 160 milímetros.

A cidade que mais ultrapassou a média mensal, no entanto, foi Campo Mourão, na Região Centro-Oeste. O aumento foi de 70 milímetros (subindo de 170 para 241 milímetros em menos de 15 dias). Um temporal atingiu o município na segunda semana do mês, destelhando mais de 100 casas e derrubando cerca de 250 árvores sobre casas, ruas, avenidas e fios de alta tensão. Segundo a Copel, pelo menos 7 mil unidades consumidoras ficaram sem luz e 20 postes caírem.

Boletim - Número de cidades com epidemia sobe para seis no Paraná

Quinta do Sol, no Centro-Oeste do Paraná, entrou na lista de cidades com epidemia de dengue no Paraná. A confirmação foi feita ontem pela Sesa, durante a divulgação de mais um relatório semanal da dengue. Agora são seis cidades com epidemia da doença – Peabiru, Paranavaí, São Carlos do Ivaí, Fênix e Japurá são as demais, todas nas regiões Noroeste e Centro-Oeste do estado. Os municípios apresentam proporção de pelo menos 300 casos para cada 100 mil habitantes e, juntos, concentram 72% das 3.493 ocorrências confirmadas no estado.

Outras seis cidades correm o risco de entrar na lista: Amaporã, Terra Rica, São João do Caiuá, Tamboara e Santa Fé, no Noroeste do estado, e Engenheiro Beltrão, no Centro-Oeste. O Paraná teve 844 novos casos de dengue confirmados em uma semana. Até agora uma pessoa morreu no estado: um aposentado de 75 anos faleceu em Campo Mourão, mas contraiu o vírus em Peabiru.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

SIMEPAR parabeniza SABEN pela decisão de criar um hospital em Curitiba

A Diretoria do Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná vem a público parabenizar a Sociedade Árabe de Beneficência do Paraná pela iniciativa da criação de um hospital a ser chamado Hospital Sírio-Libanês do Paraná.

O empreendimento virá agregar excelência no atendimento nas áreas de oncologia, cardiologia, cirurgia bariátrica, urologia, proctologia, neurocirurgia, cirurgia do aparelho digestivo e ortopedia. Há ainda o plano de instalação de um centro de transplantes de fígado, pâncreas e rins.

O atendimento de filantropia e pelo Sistema Único de Saúde também estão previstos no projeto do hospital que terá 220 leitos, 40 deles de Unidade de Terapia Intensiva. O centro cirúrgico terá 14 salas e será construído um centro de diagnósticos.

O Hospital que terá sede do Bairro Vila Izabel é muito bem vindo em momento que os grandes hospitais de Curitiba sofrem com a super lotação e excesso de demanda.

Governo determina intervenção na Geap

Ministério da Saúde destitui, por omissão ante suspeitas de desvios, a sua representante no Conselho da fundação que administra a maioria dos convênios médicos dos servidores. Rombo chega a R$ 312 milhões.

O governo interveio na Fundação de Seguridade Social (Geap), que administra a maior parte dos planos de saúde dos servidores do Executivo. Responsável pela principal parcela dos aportes de recursos feitos pela União ao convênio médico - foram R$ 190 milhões em 2012 -, o Ministério da Saúde destituiu a representante da pasta no Conselho Deliberativo da fundação, Eloá Cathi Lôr, e abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra ela. O PAD terá 30 dias, prorrogáveis por mais 30, para apurar por que Eloá descumpriu a determinação dos ministros Alexandre Padilha (Saúde) e Paulo Sérgio Passos (Transportes) de pedir ao Conselho que investigasse denúncias de direcionamento de verbas da Geap ao Distrito Federal e aos estados de São Paulo, Pernambuco e Paraíba.

No fim do ano passado, o Ministério da Saúde, que, ao lado dos Transportes e da Previdência, tem a maior parte dos 625 mil servidores atendidos pela Geap, questionou as razões pelas quais o Conselho Deliberativo destituiu o então presidente do colegiado, Paulo Eduardo de Paiva Gomes da Silva. Em carta endereçada ao ministro Padilha, Eloá - que estava no Conselho Deliberativo desde 2010 - alegou que Paulo Paiva não tinha boas relações com os demais integrantes do colegiado e havia suspeitas de que ele estivesse beneficiando quatro unidades da Federação no encaminhamento de recursos da fundação.

Padilha decidiu então convocá-la para uma reunião em 31 de janeiro, na qual estavam presentes o titular dos Transportes e o secretário executivo do Ministério da Previdência, Carlos Gabbas, para pedir que Eloá apresentasse, na reunião do Conselho que ocorreria na tarde do mesmo dia, a abertura de um processo de investigação das denúncias. Para a surpresa de todos, ela se calou diante dos demais conselheiros e, embalados pelo discurso de que Paulo Paiva já tinha sido afastado, nenhum procedimento investigativo foi aberto.

Irritado, o Ministério da Saúde decidiu destituir Eloá do Conselho e nomear como substituta Miraci Asturn, atual servidora do ministério. A medida abriu uma crise com a Geap. Com o apoio dos três representantes eleitos pelos trabalhadores, Eloá se recusa a deixar o cargo, alegando que foi eleita em 2010 para um mandato de quatro anos e só poderia ser destituída pelo voto dos demais integrantes do Conselho. O colegiado reuniu-se ontem, mas, sem consenso, a definição para o impasse foi transferida para depois do carnaval.

A paciência do Ministério da Saúde com a Geap já estava para se esgotar antes mesmo da crise deflagrada pela omissão de Eloá. Com uma dívida que chegou, no fim do ano passado, a R$ 400 milhões, a fundação enfrentava dificuldades para competir com os demais planos de saúde disponíveis no mercado. Com isso, perdeu convênios e viu médicos e hospitais desistirem de atender os segurados.

O caso mais emblemático do descredenciamento de hospitais aconteceu há exatamente um ano, quando o então secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu após sofrer um enfarte e não ser atendido no Santa Lúcia e Santa Luzia. Os dois estabelecimentos de saúde se recusaram a atender o secretário por não aceitar o plano da Geap por falta de pagamento.

Fonte: Jornal Correio Brasiliense

Sindicato dos Médicos alerta para necessidade de vistoria contra incêndios em hospitais e clínicas

A recente tragédia de Santa Maria, em que mais de 230 jovens morreram no incêndio de uma boate, fez com que as administrações públicas e corporações de bombeiros de todo o país ficassem em alerta e tomassem medidas para que desastres parecidos não se repitam. Mas não é só em casas noturnas que há perigo, ambientes como hospitais e clínicas possuem vários elementos de risco que muitas vezes são ignorados.

Como é sabido, os hospitais e clínicas abrigam diversos equipamentos e dispositivos que podem causar explosões, intoxicações, incêndios e diversos tipos de acidentes.

O alerta não é recente. Em fevereiro de 2008 o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná oficiou o Governo do Estado, o Corpo de Bombeiros, as Prefeituras, os Sindicatos de Hospitais, a FEHOSPAR, CRM, Ministério Publico entre outras entidades e autoridades sobre a necessidade de se proceder a vistorias nas unidades hospitalares, para garantir a integridade física dos trabalhadores e pacientes.

Na época um grupo de discussão sobre a segurança dos hospitais foi instalado no Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar), reunindo órgãos como Corpo de Bombeiros, Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Vigilância Sanitária e Ministério Público.

Em 2008, os Bombeiros vistoriaram cerca de quatro mil estabelecimentos hospitalares em todo o Estado. Na época, apenas um quinto dos principais hospitais de Curitiba estavam adequados às normas da ABNT.

Os médicos podem e devem fiscalizar seu local de trabalho, ver se está adequado e denunciar ao SIMEPAR, que notificará as autoridades competentes mantendo sigilo. O SIMEPAR também irá novamente solicitar às autoridades competentes como o CFM, CRMPR, ao Ministério Público do Trabalho, à Promotoria de Defesa da Saúde, ao Corpo de Bombeiros e a Secretaria da Segurança Pública que se pronunciem.

Oportunidade para Médico do Trabalho em Apiaí SP

Oportunidade aberta para Médico do trabalho em Apiaí/SP. Empresa de grande porte busca Médico do Trabalho para Apiaí/SP cidade localizada a 160 km de Curitiba.

Interessados encaminhar currículo para contato@atrativerh.com.br e cadastrar perfil no site www.atrativerh.com.br – Colocar título da vaga no assunto.

Curso de atualização em Medicina do Trabalho

A Associação Paranaense de Medicina do Trabalho realizará um curso de atualização em Medicina do Trabalho. O curso inicia será de 01 de Março a 27 de Abril de 2013. O objetivo do é atualizar os conhecimentos do médico do trabalho sobre: Segurança do Trabalho, Avaliação qualitativa e quantitativa da saúde dos trabalhadores, Agravos à saúde do trabalhador, Planejamento, Organização e gerenciamento do serviço de saúde do trabalhador e Legislação em Saúde e Trabalho. O Curso, além da atualização dos médicos do trabalho, também tem como objetivo prepará-los para a realização de provas de título e concursos.

Neste ano, além dos temas, oferece uma atividade na forma de colóquio, que envolvem dois reconhecidos especialistas que discutem as questões referentes às provas anteriores da ANAMT, propiciando maior interação com os participantes. Um dos destaques é a bibliografia utilizada e o alto nível de conhecimento dos Palestrantes. Além disso, o formato abrangente é responsável pela qualidade do curso, transmitindo informações necessárias para a atualização do Médico do Trabalho.

A APAMT uniu esforços na realização do curso, no que reflete o compromisso com a atualização cientifica dos médicos. O sucesso desta atividade científica depende de seu apoio e participação.

Cronograma: 4 módulos (sexta-feira das 19h às 21h e sábado das 08h às 18h) a cada 15 dias.

Público Alvo: Médicos

Carga Horária: 40hs

Local: Auditório do Setor de Ciências da Saúde - UFPR
Rua Padre Camargo, 280, 1º andar - Alto da Glória

Organização e Informações: APAMT
Rua Cândido Xavier, 575 - Curitiba - PR
Telefone: (41) 3244-2587 (14h às 18h)

www.apamt.org.br apamt@apamt.org.br

Parceria:Especialização em Medicina do Trabalho da UFPR

Fonte: APAMT

Enquete do CRM-PR avalia a opinião dos médicos e da população sobre a descriminalização do aborto

Entre os dias 6 e 8 de março o I Encontro Nacional de Conselhos de Medicina 2013 debaterá a descriminalização do aborto. Para saber a opinião dos médicos e da população em geral, o CRM-PR está realizando uma enquete online sobre o tema. O resultado será apresentado no evento.

Atento à reforma do Código Penal Brasileiro (PLS 236/2012), atualmente em tramitação no Congresso Nacional, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem discutido o posicionamento da entidade amplamente em plenária e também com os Conselhos Regionais de Medicina.

Dentre as possibilidades em discussão para a reforma da lei está a ampliação do leque da exclusão de ilicitude para a prática do aborto no país, questão de extrema complexidade que encerra dilemas relacionados à saúde pública, à bioética e aos direitos humanos. Atualmente, o artigo 128 do Código Penal em vigor possibilita a interrupção da gestação se esta for resultado de estupro, colocar a vida da mulher em risco ou em caso de feto anencéfalo. Além desses itens, com o PLS 236 aprovado a prática seria permitida nos seguintes casos: se a gravidez for resultado do uso de técnicas de reprodução assistida sem consentimento da mulher; se o feto tiver anomalias graves e incuráveis que inviabilizem a vida fora do útero, desde que atestadas por dois médicos; até a 12ª semana de gravidez, desde que um médico ou um psicólogo ateste que a mulher não terá condições de arcar com a maternidade. Nessa hipótese, situações que não estejam dentro das condições previstas na lei continuarão sendo crime. Além da ampliação do rol de excludentes, também há a grupos que defendem a descriminalização completa da prática e outros que se posicionam a favor da manutenção do texto atual da lei. Para participar da enquete e contribuir com a discussão basta acessar o site www.crmpr.org.br.

Fonte: CRM PR

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CFM considera insuficientes critérios do MEC para abertura de novas vagas de medicina

Para o Conselho Federal de Medicina, apesar de demonstrar boa intenção, a medida não ataca a raiz da desigualdade no acesso e na distribuição dos profissionais; o enfrentamento desses problemas passaria pela adoção de medidas estruturantes no âmbito do SUS

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, considerou os critérios do Ministério da Educação (MEC) para a abertura de novos cursos de medicina insuficientes para resolver o problema da desigualdade na distribuição de médicos pelo país. Apesar de ter avaliado a medida como positiva, d'Ávila acredita que somente a criação de uma carreira de Estado para o médico no Sistema Único de Saúde (SUS) e uma política de interiorização da assistência em saúde garantem a fixação de profissionais nas áreas de difícil provimento.

"O Brasil precisa de médicos bem formados, bem qualificados e bem capacitados. Essa é uma medida que pode ajudar, a longo prazo, o preenchimento de vazios assistências, mas não podemos esquecer da qualificação do corpo docente destas escolas", afirma. Segundo o presidente do CFM, é muito difícil levar um corpo docente qualificado para o interior de alguns estados e garantir acesso dos estudantes a hospitais de ensino com infraestrutura adequada.

O aspecto positivo do anúncio, de acordo com o presidente, é que ele oferece argumentação técnica que pode se contrapor interesses meramente econômicos e políticos de alguns grupos, que até então têm prevalecido. "A abertura indiscriminada de cursos, especialmente privados, é uma preocupação do CFM. Não somos contrários desde que seja comprovada a necessidade social, ocorra o preenchimento de todos os critérios do MEC e exista a garantia da qualidade de ensino, com vagas para a residência médica.

Ensino médico no Brasil - Ao todo o país conta com 197 escolas (58% provadas) e 209 cursos de Medicina, número suficiente para formar o contigente de médicos que o Brasil precisa. Em números absolutos, o país só perde para a Índia em quantidade de escolas.

Números do próprio Ministério da Educação confirmam, no entanto, a fragilidade do ensino médico. Levantamento realizado ao longo de dois anos, no âmbito da Comissão de Especialistas da Secretaria de Ensino Superior do próprio Ministério da Educação, (sob a supervisão do ex-ministro Adib Jatene), já demonstrou que parte significativa das escolas de medicina existentes não possuí condições de oferecer a capacitação necessária aos seus alunos. Os resultados mostraram que mais de 20 instituições alcançaram notas baixas (de 1 a 2) e nenhuma das 141 avaliadas conseguiu ser classificada na faixa máxima (nota 5).

Fonte: CFM

Casos de dengue no PR em janeiro crescem 26 vezes

Matéria do Jornal Gazeta do Povo

Em 30 dias, 1,4 mil pessoas foram infectadas pela doença no estado. Alto índice de infestação torna real o risco de uma epidemia

Com 1,4 mil casos autóctones (contraídos no próprio estado) de dengue confirmados nas quatro primeiras semanas de 2013, o Paraná vive o pior janeiro dos últimos anos, perdendo apenas para 2011, quando uma violenta epidemia assolou o estado e 2.122 casos da doença foram registrados somente em janeiro. Dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que, no comparativo com o primeiro mês de 2012, o número de casos confirmados em janeiro deste ano cresceu 26 vezes. Cinco municípios estão em situação de epidemia: Paranavaí, Peabiru, São Carlos do Ivaí, Fênix e Japurá.

Diferentemente de outros anos epidêmicos, como 2007 e 2010, quando os picos de confirmação ocorreram de abril para frente, neste ano, chama a atenção o grande número de casos já em janeiro. Em 2010, por exemplo, quando 33,5 mil casos de dengue foram confirmados no Paraná, somente 402 pessoas tinham contraído a doença em janeiro. Na ocasião, a semana com mais confirmações de casos do ano foi a 14.ª (abril), com 3.255 casos.

O coordenador da sala de situação da dengue no Paraná, Ronaldo Trevisan, explica que essa situação atípica se deve ao comportamento das chuvas e às altas temperaturas registradas de novembro para cá, condições favoráveis à reprodução do mosquito Aedes aegypti. “Tem feito muito calor nas regiões Oeste, Noroeste e Norte do estado, onde estão os municípios infestados.”

Além dos cinco municípios em situação epidêmica, em outros 77 o índice de infestação é igual ou superir a 4% (o que significa que, de cada 100 imóveis inspecionados, o mosquito foi encontrado em, pelo menos, quatro), número suficiente para causar uma epidemia.

Pouca chuva

O coordenador do La­­bo­­­­­ratório de Climatologia (Laboclima) da Universidade Federal do Paraná, Francisco Mendonça, acrescenta que, na segunda quinzena de janeiro, a quantidade de chuvas foi menor do que a habitual, o que costuma ocorrer em março ou abril, quando terminam os ciclos das chuvas concentradas do verão. “Quando chove de maneira intermitente, cria-se uma condição excelente para o mosquito. Quando chove muito todo dia, a dengue não explode, porque a água transborda dos recipientes, levando mosquitos e ovos.” Mendonça alerta que, se o clima continuar quente e com chuvas rarefeitas, a situação pode se agravar. “Poderemos ter uma epidemia assustadora em março e abril, que são os meses em que isso costuma ocorrer.”

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SIMEPAR apóia movimento dos médicos cooperados por Assembleia Geral da Unimed Curitiba

O Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná apóia a organização dos médicos cooperados junto à Unimed Curitiba, para que angariem as assinaturas necessárias para a convocação de Assembleia Geral Extraordinária da Entidade, e possam, no fórum adequado, discutir os rumos da cooperativa maior dos médicos de Curitiba e Região Metropolitana.

Existe um movimento iniciado no final do ano passado por médicos cooperados que está coletando assinaturas para esta convocação. As listas preenchidas podem ser entregues na sede do SIMEPAR (Rua Cel. Joaquim Samento, 177, Bairro Bom Retiro, na sede CRM-PR (Rua Victório Viezzer, 84, Vista Alegre) ou ainda na Associação Médica do Paraná (Rua Cândido Xavier, 575, Água Verde).

São necessárias 900 assinaturas para que a assembleia seja convocada de acordo com o estatuto da Cooperativa. A pauta proposta na convocatória é a seguinte:

a) Contratação de auditoria externa de renome para avaliação da gestão da cooperativa;

b) Adoção de plano de contingência para melhoria dos honorários médicos;

c) Implantação de auditoria médica, formada por grupo de 10 cooperados eleitos na assembleia a ser realizada, para acompanhamento da auditoria de gestão e do plano de contingência.

Baixe aqui o formulário para coleta de assinaturas.